segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ARGENTINA, BRASIL E VENEZUELA CONDENAM ANTI-SEMITISMO

Os presidentes do Brasil, Argentina e Venezuela assinaram na Costa do Sauípe, dia 16 de dezembro uma declaração condenando o racismo, o anti-semitismo, o anti-islamismo, a discriminação racial e outras formas correlatas de intolerância. Segue o texto da Declaração: “Os presidentes da Argentina, da República Federativa do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela, reunidos na Costa do Sauípe, Brasil, no dia 16 de dezembro de 2008, observam com grave preocupação que no início do terceiro milênio, um sem fim de seres humanos seguem sendo vítimas do racismo, da discriminação e intolerância religiosa, em particular, o anti-semitismo, o anti-islamismo, a discriminação racial e outras formas correlatas de intolerância e que em diversas regiões do mundo ressurgiram ou persistem ideologias e práticas racistas e discriminatórias. “Reafirmam os princípios de igualdade e não discriminação reconhecidos na Declaração Universal dps Direitos Humanos e na Declaração Americana sobre os Direitos e Deveres do Homem e reconhecem a importância fundamental do pleno cumprimento das obrigações derivadas da Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial.“Por tal motivo, os presidentes declaram sua mais enérgica condenação ao racismo, ao anti-semitismo, ao anti-islamismo, a discriminação racial e a outras formas correlatas de intolerância e renovam o compromisso de continuar trabalhando em nível nacional, regional e internacional para fortalecer os mecanismos de promoção e proteção dos direitos humanos, a fim de assegurar seu pleno respeito sem distinção de raça, cor, sexo, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra índole”.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ONG e PF unificam central contra crimes na internet

WILLIAM GLAUBER E CLARISSA THOMÉ - Agencia Estado

RIO - A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, a Polícia Federal (PF) e a organização não-governamental (ONG) SaferNet lançaram hoje a primeira hotline do País - uma central unificada de denúncias de crimes virtuais contra os direitos humanos. Após acordo assinado no 3º Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que acontece no Rio de Janeiro, a entidade passa também a centralizar, processar e monitorar queixas de delitos cibernéticos recebidos pelo Disque 100 do governo federal. A PF tem agora acesso imediato ao banco de dados para apurar as denúncias.A ONG recebe diariamente 2,5 mil queixas de pedofilia, racismo, homofobia, intolerância religiosa, entre outros crimes na internet. Desse total, 63% correspondem a abusos contra crianças e adolescentes. Como um delito pode ser denunciado por mais de um internauta, há duplicidade das informações e, ao fim de cada dia, registram-se 400 casos novos. A central, equipada com um software especial, evitará o duplo registro da mesma ocorrência."Hoje as informações são muito poluídas e exigem muita demanda. O filtro vai racionalizar os recursos humanos. Nesse canal, o trabalho não será repetido", disse a chefe da Divisão de Direitos Humanos da PF, delegada Leila Vidal. Diariamente, seis técnicos da corporação irão analisar as denúncias recebidas pelo site. "A central vai permitir agilizar o trabalho e descentralizar os casos pelo País para dar início às investigações."Segundo o presidente da SaferNet, Thiago Tavares, além de aprimorar as ações da PF na busca dos criminosos, a hotline brasileira diminuirá o tempo de permanência das páginas na internet. "A polícia terá a capacidade de acompanhar desde a denúncia à remoção do conteúdo impróprio no provedor", afirmou. A SaferNet já assinou termos de cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, Rio, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.CartilhaA ONG SaferNet também lançou hoje uma cartilha para navegação segura na internet. O material contém dicas para pais monitorarem o uso do computador pelos filhos e o download gratuito está disponível em www.safernet.org.br. A subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e Adolescente, Carmem Oliveira, anunciou que o livro será distribuído no próximo ano em escolas públicas brasileiras.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Homem é preso com seis armas e bandeira nazista em Copacabana

JB Online
RIO - Agentes da 12ª DP (Copacabana) prenderam no fim da tarde desta quarta-feira, Marcelo Peters de Rezende, de 59 anos, em sua residência, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, Zona Sul do Rio. No local, os policiais encontraram uma espingarda, uma submetralhadora, três pistolas, um revolver, um par de algemas, 142 munições de diversos calibres, entre eles 22, 38, 45, ponto 30 e ponto 50, além de dois morteiros de guerra, uma bandeira nazista e uma baioneta.
De acordo com a delegada titular da 12ª DP, Martha Rocha, as investigações sobre Marcelo tiveram início a partir de denúncia de ameaça feita pela ex-companheira dele. Ela informara que no apartamento do acusado havia diversas armas de fogo, tendo uma delas sido usada durante as agressões de que foi vítima. Foi constatado ainda que Marcelo se apresentava como sendo comandante da aviação civil.
De posse de uma mandado de busca e apreensão expedido pelo 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, os agentes foram ao local e constataram a denúncia. Marcelo foi autuado na ndelegacia por posse de arma de fogo de uso restrito e por posse de explosivo.

domingo, 23 de novembro de 2008

Legislação contra racismo precisa ser aperfeiçoada

Agência Brasil

BRASÍLIA - A dificuldade em dissociar o crime de racismo, definido na Lei nº 7.716/89 (Lei Caó), do crime de injúria com caráter de discriminação, definido pelo artigo 140 do Código Penal, é apontada por especialistas como uma das causas determinantes para que os acusados por prática de racismo tenham penas abrandadas e, em muitos casos, prescritas.

- Os ativistas do movimento negro reclamam muito no sentido de que há poucas condenações em nosso país. Em geral, os processos envolvem xingamentos e falas com injúria racial; negativa de venda de bens, de prestação de serviços e de hospedagem; e racismo via internet - informa o advogado e ativista contra a discriminação racial Luiz Fernando Martins da Silva, que foi ouvidor da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) entre 2005 e 2007.
- As formas mais rotineiras de se praticar o racismo são dissimuladas e, na maioria das vezes, verbalizadas - explica o promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Libanio Alves Rodrigues.

- Dessa forma, é relativamente fácil para um advogado fazer com que uma ação por crime de racismo seja alterada para injúria, cuja pena é bem mais branda, avalia.

Segundo o promotor, durante o andamento das ações a vantagem fica mais evidente.
- O crime de discriminação previsto na Lei Caó é passível de ação civil pública, sem prazo de prescrição, podendo ser movido pelo Ministério Público. Ao ser classificado por injúria, prescreve após seis meses, contados a partir do ato, e só pode ser movido pela parte ofendida, uma vez que trata-se de ação penal privada, necessitando de advogado - explica o promotor que a atua no Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do MPDFT.
- A legislação infraconstitucional permite que o enquadramento jurídico dificilmente ocorra como crime de racismo e, com freqüência, se dê como crime de injúria - avalia o primeiro ministro negro a fazer parte de uma corte superior, Carlos Alberto Reis de Paula, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
- É uma legislação anacrônica e ineficiente. A Constituição afirma que a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão. A Lei Caó descreve o que seriam essas condutas racistas, mas é pensada para hipóteses de ódio racial em contexto de pregação de segregação aberta e possivelmente violenta, do tipo Ku Klux Klan (organização racista dos Estados Unidos), de racismo explícito - critica o pesquisador universitário de Direito no Distrito Federal, Douglas Martins.

De acordo com ele, o racismo praticado no Brasil é outro.
- Tirando o período da escravidão e os primeiros anos da República, essa prática [explícita] é tida como marginal no racismo brasileiro. Nos dias de hoje, a coisa fica por conta de 'cyber-criminosos' e quadrilhas do tipo neonazista, que cultivam o ódio como forma de vida. Coisa de gente doente mesmo. Há muito tempo o DNA do nosso racismo é outro. Praticamos um racismo de tipo implícito, insidioso, invisível, cínico e dissimulado - argumenta.
Segundo Douglas Martins, é por isso que o número de autuações e condenações criminais por racismo no Brasil é pífio.

- Ninguém vai parar na cadeia por prática racista porque ninguém se acha racista. E o pior: todo mundo acha que ninguém é racista. No Brasil, você não vê o racismo. Só sente, diz o professor.
Para o diretor executivo do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), Hédio Silva, se praticar racismo no Brasil não "dá cadeia", pode gerar punição e condenação.
- A pessoa pode, sim, perder sua primariedade. Obviamente, uma condenação criminal é obstáculo para a pessoa exercer diversas atividades - avalia o diretor que há 30 anos milita contra a discriminação racial e foi secretário de Justiça do Estado de São Paulo.
Hédio elogia a legislação brasileira, mas faz ressalvas - Ela é satisfatória porque existe uma legislação penal e uma civil prevendo ações indenizatórias por dano moral ou material. Tem também as leis trabalhistas que, com alguns ajustes pontuais, constituem um instrumental jurídico que permite o enfrentamento deste grave problema.

Os quatro entrevistados pela Agência Brasil sugerem mudanças na legislação que trata dos crimes de racismo.
- As duas leis, separadas, causam confusões tanto jurídicas quanto relativas à sua aplicabilidade. Seria positivo todas as formas de punição de descriminação racial estarem compreendidas apenas na Lei Caó, extinguindo de vez o instituto da injúria com elemento racial, destaca Luiz Fernando.
- Quanto ao ônus da prova, há de se estabelecer um critério radicado no princípio da aptidão para a prova, uma vez que freqüentemente a pessoa discriminada terá muitas dificuldades de fazer prova suficiente para o convencimento do julgador - aponta o ministro Carlos Alberto Reis.
Douglas Martins vai além e defende que - a legislação adote a inversão do ônus da prova, não cabendo à vítima, mas à instituição ou ao acusado, demonstrar que não se omitiu e nem cometeu a prática discriminatória.
Para o promotor Libanio Alves Rodrigues, a maneira como a lei define ilícitos de racismo deveria se aproximar do formato da lei de entorpecentes, para melhor definir suas possibilidades.
- É necessário que seja feita uma revisão, de forma a moldar capitulações e condutas que caracterizam o crime de racismo à realidade nacional.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Atos racistas aumentam nos EUA após vitória de Obama

Especialistas universitários norte-americanos revelaram que depois da eleição de Barack Obama como presidente dos EUA se registou um aumento preocupante de incidentes racistas no país.
Mark potok, director do centro Southern Poverty Law, no Alabama, contou à agência AFP alguns exemplos deste tipo de problema. Num deles, que se passou na Califórnia, vários automóveis foram vandalizados, com a inscrição de suásticas e frases racistas, como «voltem para África».
Na Pensilvânia, um casal deparou-se com uma cruz queimada à entrada de casa. Já no estado do Maine, foram encontrados bonecos de Barack Obama enforcados. No Ohio, vários estudantes foram apanhados a cantar «matem Obama».
O académico aponta que estes casos são apenas alguns entre «centenas e centenas» deles. Potok refere que os incidentes começaram a registar-se durante alguns discursos da candidata republicana à vice-presidência, Sarah Palin, em que se escutou «matem-no», numa referência a Obama.
Brian Levin, professor da Universidade da Califórnia, e especialista no estudo do racismo e extremismo, corrobora esta realidade. «Não temos estadísticas exactas, mas posso dizer que parece haver um pico importante de incidentes racistas desde as eleições até hoje», salientou, citado pela AFP.
Levin revelou ainda que as páginas na Internet de organizações como a StormFront, que exaltam a supremacia branca, viram crescer o número de acessos depois da vitória de Obama.

