sábado, 29 de agosto de 2009

Confronto entre skatistas e skinheads deixa 10 feridos em SP

postado por Marcelo


SÃO PAULO - Uma briga entre skatistas e skinheads no centro de São Paulo terminou com dez feridos na noite de sexta-feira. O confronto aconteceu na esquina das avenidas Paulista e Brigadeiro Luiz Antônio. Dezessete pessoas foram detidas, entre elas dois menores. A polícia também apreendeu socos ingleses, correntes e facas. Segundo a Polícia Militar, os grupos se encontraram por acaso e depois de trocarem ofensas partiram para a briga. Os feridos foram levados para hospitais da região e medicados. Os policiais disseram que os skastistas costumam frequentar a região, mas nunca causam problemas.

Em junho, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram 9 mandados de busca e apreensão contra grupos de intolerância na capital, principalmente skinheads e punks. Foram apreendidos diversos materiais usados pelos grupos . Os mandados foram concedidos pela Justiça com base em investigações de uma tentativa de homicídio investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo.
De acordo com a Decradi, pelo menos 35 pessoas são suspeitas de integrar um grupo neonazista liderado pelo economista Ricardo Barollo, 33 anos, preso e acusado de ser o mandante da morte de um casal de integrantes do movimento no Paraná. Segundo a delegada Margarette Barreto, titular da Decradi, cerca de 25 grupos neonazistas atuam no estado, mas o de Barollo, denominado Neuland, é considerado o mais organizado ideologicamente, possuindo inclusive atuação política. Além de São Paulo, os neonazistas estão sendo investigados no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.


- O grupo tem forte atuação ideológica e não costuma executar crimes de intolerância, mas dá ordem para que outros o façam - afirmou a delegada.
O grupo Neuland tem células em atuação na capital paulista, onde está o maior número de participantes, e está organizado em células nas cidades de Campinas, Sorocaba e Limeira. Além de Barollo, apenas mais um integrante do grupo foi indiciado por crime ligado à ação do grupo. Trata-se de Alessandro Martines, 31 anos, preso em 13 de junho de 2008, no município de Santo André, no ABC paulista, com 147 itens de armamentos, entre espingardas, pistolas, carabinas, carregadores, munição e facas Butterfly.

O processo contra Martines foi distribuído no dia 18 de junho à 2ª Vara Criminal do Fórum de Santo André. Martines está sendo acusado, principalmente, por crimes vinculados ao porte ilegal de armas. Não há informação disponível sobre possível indiciamento por crime de racismo. Segundo Margarette, o grupo paulista é considerado mais de extrema-direita do que os organizados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, cerca de 50 membros foram identificados e são monitorados.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Disseminação de mensagens neonazistas pela Internet preocupa autoridades alemãs

por Marcelo



Cerca de 1800 sites em alemão de grupos de extrema esquerda são administrados por neonazistas, segundo estimativa de especialistas.
Stefan Glaser, da iniciativa Jugenschutz.net, diz que os extremistas da direita radical alemã estão cada vez mais audaciosos. Os sites de conteúdo racista e xenófobo, de acordo com Glaser, são cada vez mais elaborados. Agora apresentam uma publicidade mais precisa contendo frases de efeito, músicas sobre o tema e animações.
"Eles não se apresentam mais como antiquados sites nazistas, mas se mantêm dentro da lei, sem cometerem qualquer infração. Nada de suásticas e coisas assim, mas símbolos simpáticos. E slogans como 'Nós agitamos o sistema - junte-se a nós!'. Nossa experiência mostra que, quando jovens acessam sites como esses, num primeiro momento dizem 'Ok, vamos continuar clicando'", revela o especialista.
O Jugenschutz.net, de acordo com o site noticioso Deutsche Welle, é uma iniciativa de governos estaduais da Alemanha que montaram uma força-tarefa com objetivo de identificar quais servidores armazenam propaganda racista. Quando encontram algum conteúdo nazista, exigem que provedores e empresas de comunicação responsáveis bloqueiem o acesso a essas páginas.
Os pedidos em geral, garante Glaser, são prontamente atendidos. "Isso porque é prejudicial aos negócios ser associado a neonazistas e conteúdos ofensivos à dignidade humana. Claro que se teme perder clientes caso isso se torne público".

sábado, 22 de agosto de 2009

Publicidade em sites de conteúdo é mais efetiva do que em portais, diz estudo

Publicado por Daniela Braun, às 15h59 IDGNOW

Campanhas online realizadas em sites de conteúdo são mais efetivas do que em grandes portais ou por meio de intermediários.
Esta é a conclusão de um estudo divulgado nesta quinta-feira (13/8) pela Online Publishers Association - entidade que representa criadores de conteúdo na internet como ESPN.com, MSNBC.com e as versões online dos jornais New York Times e The Wall Street Journal.

O estudo da OPA mostra que a efetividade das campanhas - anúncios memorizados pelos internautas nos últimos 30 dias - foi 21% superior em sites de conteúdo do que em portais, e 50% maior em relação a campanhas de volume gerenciadas por intermediários na internet.

"O que este estudo mostra é que a opção de menor custo não é produtiva", disse o vice-presidente sênior de operações digitais da New York Times Co. em uma reportagem do jornal Wall Street Journal.

A análise realizada pela empresa de pesquisas Dynamic Logic reúne três anos de informações sobre mais de 4.800 campanhas na interne, usando uma ferramenta de medição da Dynamic Logic.

Os anúncios de display, que compõem grande parte das ações tradicionais de publicidade digital, também vêm perdendo espaço, apontam dados da consultoria PricewaterhouseCoopers. Nos Estados Unidos, o ganha-pão da publicidade online vai perder 17% de participação, o que equivale a 4 bilhões de dólares.

Ainda de acordo com a PwC, a receita de publicidade digital dos Estados Unidos deve somar 24,1 bilhões de dólares, uma queda de 3,2% em relação a 2008. Mundialmente, o gasto com anúncios online no segundo trimestre deste ano caiu 5% em relação ao mesmo período do ano passado, somando 13,9 bilhões de dólares, segundo a IDC.

Os portais e as empresas que administram campanhas se defendem, na reportagem, afirmando que, nos sites de conteúdo, anunciantes pagam preços altos por audiências menores. O argumento é que, por meio dos portais, o anunciante pode fazer mais barulho com um único anúncio, atingindo uma audiência maior.

Para alguns anunciantes, o estudo simplifica demais as ações de marketing, que hoje são pulverizadas entre portais, sites específicos e redes de anúncios, com objetivos e alvos distintos.