sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Link muito bom

com novo prefácio


Paul Rabinow
Reflections on Fieldwork in Morocco
Thirtieth Anniversary Edition, with a New Preface by the Author

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Jornal nazista volta às bancas na Alemanha

Hitler voltou às primeiras páginas de jornais na Alemanha. A responsável por isso é uma editora britânica, que está lançando esta semana nas bancas do país uma série de edições originais de jornais alemães da era nazista. Entre elas, a reimpressão do diário nazista Der Angriff (O Ataque), fundado em 1927 por Joseph Goebbels, futuro ministro da Propaganda do Terceiro Reich.
A coleção "Zeitungszeugen" (testemunhas de jornal, em tradução livre) é editada semanalmente, trazendo sempre três periódicos originais de um dia específico do período entre 1933 e 1945. O primeiro número traz três diários de 20 de janeiro de 1933, quando Adolf Hitler é nomeado chanceler alemão. Além de Der Angriff, estão incluídos fac-símiles do conservador Allgemeine Deutsche Zeitung e do comunista Kämpfer. As edições vêm completas, incluindo caderno de esportes, classificados e até coluna social.
Logo na primeira página de Der Angriff, o leitor encontra um editorial de Joseph Goebbels, intitulado "Limpando a mesa!", onde o aliado de Hitler afirma que "o nacional-socialismo não tentará nada pela metade", completando com a promessa de que ele e seus correligionários estão "prontos para curar o corpo doente do povo alemão e fazê-lo capaz de viver novamente".
A publicação de material de propaganda nazista é assunto delicado na Alemanha.
Basta lembrar que o porte de símbolos como a suástica e similares pode causar sérios problemas com a Justiça. Filmes de propaganda nazista têm exibição restrita por lei e livros como a autobiografia Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler, não podem ser reeditados até hoje.
Alguns temem que o material acabe sendo usado por neonazistas, em vez de servir como fonte informação histórica. Para se precaver de problemas, a editora lançou os jornais com um generoso suplemento informativo, incluindo artigos e análises de historiadores renomados, enfocando a época do Terceiro Reich.
Além disso, os responsáveis se preocuparam em se distanciar explicitamente do conteúdo nazista, através de um aviso, impresso na publicação. "A edição de jornais e documentos originais do tempo do nacional-socialismo destina-se à compreensão desse período crítico da história alemã. O editor se distancia expressamente dos conteúdos dos periódicos e documentos nacional-socialistas".
A Alemanha é o nono país europeu onde o empresário britânico Peter McGee, diretor da editora Albertas Limited, lança seu projeto focalizando o período nazista.
A editora aposta no sucesso da empreitada, e planejou uma tiragem considerada alta, de 300 mil exemplares para o primeiro lançamento.
Livros e matérias sobre o Terceiro Reich tem vendido bastante na Alemanha. Para se ter uma idéia, as edições mais vendidas da respeitada revista alemã Der Spiegel costumam ser aquelas trazendo Adolf Hitler na capa.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O 'lado invisível da internet'