Fonte: http://diario.iol.pt/internacional/obama-racismo-xenofobia-iol-eua-barack-obama/1015138-4073.html

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mulher assassinada em ritual do Ku Klux Klan


Nuno Aguiar
Uma mulher recrutada pelo Ku Klux Klan na Internet foi assassinada no Louisiana, depois de pedir para voltar à sua cidade. Enquanto o grupo conduzia um ritual iniciático gerou-se uma luta e a vítima, ainda não identificada, acabou por ser fatalmente atingida por um tiro. Oito pessoas foram detidas pela polícia, uma delas sob acusação de homicídio.O alegado autor do disparo foi Raymond “Chuck” Foster de 44 anos, o líder do grupo, já com antecedentes criminais. Os outros sete suspeitos tentaram esconder o crime, queimando os objectos pessoais da vítima. O corpo da mulher foi descoberto pelas autoridades de St. Tammany Parish perto da estrada, a alguns quilómetros de distância do local do crime. Além das detenções, a polícia encontrou armas, várias bandeiras e seis uniformes do Ku Klux Klan. Apesar de ter mais de 30 anos de experiência, o xerife Jack Strain, confessou-se surpreendido ao “The Daily News”, o jornal de Bogalusa, localidade onde vivem os suspeitos: “Esta foi a acção mais elaborada que vi da parte do KKK. Ainda não sabemos quanto disto é exibicionismo e quanto disto é poder. Isso ainda tem de ser visto.”O Ku Klux Klan é uma organização fundada em 1865, conhecida pela sua defesa da supremacia da raça branca. Vestidos de branco e com capuzes a tapar-lhes a cara, o KKK é um símbolo do racismo nos Estados Unidos.A organização de direitos cívicos, Southern Poverty Law Center, relatava em 2007 a existência de sete organizações activas do Klan em Louisiana.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Alemanha recorda “Noite de Cristal” com alerta para ameaça do anti-semitismo

“A complacência é o primeiro passo para pôr em risco os valores mais essenciais da nossa democracia”, disse Merkel

Berlim assinalou este domingo os 70 anos da Kristallnacht (Noite de Cristal), prelúdio do Holocausto, com uma chamada de atenção para os riscos da “complacência” na abordagem aos fenómenos contemporâneos de anti-semitismo. São os “valores mais essenciais da democracia” as primeiras vítimas da indiferença, avisou a chanceler alemã Angela Merkel.

“Não podemos ficar indiferentes quando extremistas de direita marcham
através das portas de Brandenburgo, ou conquistam lugares nos órgãos
legislativos. Não podemos ficar em silêncio quando os rabinos são perseguidos
nas ruas, quando os cemitérios judaicos são profanados ou quando são cometidos
crimes anti-semitas”.
Foi esta a mensagem deixada pela chanceler alemã no dia em que Berlim assinalou os 70 anos da “Noite de Cristal”. A 9 de Novembro de 1938, a ira nazi abatia-se sobre centenas de sinagogas e perto de 7.500 estabelecimentos de judeus na Alemanha e na Áustria. Pelo menos 91 pessoas foram assassinadas e outras 30 mil detidas numa noite que constituiria o presságio do Holocausto e da eliminação sistemática de seis milhões de judeus. Quando Adolph Hitler chegou ao poder, em 1933, havia cerca de 160 mil judeus em Berlim.

Em 1945, no termo da II Guerra Mundial, a comunidade estava reduzida a 1.400 pessoas. A morte do diplomata alemão Ernst von Rath, atacado pelo estudante polaco e judeu Herschel Grynszpan em Paris, serviu de pretexto para o pogrom de 1938. Grynszpan pretendia vingar a sua família, que fora obrigada a deixar a Alemanha com outros 15 mil judeus polacos. Ladeada por líderes da comunidade judaica, Merkel alertou para as consequências de uma leitura “complacente” dos reflexos do passado. A “complacência”, disse a chanceler alemã, “é o primeiro passo para pôr em risco os valores mais essenciais da nossa democracia”. A cerimónia evocativa de Berlim decorreu na sinagoga de Rykestrasse, a maior da cidade.

”Sinais alarmantes”
A presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, que aos seis anos de idade viveu a “Noite de Cristal” em Munique, defendeu a necessidade de “manter a memória viva”. A memória de “seis milhões de crianças, mulheres e homens”, enfatizou Charlotte Knobloch, “não pode ser reduzida a uma simples nota de rodapé”. Até porque “há alguns sinais alarmantes”, acrescentou. “Parece haver uma falta de convicção, da parte das forças democráticas, para enfrentar os extremistas. É preciso dar passos firmes para os combater”, afirmou. Mais de 100 mil pessoas formam hoje a comunidade judaica da Alemanha. A maioria dos seus membros veio de países do antigo Bloco de Leste, após o esboroar da União Soviética. Nos últimos três anos, foram várias as sinagogas restauradas ou inauguradas em território alemão.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Senador belga acusado de antisemitismo

Fonte

Um senador belga associado à extrema-direita é acusado de fazer a apologia do Holocausto.
Michel Delacroix surge num vídeo registado num local público, onde adultera a letra de uma canção de Guy Béart para descrever “uma pequena judia, que saiu do gueto para ser queimada viva”.

A revelação do momento não tardou a gerar críticas severas de várias associações e partidos políticos.

O senador ecologista Josy Dubié classificou a prestação de Delacroix como “inaceitável e passível de ser punida pela lei: é a negação e a apologia dos crimes de guerra e do genocídio”.
Delacroix, que abandonou as funções de presidente da formação de extrema-direita Frente Nacional, vai ser interrogado por uma comissão do Senado.

Patrick Charlier, do Centro para a Igualdade de Oportunidades e para a Luta contra o Racismo diz que o “carácter público [do vídeo] está estabelecido. É filmado na esplanada de um café ou restaurante. É um senador com responsabilidades e que ocupa uma função pública, que deve conhecer a lei, o que justifica ainda mais uma queixa”.

A instituição de Charlier apresentou o caso à Justiça. Segundo dois jornais flamengos, Delacroix terá também renunciado ao lugar no Senado, mas ainda não houve confirmação oficial

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

os neonazistas que planejavam um surto de violência absurdo

Lacy Doss precisou de um minuto para reconhecer Daniel Cowart, seu colega de carteira, quando aquele apareceu na televisão com uma espingarda na mão. "Eu estava chocado por pensar que estive sentado numa sala de aula com esse tipo e ele agora está a ser acusado por uma coisa maluca." A notícia de que Cowart estava envolvido numa conspiração para matar o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, chocou a pequena localidade de Bells, no Tennessee, onde o jovem vive. "É uma surpresa e um choque para nós. Eu não fazia ideia que tínhamos cabeças rapadas no município. Nós mal sabemos o que eles são," disse Sam Lewis, vizinho do suspeito, à Associated Press. Ao contrário de Cowart, Paul Schlesselman, seu cúmplice, tinha fama em Helena-West Helena, no Arcansas, de ser uma criança problemática. Marty Riddell, que trabalha com o pai adoptivo numa empresa de peças para aviões disse à Associated Press que, certa vez, pensou oferecer um lagarto de estimação a Paul. Mas a família disse-lhe para não o fazer porque o rapaz ia acabar por fazer mal ao animal. Os jovens foram detidos por suspeitas de planearem um massacre de 102 afro-americanos - 88 seriam mortos a tiro, os outros 14 decapitados - que terminaria com o assassínio do candidato democrata. Os rapazes conheceram-se através de um amigo comum pela internet e partilhavam uma ideologia radical, supremacista branca. Segundo James Ridgeway autor de livros sobre a cultura racista branca, num artigo do The Guardian, os jovens inspiravam-se num grupo nacionalista, chamado Order (Ordem). Os números 14 e 88 são símbolos da cultura dos cabeças rapadas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

10 razões para o uso de blogs acadêmicos

1. Familiarização com a WEB 2.0 – Naturalmente o editor do blog se envolve com outros tipos de sites, como os de vídeo,
imagens, podcasts, com objetivo de enriquecer seu próprio conteúdo.
2. Criar uma audiência – Mostrar e compartilhar projetos, idéias, artigos, não apenas com alguns professores e alunos, mas com uma audiência
potencialmente global.
3. Desenvolver novos conteúdos – Participação on-line como criador de conteúdos e não somente como espectador.
4. Desenvolvimento da habilidade de produção de textos, assim como de organização e busca por conteúdo e etiqueta on-line.
5. Motivação para pesquisa e constante atualização – A busca por assuntos relevantes, notícias e temas de discussão se torna mais
rica e de aplicação imediata.
6. Criação de um portifólio, estabelecimento de identidade e presença on-line.
7. Flexibilidade e facilidade – Os posts podem ser feitos a qualquer hora, em qualquer lugar. Com as plataformas disponíveis
atualmente, não são necessárias habilidades técnicas avançadas para criar e editar um blog. Os blogs são sistemas desenvolvidos
para que seu uso seja simples.
8. Relacionamento – Criação de relacionamentos com a comunidade acadêmica e com pessoas em qualquer parte do mundo.
9. Habilidade para compartilhar – Compartilhamento é uma palavra-chave da revolução no tratamento da informação.
10. Aprendizado mútuo – Troca e desenvolvimento de idéias entre alunos.

Crimes virtuais aumentam, mas ainda falta regulamentação

Priscila Cury

Calúnia, pirataria, violação de direito autoral e concorrência desleal. Os crimes praticados pela Internet são os mais diversos e cada vez mais comuns. No entanto, ainda faltam regulamentação e estudos sobre o tema no Brasil.

Palestra realizada nesta quarta-feira (8/10) na Fenalaw 2008 destacou o uso da tecnologia por criminosos e contextualizou o tema, que tem uma demanda crescente na advocacia.
Patrícia Peck Pinheiro, advogada especialista em direito digital, afirmou que os crimes continuam os mesmos, as armas que mudaram com a tecnologia. Ela citou o Projeto de Lei 89/03 de autoria do senador Eduardo Azeredo, que ficou conhecido como Lei dos Crimes Eletrônicos. Já aprovado no Senado, o texto aguarda aprovação na Câmara dos Deputados. Patrícia fez uma análise do impacto que teria esta nova lei, que tem como principal foco tipificar as práticas criminosas na Internet e em outros meios tecnológicos.
“A lei seria positiva, pois tornaria ilícito o acesso não autorizado a sistemas, melhoraria a tipificação de crimes em ambiente coorporativo e possibilitaria a colaboração internacional no combate aos crimes digitais”, disse Patrícia.
Ela ressaltou, contudo, que diversos problemas podem surgir com a aprovação da lei. Para a advogada, cria-se uma situação que pode punir inocentes. Exemplo disso é o artigo que usa a palavra receptar, em que se sugere que alguém que receber arquivos com conteúdo ilícito estaria sujeito a sanções legais.
Patrícia ainda afirmou que o texto do projeto de lei prevê que todo o trâmite de investigação seja feito com ordens judiciais, o que atrapalha a celeridade do processo. “A lei também não trata da prova de autoria, o que deixa de fora a identidade digital. Além disso, a cópia indevida de dados, feita usualmente com as teclas copiar e colar, não é abordada pelo projeto.”, destacou a advogada.
InternetOutro palestrante, o presidente da Comissão de direito na sociedade de informação da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo), Coriolano Aurélio Santos, fez um levantamento sobre criminalidade na Internet. Ele trouxe dados e informações que buscam contextualizar o problema no Brasil e no mundo.
Para ele, está claro que a sociedade admite a existência deste tipo de criminalidade. “Drogas ilegais movimentaram cerca de U$$ 100 bilhões pela Internet em 2005. O STF (Supremo Tribunal Federal) já declarou que existe o crime cibernético organizado no país. A Polícia Federal considera que existem fortes indícios da existência de facções brasileiras atuando em crimes eletrônicos nos Estados Unidos”, afirmou o advogado.
Santos também usou seus estudos internacionais para discutir formas de modificar esse quadro de criminalidade. Ele deu o exemplo canadense de combate a golpes eletrônicos, em que a polícia e empresas de softwares fazem uma atuação preventiva no combate a crimes como a pedofilia on-line. O advogado ressaltou que a PF procura desenvolver este tipo de investigação no Brasil. Além de reprimir estes crimes, a polícia procura sites e comunidades que divulgam condutas sexuais com crianças.
Ele demonstrou a importância do uso da Internet para elaboração de crimes. Um exemplo foi a questão do financiamento do terrorismo. A Internet é considerada um dos principais meios para organização do atentado aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. O advogado também lembrou do poder da Internet em divulgar notícias falsas. Ele citou o caso em que se noticiou que o ministro Carlos Velloso concedeu liminar a um ex-prefeito da operação Pasárgada, quando o magistrado já estava aposentado. Com isso, o Supremo teve de produzir diversas notas para desmentir o assunto.
SegurançaWanderson Castilho, especialista em segurança da informação foi o terceiro e último palestrante. Ele demonstrou que as invasões de computadores acontecem, em 90% dos casos, por meio da ajuda do usuário. As pessoas permitem, com suas atitudes, que tenham seus acessos monitorados.
Ele procurou mostrar, com sua exposição, que um pouco de conhecimento tecnológico auxilia cada cidadão a estar mais protegido dos crimes eletrônicos. “Tecnicamente é possível fazer tudo na Internet, mas isso, na prática, não significa necessariamente invasão porque se depende muito do usuário”, afirmou o especialista.
O palestrante mostrou que a invasão de arquivos alheios não acontece na própria máquina. A invasão é on-line. “Não importa a área em que se trabalha, o importante para combater a criminalidade é conhecer a tecnologia que é usada para praticar crimes”, disse Castilho.
Quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Fonte: http://ultimainstan cia.uol.com. br/noticia/ 57166.shtml
Fonte: Ultima Instáncia

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Deputado de extrema-direita expulso

Da France Presse
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DRESDE, Alemanha, 17 Out 2008 (AFP) - Um deputado regional alemao de ultra-direita foi expulso provisoriamente do parlamento da Saxônia (leste) nesta sexta-feira depois de ter afirmado que "apenas granadas explosivas ainda eram eficazes contra os sionistas, os franco-maçons, belicistas e outros psicopatas".
Klaus-Jurgen Menzel, de 68 anos, também defendeu o uso de bazucas para combater a "frente vermelha e antifascista", em palavras pronunciadas "em nome da resistência nacional".
Estas incitações à violência irritaram o presidente do parlamento regional, o democrata-cristão Erich Iltgen, que pediu e obteve imediatamente a exclusão durante dez sessões desse ex-membro do partido NPD neonazista.
"São incitações ao ódio monstruosas e insuportáveis", afirmou Iltgen, que pediu à promotoria a abertura de uma investigação judicial contra o deputado.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

um livro, uma notícia

Um livro
Ontem, reli o livro de Abraham H. Foxman, diretor nacional da Liga Anti-Difamação (Anti-Defamation League " ADL) e uma das vozes preeminentes de hoje contra o ódio, a discriminação e a violência nos Estados Unidos e em todo o mundo.
Hj me deparo com esta nova:

Uma notícia
Hamas acusa "lobby judaico" pela crise financeira

da France Presse
O movimento radical palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza, acusou o "lobby judaico" americano de ser responsável pela crise financeira nos Estados Unidos.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, afirmou que os problemas do sistema financeiro americano se explicam por "má gestão administrativa e financeira e um sistema bancário ruim instalado e controlado pelo lobby judaico".
"O presidente norte-americano, George W. Bush, e sua administração injetaram bilhões de dólares para salvar a situação, silenciando o fato de que quem instalou o sistema bancário e financeiro americano e o controla é o lobby judaico", acrescentou.
Para Barhum o mesmo grupo "controla também as eleições americanas e define a política externa de toda nova administração, de maneira que possa controlar o dinheiro americano, o governo e a economia, para que os EUA se transformem em arma do lobby e seu instrumento de dominação no mundo inteiro".
O porta-voz questiona "se o presidente Bush fará uma investigação e dirá francamente a seu povo que o lobby judaico é diretamente responsável pelo desastre".

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Europa lança código de conduta para provedores de Internet

Reuters/Brasil Online

ESTRASBURGO (Reuters) - O Conselho da Europa apresentou nesta sexta-feira as diretrizes de um código para proteger a privacidade, a segurança, a liberdade de expressão e a dignidade dos usuários de Internet, focalizando sua atenção nos jogos online.
A iniciativa é voltada aos provedores de Internet e foi elaborada com seus representantes na Europa, a EuroISPA e a ISFE, e consiste em uma série de normas técnicas e morais inspiradas no sentido comum para convencer o setor a autorregulamentar sua atividade empresarial.
O Conselho da Europa recomenda reforçar a informação dada a os internautas sobre seus direitos e deveres, sobre os riscos a que se expõem e às ferramentas para controlá-los, como os antivírus, os filtros e o controle pelos pais.
Com respeito aos jogos em rede, a proposta convida os criadores e editores a "avaliar como o conteúdo do jogo pode influenciar sobre a dignidade humana, a sensibilidade e os valores dos jogadores" e colocá-los em alerta contra a violência, o apelo ao sexo e o racismo.
Um dos pontos chave na iniciativa é poder integrar ao jogo ferramentas como o controle por parte dos pais para filtrar os conteúdos, limites de horário e proibição do acesso em determinados momentos do dia.
A EuroISPA é uma associação que agrupa mais de 1 mil provedores europeus de Internet, enquanto a ISFE congrega editores de jogos de 31 países daquele continente.
(Por Gilbert Reilhac)

Acionista majoritária da BMW afirma estar sendo chantageada por gigolô

Arantxa Iñiguez. Frankfurt (Alemanha), 5 nov (EFE)

A mulher mais rica da Alemanha, acionista majoritária da BMW e da Altana, Susanne Klatten, denunciou estar sofrendo chantagem de um gigolô que ameaçou publicar as fotos e gravações em vídeo das relações sexuais mantidas por ambos. Klatten, de 46 anos, é a herdeira da família Quandt, uma das mais conhecidas da Alemanha, e tem um patrimônio avaliado em 13 bilhões de euros (US$ 16,38 bilhões).

Durante meses, ela, que, com a mãe e o irmão Stefan detêm 46% das ações da BMW, foi chantageada pelo suíço Helg Sgarbi, de 41 anos, um gigolô com quem teve encontros sexuais em hotéis de luxo e que a extorquiu até janeiro deste ano, quando a executiva resolveu denunciá-lo por chantagem e fraude, mesmo com a publicidade do caso. Klatten, casada há 18 anos e mãe de três filhos, conheceu Sgarbi em 2007, e ambos se encontraram em várias ocasiões em diferentes hotéis. Em um deles, um cúmplice do chantagista, Ernano Barretta, filmou a milionária em situações aparentemente comprometedoras. Os dois homens estão à disposição da Polícia.

Primeiro, Sgarbi pediu à milionária 7,5 milhões de euros (US$ 9,4 milhões), valor que a executiva pagou, mas o chantagista continuou pedindo mais e ameaçando publicar as fotos e as gravações.

O caso não encontrou eco apenas nas emissoras de televisão e na imprensa sensacionalista da Alemanha, mas também foi parar nas páginas do "Financial Times Deutschland".

O jornal econômico destacou em um editorial que Susanne Klatten é, "como acionista majoritária da BMW e da Altana, parte da elite econômica, que há meses foi parar no limbo por seu desmoronamento moral".

No entanto, o "Financial Times Deutschland" considera que "a herdeira milionária foi vítima de fraude e chantagem" e elogia sua coragem de denunciar, apesar de saber que o caso viria a público, por se tratar de uma pessoa da história contemporânea.Já o "Bild" e o italiano "Il Giornale" informaram que os encontros ocorriam em hotéis discretos de Monte Carlo e Munique, por exemplo, no aeroporto de Munique, e no quarto 629 do Holiday Inn da capital bávara, onde foram feitas as gravações a partir do quarto vizinho.

O jornal acrescenta que, antes de partir para a chantagem, Sgarbi arrancou dinheiro da milionária dizendo que tinha atropelado o filho de um mafioso americano, que temia por sua vida e que precisava de ajuda.A empresária acreditou nele e, em setembro de 2007, deu 7,5 milhões de euros em notas de 200 euros na garagem do Holiday Inn de Munique, segundo o "Il Giornale".Em novembro, após Klatten colocar fim ao caso, os chantagistas enviaram uma carta com fotos na qual ela aparecia com Sgarbi em posições comprometedoras, advertiam à executiva de que tinham vídeos e pediam outros 40 milhões de euros, segundo o "Bild".Já em janeiro deste ano, a empresária, reservada e tímida perante a imprensa, denunciou o caso na Promotoria de Munique, cidade na qual mora, com plena consciência de que o caso sairia à luz.