A existência do chamado 'lado invisível da internet' foi tema de discussão em um artigo do jornalista Andy Beckett, publicado nesta quinta-feira no jornal britânico The Guardian. Ainda não completamente identificado pelos pesquisadores, este dark side da internet inclui diversas plataformas paralelas, como o Freenet - software freeware criado no final dos anos 90 e que permite aos internautas realizarem, anonimamente, diversas atividades - o que acaba dando abrigo a muitos sites de pornografia infantil, grupos terroristas e trocas de vírus e malwares.
» Cresce número de spam e redes zumbis no mundo» Hacker controlava 200 computadores via Twitter» Pesquisadores criam mini-internet para caçar botnets» Siga o Terra no Twitter
Definido de muitas formas metafóricas como "internet profunda", "internet negra", "internet invisível", esta "outra" internet se contrapõe à "a internet navegável", aquela que conhecemos por meio dos sites de buscas.
"Muitos usuários pensam que quando eles buscam no Google, por exemplo, estão vendo todos os sites existentes", afirma Anand Rajaraman, fundador do Kosmix, mecanismo de buscas na web. "Acredito que apenas uma pequena parte de toda a internet vem à tona com os mecanismos de busca. Não tenho certeza, para ser honesto, sobre o quão pequena é esta parte, mas posso dizer que a internet é, pelo menos, 500 vezes maior do que a web a que temos acesso", disse em declarações ao Guardian.
Michael Bergman, pesquisador americano e uma das maiores autoridades nesta "outra" internet, afirma que até hoje continua sem saber exatamente o que acontece do "outro lado". "Lembro de dizer para a minha equipe no final dos anos 90 que este lado desconhecido era provavelmente duas ou três vezes maior do que a internet regular", afirmou.
Mas, em 2001, um artigo publicado por Bergman e até hoje usado regularmente como fonte de informações, afirmava que "os mecanismos de busca na web procuram em apenas 0,03% de todos os sites existentes". Bergman escreveu, na ocasião, que a "internet profunda é a categoria de novas informações que mais cresce na internet".
Criar um mecanismo de buscas que alcance esta internet desconhecida é o objetivo de um grupo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "O problema é que não é viável, existem dados demais", explica a professora Juliana Freire, pesquisadora do projeto chamado "Deep Peep". Além da quantidade de dados, há também outros problemas. "Quando pesquisamos em alguns sites, somos bloqueados depois. É possível criar mecanismos que tornam impossível para qualquer um buscar nos seus dados", explica.
Esconder os dados na web pode ser uma estratégia comercial, mas os alvos dos pesquisadores são os criminosos que utilizam a rede. "Existe um conhecido grupo criminoso chamado Russian Business Network (RBN) e eles estão sempre rodando a internet, roubando endereços de sites que estão em desuso, enviando milhões de spams destes endereços e depois se desconectando rapidamente", explica Craig Labovitz, diretor da Arbor Networks, empresa de segurança na web.
A RBN também aluga sites temporários para outros criminosos realizarem atos como roubos de dados, pornografia infantil e distribuição de vírus de computadores. "No ano de 2000, este lado negro da internet era uma novidade. Hoje, é parte do cotidiano da rede", afirma Labovitz.
Sites de empresas extintas, erros técnicos e falhas, disputas entre servidores de internet, endereços abandonados no início da internet, entre outros, são fatores que deixam espaço para a exploração ilícita. "A internet nasceu em grande parte baseada na confiança", acredita Laibovitz.
Mas, o ideal de uma internet livre, que motivou o pesquisador irlandês Ian Clarke a criar o software Freenet no final dos anos 90, ainda tem muitos defensores, um deles, o próprio Clarke. "Pornografia infantil existe no Freenet, assim como existe em toda a internet. Poderíamos controlar esta pornografia, mas então deixaria de ser uma rede livre", afirma Clarke em declarações ao jornalista do Guardian.
O software foi lançado em 2000 e hoje possui milhões de usuários no mundo todo. Entre os sites abrigados pelo programa estão desde blogs de notícias sobre o Irã até guias sobre como explodir bombas e realizar ataques terroristas.
Diante deste mundo desconhecido, e que provavelmente "continuará a crescer por mais alguns anos", o jornalista britânico concluiu que prefere continuar "vagando pela web" por meio do Google, já que a "darknet não é um lugar para os mais sensíveis".

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Violência da extrema-direita bate recorde na Alemanha em 2008

Berlim, 27 dez (EFE).- A Alemanha encerrará 2008 com um alarmante recorde de delitos e atos violentos por parte da extrema-direita, enquanto os políticos de todo o espectro parlamentar pedem um pacto melhor da luta contra os neonazistas.

A estatística dos delitos atribuídos à extrema direita aumentou até alcançar os 11.928 casos computados no final de outubro, cerca de 30% a mais que no ano anterior e, em termos matemáticos, 40 ao dia.Trata-se de números ainda provisórios, advertiu hoje o Ministério do Interior, após o jornal "Frankfurter Rundschau" divulgar esse balanço parcial. No termo "delitos" se incluem desde pichações com a suástica e atos de propaganda a agressões e atentados.

Os números divulgados certificam, por enquanto, um aumento de 30% no cômputo total de delitos -em 2007, foram 9.206, o que então foi qualificado de alarmante-, assim como uma alta relevante dos de índole anti-semita, que, até outubro, chegaram a 797, frente aos 716 de 2007.Faltando o ministério detalhar a estatística global, o próprio titular da pasta, o conservador Wolfgang Schäuble, admitiu há poucos dias que havia ocorrido um preocupante aumento da violência ultradireitista.Schäuble disse que era preciso aumentar a observação por parte dos corpos de segurança sobre as organizações da extrema-direita.

Calcula-se que, na Alemanha, existam dez mil ultradireitistas violentos, número que aumentou bastante nos últimos cinco anos, justamente desde que fracassou a tentativa de ilegalizar o Partido Nacional Democrático (NPD), a principal legenda desse âmbito.

O partido não conta com cadeiras no Bundestag (Parlamento federal), mas, nos últimos anos, obteve representação em Câmaras regionais e consistórios municipais.Por seus postos nas Câmaras da Saxônia e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, ambos no leste, recebe 1,4 milhão de euros ao ano, de acordo com a lei de financiamento dos partidos.Com estes fundos, a legenda reforçou sua ação propagandística entre a juventude da Alemanha economicamente deprimida.