O porta-voz de Klatten disse que ela "apresentou uma denúncia conseqüentemente e sem considerar as desagradáveis conseqüências públicas que teriam para ela", ao determinar que o objetivo era, desde o começo, achacá-la e chantageá-la.Supostamente, os dois chantagistas, velhos conhecidos da Polícia, extorquiram outras três alemãs amigas da herdeira dos Quandt em três milhões de euros de cada uma, afirma a imprensa italiana.A família Quandt, fabricante de lenços desde o século XVIII, é uma das mais ricas e poderosas da Alemanha e foi relacionada com o nacional-socialismo em uma reportagem da principal cadeia pública de televisão, a "ARD", em 2007.

A maior parte dos membros dos Quandt se recusou a colaborar com os autores da reportagem e abriu uma comissão para que esclareça a história da empresa, segundo o "Financial Times Deutschland".A imprensa italiana também indica que o motivo da extorsão da dupla suíço-italiana foi a vingança de Sgarbi pelo destino de seus parentes judeus durante o Terceiro Reich.O jornal acrescenta que a extorsão e a reportagem televisiva poderiam levar os Quandt a estudar seus investimentos e que ninguém gostaria de que retirassem seu dinheiro das empresas do DAX em meio à crise financeira.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

mais acerca do anti-semitismo contemporâneo

Crise financeira americana incita anti-semitismo na internet


NOVA YORK, EUA (AFP) — A crise financeira americana provoca um forte aumento do número de mensagens de caráter anti-semita publicadas em fóruns, blogs e outros sites, alertou nesta quinta-feira a Liga Antidifamação (ADL).
"Centenas de mensagens anti-semitas relacionadas ao Lehman Brothers e a outras instituições atingidas pela crise do 'subprime' foram publicadas em fóruns de discussão sobre finanças", indica a ADL em um comunicado.
"As mensagens atacam os judeus em geral, algumas os acusam de controlar o governo e as finanças, de fazer parte de uma 'ordem judaica mundial', e de serem por conseqüência responsáveis pela crise econômica", acrescenta a ADL, uma das mais importantes organizações de luta contra o anti-semitismo e o racismo nos Estados Unidos.
"Aprendemos na história moderna que a cada vez que há uma queda da economia mundial, há um aumento do anti-semitismo e da intolerância, e é o que vemos neste momento", considera o diretor nacional da Liga, Abraham H. Foxman.
A ADL cita, por exemplo, uma mensagem acusando os judeus de "terem se infiltrado em Wall Street e no governo, e de terem arruinado" os Estados Unidos.
A Liga elogia a postura dos moderadores de alguns sites, que repudiam rapidamente as mensagens.
"A boa notícia é que os provedores da internet, os moderadores de fóruns e até mesmo os internautas, reagem rapidamente quando o anti-semitismo surge em uma discussão", afirma Foxman.
A ADL, criada em 1913, tem uma longa tradição de cooperação com a Polícia americana para identifidar e fornecer informações sobre grupos extremistas.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A nuvem inteligente

Terça-feira, Setembro 23, 2008 9/23/2008 07:00:00 PM Publicado por: Alfred Spector, vice-presidente de engenharia, e Franz Och, cientista de pesquisa

Do Google Blog

A Internet tem causado um enorme impacto na vida das pessoas de todo o mundo nos dez anos desde a fundação da Google. Ela mudou a política, o entretenimento, a cultura, os negócios, a assistência médica, o meio-ambiente e quase todos os tópicos que você pode imaginar. O que nos leva a pensar, o que vai acontecer nos próximos dez anos? Como esta tecnologia fenomenal vai evoluir, como nos adaptaremos e (mais importante) como ela vai se adaptar a nós? Fizemos esta pergunta a dez de nossos maiores especialistas, e nas próximas três semanas apresentaremos suas respostas. Como o cientista de computação Alan Kay celebremente observou, a melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo, assim, faremos o máximo para sustentar as palavras de nossos especialistas a cada dia. (Karen Wickre e Alan Eagle, editores da série)

Nos próximos anos, as capacidades de processamento, armazenamento e uso da web dos computadores vão continuar a subir seguindo a mesma íngreme curva exponencial que têm seguido nas últimas décadas. Em 2019, os clusters de computadores de processamento paralelo serão 50 a 100 vezes mais potentes em muitos aspectos. Os programas de computador, a maioria deles baseados na web, vão evoluir para aproveitar esta força recém-encontrada, e o uso da Internet também vai crescer: mais pessoas on-line, fazendo mais coisas, usando aplicações mais avançadas e de maior resposta. Usando qualquer sistema de medição, veremos que a "nuvem" de recursos computacionais de dados e conteúdo online vai crescer de modo rápido e ainda por muito tempo.

Como já estamos vendo, as pessoas vão interagir com a nuvem usando uma superabundância de dispositivos: computadores, telefones móveis e PDAs, e jogos. Mas também veremos um acúmulo de novos dispositivos personalizados para aplicações específicas, e mais sensores e acionadores ambientais, todos enviando e recebendo dados por meio da nuvem. O número crescente e a diversidade de interações não vão apenas dirigir mais informações para a nuvem, mas vão também fornecer informações valiosas sobre como as pessoas e os sistemas pensam e reagem.

Assim, os sistemas de computador terão mais oportunidades de aprender a partir do comportamento coletivo de bilhões de humanos. Eles vão ficar mais inteligentes, juntando relacionamentos entre objetos, nuances, intenções, significados e outras informações profundamente conceituais. Atualmente a busca da Google usa uma forma precoce desta abordagem, mas no futuro muitos outros sistemas poderão se beneficiar com ele.

O que isso significa para a Google? Para começar, uma busca ainda melhor. Poderemos treinar nossos sistemas para discernir não somente os caracteres ou colocar nomes em um vídeo do You Tube ou um livro, por exemplo, mas também reconhecer o enredo ou o simbolismo. O resultado em potencial seria uma espécie de busca conceitual: "Encontre uma história com uma cena de perseguição emocionante e um final feliz". Na medida em que os sistemas possam aprender a partir de interações em um nível individual, eles poderão fornecer resultados personalizados às necessidades situacionais de um indivíduo: onde estão localizados, que hora do dia é, o que estão fazendo. E sistemas de tradução e multimodais também serão viáveis, de modo que pessoas falando uma língua poderão interagir sem interferências com pessoas e informações em outras línguas.

O impacto de tais sistemas irão bem além da Google. Pesquisadores de diferentes campos médicos e científicos poderão acessar conjuntos de dados maciços e conduzir análises e algoritmos de detecção de padrões que não são possíveis atualmente. O proposto Grande Telescópio de Pesquisa Sinóptica (Large Synoptic Survey Telescope - LSST), por exemplo, poderá gerar mais de 15 terabites de novos dados por dia! Virtualmente cada campo de pesquisa se beneficiará com sistemas com a capacidade de coletar, manipular e aprender com conjuntos de dados nesta escala.

Tradicionalmente, os sistemas que resolvem problemas e dúvidas complicadas são chamados de "inteligentes", mas em comparação com abordagens anteriores no campo de 'inteligência artificial', o caminho que prevemos tem novos elementos importantes. Antes de mais nada, este sistema vai operar em uma enorme escala com uma potência computacional sem precedentes de milhões de computadores. Ele será usado por bilhões de pessoas a partir de um agregado de potencialmente trilhões de interações significativas por dia. Ele terá engenharia interativa, baseada em um circuito de realimentação de mudanças, avaliação e ajustes rápidos. E ele será construído com base nas necessidades de resolução e aprimoramento de tarefas concretas e úteis como encontrar informações, responder perguntas, realizar diálogos falados, traduzir texto e fala, entender imagens e vídeos, e outras tarefas ainda não identificadas. Quando combinado com a criatividade, conhecimento e a energia inerente às pessoas, esta "nuvem inteligente" vai gerar muitos benefícios surpreendentes e significativos para a humanidade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Começa hoje a Conferência de Perícias em Crimes Cibernéticos

JB Online
RIO - Começa nesta quarta-feira mais uma edição da Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos - ICCyber 2008, o principal evento da América Latina na área de segurança da informação e tecnologia, voltado para o combate dos crimes cibernéticos e para a Computação Forense. Durante três dias, especialistas de diversos países vão conhecer e discutir e novas técnicas para combate do crime eletrônico. Neste ano o evento acontece no Rio de Janeiro, no Hotel Windsor Barra.
Entre os temas que serão discutidos estão o combate à exploração sexual infantil pela Internet e propostas de legislação de crimes cibernéticos, além de apresentação de casos que foram alvo de investigação pela Polícia Federal. Policiais da Espanha, Canadá e Estados Unidos também irão relatar experiências que aconteceram nos seus países.
Além do ICCyber, será realizada a Conferência Internacional de Ciência da Computação Forense (ICoFCS 2008), com apresentação de artigos científicos; e “The International HTCIA Brasília Chapter Training Conference and Exposition (IBTCE)”.
A ICCyber é promovida pela Associação Brasileira de Especialistas em Alta Tecnologia (ABEAT), com apoio e colaboração técnica do Departamento de Polícia Federal, através da Diretoria Técnico-Científica; da Polícia Federal da Austrália (AFP) e do Federal Bureau of Investigation (FBI).


Eu apresentarei trabalho!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Deu no International Herald Tribune

Na Europa cresce a postura anti-semita e anti-muçulmana
Os sentimentos anti-semitas são particularmente fortes na Espanha, na Polônia e na Rússia.
Direto do Uol Mídia Global.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Para a Mestra, com carinho...

Narrativas: uma trama etnográfica mais sensível

Uma trajetória em narrativas KOFES, Suely. Campinas: Mercado de Letras, 2001. 192 p


O livro Uma trajetória em narrativas tem a virtude da narradora (no sentido benjaminiano da palavra), que vai a Goiás Velho procurar nos becos da memória alguém que foi esquecida e que reaparece alhures sob a forma de uma bruxa, reclusa no tempo e no espaço.
Meu primeiro contato com a história de Consuelo Caiado não foi sólido como o que agora tenho nas mãos, mas permaneceu denso e impactante, não só para mim mas também para a platéia heterogênea que atentamente ouvia Suely Kofes e imaginava a personagem, seus enredos e seus múltiplos significados.
O fio condutor do livro é a história de Consuelo Caiado, uma mulher que ocupou a cena pública na antiga capital de Goiás e que foi esquecida, tornando-se uma 'lembrança privada' nas conversas, pelo menos até a chegada da autora do livro na cidade.
Kofes encontra o fio da meada em Campinas (SP), quando escuta uma narrativa quase mítica sobre uma renunciante, auto-reclusa. Ao longo do livro ela nos conduz através de relatos, monumentos, anotações, relatórios, resistências, descrições, jornais, enfim, de um trabalho arqueológico dos saberes, fazeres, do tempo e do 'clima' da época. Representações que retratam o contexto da existência de Consuelo Caiado pré e pós- reclusão. Surge então a história de uma menina, nascida de uma família tradicional de Goiás, fruto também de um matrimônio entre dois mundos: o rural oligárquico, áspero, distante, de um coronelismo agreste, onde imperava seu pai;1 e o mundo polido, civilizado, requintado, aristocrático, que gerou sua mãe no final do século XIX. A mãe sucumbe às agruras do sertão e Consuelo, e duas irmãs são criadas no ambiente de seus avós maternos, recebendo a primeira formação em colégios franceses do Rio de Janeiro. Na adolescência, ela retorna ao mundo rural de seu pai e madrasta na adolescência, onde fará sua formação profissional como farmacêutica e construirá uma trajetória de atuação feminista, científica e memorialística, marcando também presença social e política a ponto de ser apontada como a 'Totó Caiado de saias'.2
A partir daí a autora narra a trajetória de vida de uma mulher sui generis que deixou vestígios de comportamentos e atitudes surpreendentes, fatos que vão sendo desvelados e compreendidos pela trama paralela do trabalho investigativo da pesquisadora.
Kofes abre o texto descrevendo os personagens que atuarão na trama e seu cenário, mostrando ainda as questões que ordenaram o trabalho, seus pressupostos orientadores, apresentando os autores com quem dialoga. Busca inspiração em uma abordagem, se posso dizer assim, etno-biográfica, como por exemplo os trabalhos de Herbert Baldus e Darci Ribeiro.3 Ao longo do texto pontua também as questões relativas ao gênero relevadas "na tentativa de compreender a trajetória de Consuelo e ordenar o que seria sua experiência" (p. 15). Kofes dialoga no decorrer do livro com autores do campo da antropologia, como Claude Lévi-Strauss, Pierre Bourdieu, entre outros, e, no que diz respeito a gênero, principalmente com Marilyn Strathern. Traz também para o seu texto contribuições da literatura, da história, da sociologia e, no que tange à teoria sobre narrativas, basicamente dialoga com Paul Ricoeur.
A autora recusa o rótulo de "biógrafa de uma mulher excepcional", afirmando que
Nem é biografia, nem compartilho o pressuposto de trajetórias excepcionais, nem considero 'mulher' uma identidade fixa. Aliás, no caso, é exatamente na ambigüidade de uma 'identidade de gênero' onde situo a experiência de Consuelo (p. 15-16).
No primeiro capítulo, intitulado "Itinerário, em busca de uma trajetória", a autora descreve e discute os instrumentos teóricos que lhe permitirão buscar "uma interconexão de temporalidades" em um "agora" e uma "inter-conexão de lugares" em um "aqui" (p. 19) no tempo do trabalho antropológico. Nesse capítulo, Kofes busca compreender os significados da reclusão de Consuelo, compondo uma trajetória esboçada através do que ouviu, viu e leu, assim como as perdas e transformações contidas nas fontes em si e nos diálogos entre elas. A abordagem biográfica vai conduzindo o leitor, já seduzido pela qualidade do texto, a um clima de mistério, onde as questões sobre a reclusão, o esquecimento, a invisibilidade vão sendo desveladas, ainda que sempre sugerindo a existência de outros véus.
Kofes, em certa medida, torna-se um sujeito na trajetória que busca compreender, tecendo enredos como narradora ao mesmo tempo que desconstrói tramas urdidas por valores e pelo poder da escrita, tanto no campo da memória da cidade de Goiás quanto no campo da própria antropologia.
Explicitando seu ângulo de avaliação, a autora descreve a metodologia de seu trabalho da seguinte maneira:
O foco sobre uma singularidade, no caso uma trajetória, revelou várias relações, permitindo que a pesquisa guardasse na intuição biográfica um procedimento etnográfico: orientada pelas perguntas sobre Consuelo Caiado fui seguindo seus caminhos, e o que ouvi e encontrei foi sobre muitas outras coisas. Trata-se agora de escrever sobre esse encontro, entre um itinerário de pesquisa e a trajetória de um sujeito pesquisado (p.23).
O segundo capítulo, intitulado "Etnografia, em tramas: pessoa, personagem, atos, fatos, lugares e tempos", abre-se com o cenário da morte de Iracema Caiado, mãe de Consuelo, noticiada pelos jornais locais. A partir daí vão se abrindo os cenários que são descritos, incluindo fatos do contexto histórico, geográfico, político, social, econômico e cultural da trajetória de Consuelo. Outra parte desse capítulo se concentra em documentos e relatos centrados em Consuelo. Enfatiza principalmente sua formação na Faculdade de Farmácia e a atuação em três espaços: o Gabinete Literário, espaço cultural eminentemente feminino; o conselho editorial do jornal feminino O Lar; e a associação Sociedade para o Progresso Feminino. É nesses espaços, ou melhor, nas pistas deixadas por eles que Suely Kofes encontra preciosas informações sobre "Consuelo: pessoa e personagem nas tramas" e sobre o contexto que a cercava.
A última parte desse capítulo apresenta relatos que cruzam o esforço de esquecimento, menosprezo e ocultação das marcas de Consuelo na cidade com fatos garimpados pela autora em diferentes relatos, documentos e outros registros como mapas e fotos que localizam o leitor no ambiente da trama. Nessa parte final a autora começa a tecer o fio que alinhava o gênero com a cultura, a política e a memória que esquece Consuelo.
No terceiro capítulo a autora investiga o feminismo na década de 1920 e início dos anos 1930 em Goiás Velho, período em que a atuação de Consuelo foi mais significativa. Através de cartas e artigos do jornal O Lar, a autora apresenta as questões, as representações e os valores de masculinidade e feminilidade evidenciados nas "inscrições objetivadas" (p. 22) e nos relatos orais de pessoas contemporâneas de Consuelo.
O quarto capítulo volta à questão teórica da narrativa, seu emprego, sua importância, seus limites e suas formas. A autora agrupa as narrativas sobre Consuelo em três grupos: a) contos de bruxa; b) ausência de enredo (esquecimento e/ou recusa do relato); e c) histórias sobre Consuelo (longas narrativas que recriam a trajetória da personagem central da trama). Nesse capítulo a autora delineia o contraponto entre duas construções de feminilidade, a partir das memórias de Cora Coralina4 e de Consuelo.
No quinto capítulo Kofes constrói uma etnografia onde interpreta e costura todas as informações que obteve. Refaz a trajetória de Consuelo marcando suas características de deslocamento familiar, social, cultural, político e de gênero, pontuando a especificidade de sua experiência de duplos pertencimetos (Rio de janeiro/Goiás, masculino/feminino: Totó de Saias). Nas palavras da autora, "Este situar dilacerado não poderia qualificar essa experiência como estrangeira? Não é como estranha que falam dela quase todas as narrativas?" (p. 171).
No capítulo final, a autora analisa a herança familiar de Consuelo e as narrativas sobre ela: alguém que foi impedida duplamente de conquistar sua herança política – tanto pela rigorosa fronteira de gênero existente na sua época (exemplarmente demonstrada a partir da análise do jornal O Lar, no capítulo 5) quanto por ter perdido a herança familiar com a morte da mãe. Não se tornou um 'coronel de saias' nem era 'uma flor'; permaneceu representante e prisioneira de um tempo passado, no qual se refugiou.
No que tange ao estilo, inteligente e sensível, o texto é quase literário, com inserções teóricas que lhe garantem o estatuto de uma tese de livre-docência. Sua argúcia e erudição tornam a leitura instigante e profunda. O olhar antropológico da autora desvenda ricos itinerários de pesquisa pouco explorados na antropologia brasileira. Kofes abusa de narrativas longas, obrigando-nos a partilhar do contexto dos relatos,5 e a freqüência com que usa esse recurso pode se transformar em um ponto vulnerável de sua bela escritura.
Finalmente, penso que a autora ilumina a natureza relacional e de construção permanente que envolve o gênero na sua articulação com a memória, com a construção da noção de pessoa e com as contingências histórico-político-culturais. Dificilmente, ao conhecer a trajetória de Consuelo Caiado pelas palavras de Kofes, alguém se esquecerá dela.


1 Dr. Antônio Caiado, advogado, senador, chefe político regional. 2 Apelido do pai de Consuelo. 3 Os trabalhos são, respectivamente, O professor Tiago Marques e o caçador Aipoboreu e Uirá sai à procura de Deus. 4 A autora insere dados sobre Cora Coralina a fim de comparar duas feminilidades, uma hegemônica, desejada e marcada pela memória, outra estigmatizada e esquecida pela memória social. 5 Não sem apontar para a importância desses contextos, como demonstra na citação de Hamlet por Bourdieu, p. 23-24.

BERNADETTE GROSSI DOS SANTOS Universidade do Amazonas

© 2008 Revista Estudos FeministasCampus Universitário - Trindade88040-970 Florianópolis SC - BrasilTel. (55 48) 3331-8211Fax: (55 48) 3331-9751

um link

Um link.

« En quoi l’aliénation mentale se redouble-t-elle d’une aliénationsociale ? » : tel fut un des débats contradictoires de ces années-là.Antipsychiatrie, psychothérapie institutionnelle et psychanalyselacanienne venaient bouleverser l’ordre psychiatrique.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Wikipedia


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e o tema se prolifera

Este é um gráfico acerca de como anda o crescimento de notícias a respeito do neonazismo. By Google news.


o que eles dizem...

o que de fato é verdade...


eles dizem:

Em fevereiro de 1988, o revisionista e professor Faurrison convidou Fred Leuchter, o especialista em tecnologia de execução, para dar um parecer sobre a viabilidade técnica de se executar pessoas utilizando HCN assim como alegado por testemunhas e sobreviventes, dadas as condições contidas nas supostas câmaras de gás utilizadas para este fim.

o que de fato é verdade: Fred Leuchter nunca teve grau em engenharia (era um técnico que aprendeu a consertar, empiricamente, cadeiras elétricas ... quando escreveu os seus absurdos laudos denominados de esudos
e além disso, foi pago pela Defesa Zündel, revisionista, durante seu julgameto pela negação do holocausto, desde logo, considerado comprado pelo ponto de vista Revisonista.

Ex-oficial alemão é julgado pela morte de 14 italianos em Munique

da Folha Online
Ocorre nesta segunda-feira, em Munique (Alemanha), o julgamento do ex-oficial alemão Josef Scheungraber, 90, acusado de ter encomendado a morte de 14 italianos, em 1944, na Segunda Guerra. Os assassinatos teriam sido uma retaliação a um ataque dos italianos que teria matado dois soldados alemães.

Na chegada ao tribunal, o ex-oficial se recusou a falar com os jornalistas. Ele nega o crime.

De acordo com o processo, militares alemães mataram a tiros uma mulher e quatro homens. Em seguida, obrigaram 11 outras pessoas a entrar no porão de uma casa e o explodiram. A ação teria sido liderada pelo ex-oficial, então com 25 anos. Um sobrevivente da explosão --na época, um adolescente de 15 anos-- deverá testemunhar.
Conforme o procurador Anton Winkler, o julgamento deverá terminar apenas em outubro próximo. "Esse julgamento não será fácil e coletar provas será trabalhoso." O procurador afirmou que Scheungraber foi condenado à revelia à prisão perpétua pelo crime em 2006, em um julgamento realizado por um tribunal militar italiano.


"O réu é muito idoso e sofre de problemas de saúde. Nós talvez tenhamos que adiar alguns procedimentos e ter intervalos para que ele se recupere", afirmou o procurador.
No início do júri, o advogado de defesa, Christian Stuenkel, reiterou que o ex-oficial nega seu envolvimento no caso. De acordo com o advogado, no momento do massacre, Scheungraber fiscalizava o conserto de uma ponte. O advogado ressaltou que a acusação não possui uma testemunha que tenha visto Scheungraber no local do crime nem uma prova documental de que ele tenha encomendado o ataque.


Desde a condenação, em 2006, Scheungraber mora na cidade de Ottobrunn, perto de Munique. Ele trabalha no conselho municipal e tem uma loja de móveis.
Com Reuters e Associated Press

recordar é viver? ENIAC

Do mainframe ao PC
Primeiro computador amplamente conhecido, o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Calculator) foi construído pelo Exército norte-americano. Tinha quase 18 mil válvulas e calculava trajetórias de tiros. Pesava 27 toneladas e começou a funcionar em 1946.
Veja mais da história em


Entrevista: Lila King detalha impacto da web no jornalismo da CNN

Em 16 de abril de 2007, o sul-coreano Seung-Hui Cho adentrou o campus da Universidade Virginia Tech empunhando duas armas. Na próxima hora e meia, a ação de Cho resultou em 23 feridos, 32 mortos e no seu suicídio. O desespero dos pais e a histeria da mídia na cobertura do caso promoveu informações desencontradas logo após o início do massacre.

A primeira informação concreta sobre a quantidade de tiros dados por Cho chegou à mídia na forma de um vídeo de 1 minuto e 15 segundos feito por um estudante da universidade em seu telefone celular. Na filmagem, tremida pelo misto de nervosismo com vento forte, ouvem-se sucessivos tiros no campus da Virginia Tech.

O vídeo foi publicado pelo seu autor, Jamal Albarghouti, no iReport, serviço de jornalismo cidadão criado pela CNN em agosto de 2006 como um canal para que leitores, telespectadores e ouvintes do conglomerado de comunicação publicassem coberturas do trivial, como condições metereológicas, tragédias, como o tsunami na Ásia ou enchentes nos Estados Unidos, passando pela morte de celebridades ou tensões militares entre nações.

Mais de dois anos após ser lançado, o iReport supera 100 mil usuários ativos e acumula uma média de 150 mil conteúdos amadores, entre relatos por texto, fotos ou vídeos. Em visita ao Brasil para o MediaOn, a produtora sênior do CNN.com e criadora do iReport, Lila King, conversou com o IDG Now! sobre as contribuições de leitores e como os jornalistas integram o material no noticiário.

Como nasceu a idéia do iReport dentro da CNN?A idéia veio aos poucos, por diferentes motivos, mas ganhou força após o tsunami na Ásia (em dezembro de 2005), quando vimos que não poderíamos colocar um repórter sentado esperando que a notícia acontecesse nos lugares onde houvesse notícias.

A popularização de câmeras e filmadoras digitais nos fez entender muito rápido que as pessoas tinham a habilidade de não apenas escrever, mas também contar suas histórias com fotos e vídeos por meio de tecnologia que usamos diariamente. O iReport nasceu desta concepção e conseguimos colocar o serviço no ar em 2006.

Foi desta maneira (pelas lentes cidadãs) que vimos a tragédia (do tsunami) - não era de repórteres caminhando pela praia, mas de pessoas da região que tinham câmeras e estavam documentando os locais. Foi uma história enorme e totalmente impactante que teve como fonte principal os registros dos "leitores".

Qual foi a contribuição mais importante dentro do iReport?
É difícil dizer qual o mais importante já que são recebidos milhares de novos conteúdos por dia no iReport, mas o provável momento de maior assombro e que mostrou que o serviço é uma ferramenta muito valiosa foi logo após o tiroteio na faculdade Virginia Tech. Esta foi a primeira história em que tivemos um vídeo exclusivo que nos ajudou a mostrar o que realmente estava acontecendo no campus e rapidamente se tornou o pedaço de informação central da cobertura.
Todas as organizações cobrindo o caso estavam ainda tentando descobrir quantos e aonde tiros haviam sido dados - o vídeo do iReport, feito com um celular fora da sala de aula, nos mostrou que o massacre foi maior do que esperávamos. Este foi o momento em que a nossa indústria de notícias acordou e percebeu o potencial daquela ferramenta. A CNN licenciou clipes da filmagem e distribuiu gratuitamente entre outras emissoras cobrindo o assunto.


Quanto conteúdo amador vocês recebem por dia no iReport?
Ontem (terça-feira, 09 de setembro), vi que tínhamos recebido cerca de 1.100 histórias, entre contribuições na forma de uma foto, um conjunto de fotos, um vídeo, uma série de vídeo, um texto. Existem mil maneiras de se contar uma história e na internet você pode se aproveitar do aspecto multimídia. Mensalmente, recebemos 15 mil histórias, em média

Como vocês organizam este conteúdo?
A comunidade se organiza. O site conta com ferramentas para que haja classificação por tags ou assuntos, para que o internauta dê notas, escreva comentários ou vote na história para que ela apareça na capa do iReport.

É claro que também existem os produtores e jornalistas da CNN que trabalham com o conteúdo diariamente para checar que histórias podem ser usadas em matérias do canal. Treinamos centenas de jornalistas de todo o conglomerado (que inclui o CNN.com, os canais de TV CNN e CNN International e rádios homônimas) para que elas tivessem acesso às contribuições do iReport.
Temos um time de 9 pessoas na CNN.com responsável por gerenciar o conteúdo publicado e fazer novas perguntas à comunidade, mas fizemos um esforço para distribuir as ferramentas pela rede (da empresa) já que não havia jeito de imaginar que apenas um pequeno time conseguisse analisar as milhares de histórias mensais e as usassem como parte do noticiário.
Tornou-se também parte da nossa rotina diária dentro da redação: toda manhã, quando editores de toda a empresa se juntam para discutir o que está sendo feito, o iReport é trazido à mesa. Discutimos a apuração de notícias nacionais, internacionais e passamos por cima do que está acontecendo no iReport.

Foi difícil treinar jornalistas acostumados com o papel?
Não sei se chamaria de difícil, já que depende do perfil do jornalista. Acho que é natural (enfrentar resistências). Estamos, de uma certa maneira, "ofendendo" o jornalismo tradicional, algo que deixará muitos em uma situação desconfortável.
Mas você acaba convencendo uma pessoa por vez quando consegue demonstrar as possibilidades do iReport, mostrando diferentes perspectivas ou materiais que podemos usar a partir da contribuição no serviço. Quando fazemos estes treinamentos, a primeira coisa que citamos é o jornalismo e a importância de checar fatos e fazer as mesmas verificações no iReport que faríamos em qualquer outro conteúdo dentro do conglomerado.

Vocês têm problemas com plágio ou informações não corretas?
Para ser honesta, não é algo que temos muitos problemas e não é surpresa para mim a qualidade média do conteúdo publicado no iReport. Acontece muito raramente descobrir durante a seleção que determinada história tem problemas. O que mais acontece durante a verificação é percebermos que a pessoa não teve treinamento profissional e pode ter sido ingênua na redação ou na edição.
Aconteceu recentemente com um usuário na Flórida que tirou fotos de uma tempestade e aplicou mais contraste no PhotoShop, que tinha acabado de comprar. Percebemos que havia algo não real na imagem e um dos produtores ligou para ele, que admitiu que tinha colocado mais contraste na foto enquanto aprendia a mexer no programa. Ele mandou a versão original e nós explicamos que no fotojornalismo não se faz edições deste tipo, já que a imagem tem que estar o mais próximo possível da realidade. No fim, a técnica de jornalismo do leitor melhorou.
Não posso ter certeza que não vi algo do gênero no iReport, mas nossa comunidade começou a desenvolver uma paixão forte pela qualidade do que está no site. Com bastante freqüência, vemos usuários que publicam conteúdo e atraem a atenção de outros usuários que já conhecem aquela informação ou aquela foto e chama a atenção de quem "copiou".

Existe uma relação entre o número de relatos, fotos ou vídeos recebidos no iReport e os usados dentro do noticiário da CNN?
Varia sempre de mês para mês e depende também do assunto, mas, na média, usamos cerca de 10% do que recebemos tanto na TV como na CNN.com, com o aproveitamento em histórias significativas quando existe uma contribuição maior da comunidade. No caso das enchentes que atingiram os Estados Unidos há uma semana, recebemos muitas fotos, relatos e vídeos de habitantes ilhados e usamos cerca de 60% do material.

Você falou muito sobre tragédias nos exemplos de sucesso do iReport - o tsunami na Ásia, o tiroteio em Virginia Tech e as inundações nos Estados Unidos. Existe um perfil médio de notícias que inscritos no iReport costumam publicar?
Você está certo, falamos muito sobre tragédias. Mas se você olhar para duas das nossas histórias mais populares no iReport, verá que ambas não têm relação nenhuma. Nós pedimos opiniões em vídeo sobre a escolha de Sarah Palin para ser candidata a vice-presidente dos Republicanos nas eleições norte-americanas e esta história se tornou a mais comentada da história do serviço. Outro destaque foi quando pedimos que as pessoas publicassem fotos dos seus ambientes corporativos.
É difícil de comparar as duas coisas. Acho que o ponto comum entre ambas é que se tratavam de assuntos populares quando foram publicadas - na semana do segundo exemplo, tínhamos um especial sobre ambiente corporativo no CNN.com.
No setor de apuração de notícias, o mais popular diz respeito ao clima, afinal é algo que está disponível para todos, faz parte do noticiário e tem um impacto direto na vida das pessoas. Mas o que é mais importante...

Existem planos de repartir receita com usuários do iReport caso o conteúdo seja interessante o suficiente para ser vendido para terceiros?
Atualmente, não pagamos nada pela contribuição. Não temos um plano agora para o compartilhamento de receita, mas mudamos os termos de serviços do iReport há três semanas para indicar que, caso vendermos o conteúdo para uma empresa jornalística não afiliada à CNN, nós dividiremos o investimento com o "jornalista".

Jennifer Martin, diretora de relações públicas da CNN: É um "chute" meu, mas é provável que a venda de conteúdo do iReport aconteça quando for um assunto realmente relevante, como o impacto que, por exemplo, o vídeo do tiroteio em Virginia Tech teve. Imagine que alguém consiga registrar em vídeo...

O Pé-Grande...
Sim, mas de verdade. A gente vai vender o conteúdo e dividir totalmente a receita (proveniente da venda do vídeo) com o "iReporter". É o mais justo, afinal estaríamos ganhando dinheiro baseado em conteúdo alheio.

Baseado na sua experiência no iReport, você concebe um serviço que use o jornalismo cidadão como modelo de negócios, em uma espécie de agência de notícias amadora?
Da minha perspectiva, uma das razões para o sucesso do iReport é uma mistura entre o jornalismo cidadão e o jornalismo profissional. Ambas as atividades juntas fazem o noticiário ser melhor, mais interessante, mais correto e mais relevante. Existem duas metades que devem ser usadas juntas.

Não descarto a idéia de alguém descobrir um modelo comercial que se sustente apenas por jornalismo cidadão, mas acredito que o que torna o iReport único e efetivo é que ele mescla o jornalismo cidadão com o rigor e os padrões do jornalismo tradicional. Juntos, ambos contam uma história melhor.
Publicado por Guilherme Felitti, às 07h00

Nesta data:Nôach despacha a pomba (2105 AEC)




Após a tentativa frustrada de despachar um corvo da Arca, Nôach enviou uma pomba pela janela da Arca para verificar se o Dilúvio que cobria a terra tinha diminuído. “Porém a pomba não encontrou um local seco para colocar a sola de seus pés”, e voltou à Arca; Nôach esperou mais sete dias antes de fazer nova tentativa.


Gênesis 8:8 Depois, soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra;
Gênesis 8:9 mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca.
Gênesis 8:10 Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca.
Gênesis 8:11 À tarde, ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.

Internet precisa ter dados mais confiáveis, diz criador da web

O criador da world wide web (a base da internet) disse que os internautas precisam ter alguma forma de diferenciar os boatos das verdades científicas.

Em entrevista à BBC, o cientista britânico Tim Berners-Lee disse que está preocupado com a forma como a internet está sendo usada para disseminar informações erradas.

Na semana passada, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) - onde Berners-Lee desenvolveu a world wide web nos anos 80 - lançou um gigantesco acelerador de partículas.

Na véspera, vários boatos circularam pela internet de que a entrada em funcionamento do acelerador poderia criar um buraco negro que engoliria a Terra.

Para Berners-Lee, grupos pequenos de pessoas usam a internet para disseminar

"teorias da conspiração de todos os tipos que se espalham para milhares de pessoas e podem ter efeitos devastadores".


Ele defende a criação de um sistema que categorize os sites da internet de acordo com a sua confiabilidade. Berners-Lee e outros cientistas já pensaram em formas de criar um mecanismo simples de categorização, mas não chegaram a um mecanismo ideal.
"Eu não gosto da idéia de dar a um site um simples número como uma espécie de
QI, porque como as pessoas os sites podem variar de muitas formas", disse ele.
"Eu estaria mais interessado em organizações diferentes classificando sites de formas diferentes."

O criador da world wide web lançou neste mês a Fundação Web, que se dedica a melhorar a confiabilidade da internet e aumentar a inclusão digital.
Berners-Lee criou o programa de hipertexto que revolucionou a rede enquanto trabalhava no Instituto de Partículas Físicas em Genebra.
O código de computador por ele inventado permitiu que cientistas compartilhassem pesquisas facilmente em uma rede de computador.

No início dos anos 90, essa rede foi batizada de "world wide web", cujas iniciais "www" formam a base da internet que conhecemos hoje.

Daqui

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Especialista em mundos virtuais sugere mudanças no SLO

O analista e desenvolvedor de MMORPGs, Scott Jennings, é hoje uma das maiores autoridades em mundos virtuais, tendo inclusive lançado um livro sobre o assunto, intitulado "Massive Multiplayer Games for Dummies" (Jogos de Mundos Massivos para Leigos).

Ele é um dos que acreditam que o modelo de assinatura mensal adotado por jogos como World of WarCraft está com os dias contados, e faz questão de basear suas opiniões em vivências dentro destes mundos virtuais, onde mantém um avatar e participa ativamente. Sobre o Second Life, onde seu nome é Lum Lumley, o autor já escreveu ensaios e apontou as qualidades que fazem do metaverso da Linden Lab um sucesso, principalmente entre as mulheres. Mas sem esquecer dos defeitos, ele respondeu ao blog New World Notes algumas perguntas sobre como aprimorar o Second Life. Seguem os três pontos mais importantes dessa conversa, em ordem de importância que o próprio Scott listou.

1- Investir pesado em serviços para clientes Enquanto a natureza libertária do SL é responsável por grande parte de seu crescimento, o fato é que mundos online são serviços; e serviços exigem suporte. A percepção é que o SL não dá apoio a seus usuários - retificando que para eles (usuários), precisa existir uma presença visível e reconhecível desse apoio.

2 - Limpeza da mainland Anúncios excessivos e Spam dão ao usuário uma impressão horrível do SL. Novamente, isso se opões aos impulsos libertários da Linden mas é parte do interesse comum da comunidade. Existem vários termos de uso para proprietários de ilhas e terras que a Linden pode se apoiar e, claro, reforçar essa limpeza, porém isso requer mais serviços para clientes e por isso esse ponto é o numero 2 e não o 1.

3 - Estabelecer parceria com empresas terceirizadas para fornecer diretório de serviços. Mesmo aprimorando a ferramenta de pesquisa (e desabilitando o "Lugares Populares", a melhor coisa que a Linden fez este ano) é muito difícil encontrar coisas no SL se você não sabe o que está procurando. Um "Guia Lonely Planet para O Second Life" seria ótimo. É surpreendente para mim que ninguém tenha pensado nisso ainda! Quando informado que a Linden já anunciou que proibirá as famigeradas AdFarms (terrenos entupidos de publicidade), Scott Jennings respondeu duramente: "Simplesmente anunciar uma nova apólice de uso e não reforçá-la meramente exibe um senso de má administração". Veremos se a Linden escutou o puxão de orelha de Jennings e buscará melhorar o metaverso para seus milhares de usuários. Fonte: NWN

O melhor site do mundo: City of David

A eleição ocorreu durante o “Terceiro Encontro de Webs do mundo”, realizado em Veneza. O "City of David" possui versões em hebraico, inglês, espanhol, francês e russo. Do evento, participaram especialistas de 169 países, dos quais 10 árabes.

Tribunal alemão confirma condenação de neonazista por racismo

O tribunal de Gotinga, no sul da Alemanha, confirmou hoje a pena de um ano de prisão por incitação ao ódio racial para Thorsten Heise, membro do neonazista Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD).Os integrantes do tribunal rejeitaram a apelação apresentada pelo neonazista, de 39 anos, contra uma sentença da Audiência Superior de Braunschweig que o condenava a essa pena, embora com o benefício da liberdade condicional.A corte de Braunschweig condenou Heise pela produção e venda entre 2001 e 2002 de seis mil CDs de um grupo musical neonazista com canções com incitações racistas e xenófobas.O presidente do tribunal de Gotinga deixou transparecer em sua sentença que teria imposto uma pena maior ainda a Heise, condenado em outros 11 processos anteriores.
Agência EFE

Notícias, infelizmente, do neonazismo

Enfrentamentos em show neonazista deixam 11 agentes feridos na Alemanha

Ao menos 11 agentes alemães ficaram feridos na noite deste sábado (23) ao serem atacados por ativistas neonazistas quando tentavam dissolver o público presente em show de grupo de extrema direita na cidade de Rostock (ao norte do país).
Um porta-voz informou que 11 policiais e três neonazistas ficaram feridos nos enfrentamentos, ocorridos em um antigo pavilhão industrial que servia de palco ao concerto, que não tinha sido autorizado pelas autoridades municipais.
Unidades antidistúrbios detiveram 38 jovens radicais de extrema direita procedentes dos Estados de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Schleswig-Holstein e Berlim, e apreenderam materiais de propaganda.
Quando os agentes chegaram para dissolver o público que assistia ao show, foram recebidos com "uma chuva de caixas de cerveja, garrafas, bancos e até extintores", disse o porta-voz da Polícia.

Neonazistas atacam sistematicamente gays em província espanhola
Três neonazistas foram presos em flagrante pela polícia de Sevilha, Espanha, por atacar casal gay que andava de mãos dadas em uma praça na cidade.
O casal passeava na praça quando foi insultado por dois skinheads. Depois, outro agressor se juntou a eles e começaram a bater no casal.
Em um momento, segundo as testemunhas, um dos neonazistas sacou a faca e gritou "Hitler". Foi quando o casal foi salvo por transeuntes que passavam na praça e chamaram a atenção da polícia.
Com a chegada dos policiais, dois fugiram e um foi preso no local. Mais adiante, os outros agressores foram presos também.
Os rapazes foram identificados pela polícia como neonazistas devido às tatuagens, cabeças raspadas e inscrições nas camisas.
Dois deles, ambos de 22 anos, não tinham antecedentes criminais e o terceiro, de 25 anos, já foi preso quatro vezes por agressão.
As vítimas foram hospitalizadas. Um rapaz teve contusões na face e o namorado quebrou um dedo da mão e feriu os lábios.
O presidente da ONG Colega em Torremolinos disse que embora o ambiente da cidade não seja homofóbico aumentaram os ataques a gays ultimamente.

domingo, 14 de setembro de 2008

Blog de George Orwell cai na web após 70 anos

Há exatos 70 anos, no dia 8 de setembro de 1938, o escritor inglês George Orwell (”1984″) estava em Gibraltar, e de lá escreveu vários textos sobre o que vivia, via e lia na época, observando principalmente a cena natural e cultural. Esse textos, que compreendem o período de 9 de agosto de 1938 até outubro de 1942, estão sendo publicados pela Orwell Prize em associação com a Orwell Trust, Political Quarterly e Media Standards Trust, e serão sempre disponibilizados nas datas concatenadas com sua publicação original.

O autor de “A Revolução dos Bichos” escreveu com detalhes no post de hoje, há 70 anos, sobre as características das raças dos bodes que observou em Gibraltar, além de outros animais como burros, vacas, cães e gatos, e além das frutas da estação e do clima. No post de ontem (há 70 anos), fez observações sobre os jornais que encontrou e suas tendências, sempre com o seu conhecido olhar político e crítico. Um trecho:
English newspapers reach Gibraltar by P & O four days late. Local English daily Gibraltar Chronicle & Official Gazette, 8 pages of which about 21/2 pages advertisements, ld. Current number 31, 251. More or less pro-Fascist. Local Spanish papers El Annunciador and El Campanse, each four pages largely adverts, ld. Daily. No very definite standpoint politically, perhaps slightly pro-Franco. Ten or eleven Franco papers sold here, also three Government papers including Solidaridad Obrera. The latter at least six days old when obtainable here, and much less on evidence. Also two pro-Government Spanish papers published in Tangiers, El Porvenir and Democracia. Prices of these stated in Franco exchange. Impossible to discover sentiments of local Spanish population. Only signs on walls are Viva Franco and Phalangist symbol, but very few of these. Population of town about 20,000, largely Italian origin but nearly all bilingual English-Spanish. (…)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Google e a construção do monopólio na web

ENTREVISTA / ANDRÉ FLEURY
Por IHU On-Line em 9/9/2008

Reproduzido da IHU On-Line, revista eletrônica do Instituto Humanitas Unisinos, 6/9/2008; título original "Google: nossas vidas como base para construção de um monopólio na web"
Há quem diga que a web 2.0 está criando novos tipos de paradigmas na sociedade, uma vez que disponibiliza um tipo de autonomia e interação que antes era quase impensável. Um deles é a economia da gratuidade. Serviços que antigamente eram caros e tecnicamente difíceis de serem utilizados hoje estão disponíveis na internet sem custo para usuário, e fazendo com que ele perca menos tempo e tenha mais qualidade em seu trabalho.


Quem está sabendo tirar partido desse novo cenário é a empresa Google. Para os mais entusiastas, os serviços parecem perfeitos, mas, quanto mais cresce o Google, maior fica também o monopólio que a empresa está construindo em torno dessas ofertas que disponibiliza. O que esperar?
Segundo o professor da USP, André Fleury, "o mercado financeiro reconhece que o monopólio que o Google está estabelecendo na web garante que, no futuro, a empresa poderá ser capaz de gerar receitas e barreiras para que novos participantes não sejam concorrentes diretos". Ele concedeu entrevista à IHU On-Line por telefone e falou sobre essa realidade que está surgindo e sobre o desenvolvimento da web 2.0 e o nascimento da web 3.0.
André Leme Fleury é graduado em Engenharia Mecânica de Produção, pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou mestrado e doutorado em Engenharia de Produção na Universidade Federal de Santa Catarina e na USP, respectivamente. Na USP é professor e coordenador do projeto Cidade do Conhecimento. É autor de Dinâmicas organizacionais em mercados eletrônicos (São Paulo: Editora Atlas, 2001).
***
Já podemos falar em economia do gratuito em relação à internet? Como essa economia está se constituindo e que perspectivas podemos ter em relação ao seu desenvolvimento?
André Fleury – Sim, podemos falar sobre economia do gratuito, que está ainda nos seus passos embrionários. O que se quer dizer com "passos embrionários ou iniciais"? Se pegarmos o Google [Google Inc. é o nome da empresa que criou e mantém o maior site de busca da internet, o Google Search. O serviço foi criado a partir de um projeto de doutorado dos então estudantes Larry Page e Sergey Brin da Universidade de Stanford em 1996] como exemplo, veremos que ele vale 200 bilhões de dólares, mas fatura 7 bilhões exatamente por causa dessa economia da gratuidade que está surgindo agora. Em outras palavras, o Google tem uma quantidade de informações hoje em dia extremamente elevada em seu poder. Essas informações estão concentradas no YouTube, no Google Maps, no Google Earth, no Orkut (onde ele conhece muito das pessoas), entre outros serviços. Ele disponibiliza esses recursos onde obtém uma série de informações que são extremamente valiosas. No entanto, ainda não está claro como ele vai gerar modelos comerciais em relação a esse patrimônio que dispõem. Então, a economia do gratuito está ligada, num primeiro momento, à questão dos novos modelos de negócio que surgirão ao longo do tempo.
A segunda questão está relacionada ao compartilhamento do conhecimento para um bem comum e que, ao mesmo tempo que beneficia um usuário, dá retornos para a empresa também. São duas dinâmicas diferentes: a primeira se refere ao futuro das apostas na bolsa de valores que viabiliza recursos para que as empresas possam desenvolver ainda mais seus serviços, como é o caso do Google, e a segunda está relacionada aos softwares com códigos abertos. Aqui na USP, já estamos trabalhando essa questão e nos perguntamos: como compartilhar conhecimento de tal maneira que os professores possam utilizar o material um do outro e assim prestar melhores serviços, gerar conhecimento e oferecer aos repositórios o resultado disso?
A Web 2.0 é uma receita de inovação e integração para produção social realizada pelas empresas e instituições?
A.F. – A web 2.0, tecnologicamente, não representa inovação alguma, ou seja, as ferramentas que caracterizam a web 2.0, seja blog, wiki [o termo wiki é utilizado para identificar um tipo específico de coleção de documentos em hipertexto ou o software colaborativo usado para criá-lo; significa, em havaiano, "super rápido"], fóruns, são tecnologias que estão disponíveis há bastante tempo para a maioria das pessoas. O que realmente apresenta uma inovação é a forma de relacionamento. As empresas estão começando a despertar para essa coisa das interações e das redes sociais, mas existe ainda muito chão para elas construírem. Aqui na universidade, estamos trabalhando os conceitos de construção colaborativa de conhecimento, ou seja, como os alunos podem adquirir conhecimento necessário para desenvolver os seus trabalhos, analisar e resolver os problemas. A mudança de paradigma aí é bastante extensa porque muda o relacionamento professor-aluno. Antes, apenas o professor detinha o saber; hoje, os alunos buscam o conhecimento, disponibilizam e aplicam esse conhecimento, e o professor passa a ter uma postura de mediador de uma rede. Essa mudança é radical e requer muita maturidade.
O Google está criando cada vez mais plataformas para que possamos "empurrar nossa vida para dentro da web". Estamos criando uma cultura da inteligência coletiva com isso?
A.F. – Depende de como esse conhecimento será compartilhado. No momento em que transfiro uma planilha minha para o Google Docs, eu estou simplesmente mudando o meu canal de acesso. Não existe uma mudança significativa em relação ao compartilhamento de conhecimento. A inteligência coletiva só surge quando existe esse compartilhamento. Então seriam necessárias novas dinâmicas para trabalhar esses documentos de tal maneira que eles não sejam mais meus. Nesse sentido, eles passariam a incorporar e desenvolver novas possibilidades de captura, além de gerar uma nova forma de divulgação desse conhecimento.
Mas o que o Google ganha com essa totalidade de serviços gratuitos?
A.F. – Nada. O retorno só vem da bolsa de valores que investe no potencial dos serviços oferecidos. Por exemplo, a coisa mais cara é armazenar mídias, documentos etc. O Google oferece esse espaço que não temos e de forma gratuita. Existem links patrocinados, mas que não revertem o valor investido. No entanto, o mercado financeiro reconhece que o monopólio que o Google está estabelecendo na web garante que, no futuro, a empresa poderá ser capaz de gerar receitas e barreiras para que novos participantes não sejam concorrentes diretos.
A web 2.0 parece incluir cada vez mais as pessoas, isso porque seus dispositivos geralmente são fáceis de usar e permitem que se façam coisas na internet que antes só eram possíveis através de softwares caros e que exigem conhecimento técnico. Como está se constituindo o conceito de web 2.0 a partir dessa noção de excluídos e incluídos digitalmente?
A.F. – Eu separaria essa questão em duas. A primeira diz respeito aos softwares livres, que são tão bons ou melhores do que os softwares proprietários. Um exemplo é o moodle, que temos usado extensivamente em diversas iniciativas. [Moodle = Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment – Moodle é um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. A expressão designa ainda o Learning Management System (sistema de gestão da aprendizagem) em trabalho colaborativo baseado nesse programa. Em linguagem coloquial, o verbo to moodle descreve o processo de navegar despretensiosamente por algo, enquanto fazem-se outras coisas ao mesmo tempo. O conceito foi criado em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num curso on-line à sua escolha.] É extremamente fácil baixá-lo, instalá-lo e configurá-lo. Esse software representa muito essa idéia da economia do gratuito, em outras palavras. Eu uso e me beneficio dele. A cada vez que ele é aprimorado, esse aperfeiçoamento é incorporado pela comunidade, caso ela ache isso apropriado. Essa cultura tende a se valorizar cada vez mais.
Em relação à exclusão e inclusão digital, a coisa é bem mais complexa. Eu não vejo uma relação direta entre a web 2.0 e a inclusão digital. Temos trabalhado muito o conceito de emancipação digital, que não é apenas a pessoa saber mexer nos recursos, mas ser capaz de gerar renda com esses recursos. Ainda há poucas iniciativas nesse sentido, pois requer uma série de outras iniciativas de educação para que essas pessoas possam usar essas ferramentas das melhores formas possíveis.
Como se configura hoje e como pode ainda ser melhor explorada a arquitetura da participação a partir do conceito de web 2.0?
A.F. – Esse é o principal desafio para quem está trabalhando com esse tipo de plataforma atualmente. O caso mais clássico que temos são os trabalhos de conclusão de curso que orientamos aqui na USP. Os alunos são conduzidos para trabalhar numa plataforma que tem wiki, tem fórum e assim por diante. E isso tem funcionado muito bem, pois as empresas estão interessadas nesse tipo de desenvolvimento e as universidades estão municiando esse aluno com todo conhecimento necessário para resolver esse problema. A participação está funcionando porque todos os lados estão trabalhando. O problema se apresenta quando só um lado está inserido nesse contexto. Essa evolução está muito relacionada ao jogo do estímulo e resposta.
A web 2.0 põe fim ao ciclo de lançamentos de softwares?
A.F. – Não. Os softwares estão relacionados à capacidade de inovação. Se se é capaz de inovar, o posicionamento no mercado estará muito bem. Os softwares que estão fadados a desaparecer são aqueles que pararam de inovar, o que dá tempo para a comunidade criar um software livre. Com o Office aconteceu isto quando o Open Office foi criado.
Como a nova geração da internet afeta a mídia?
A.F. – Estamos assistindo à convergência. Temos aí uma mudança de geração, ou seja, as pessoas precisam estar evoluindo no sentido de as novas mídias substituírem as mídias antigas, mas até agora nada muito efetivo aconteceu ainda. As grandes empresas estão sendo impactadas, mas ainda não de uma forma expressiva pela web. Mas haverá uma consolidação das novas mídias, certamente.
E o que viria ser a web 3.0?
A.F. – A web 3.0 tem dois significados. O primeiro é a web semântica, ou seja, os mecanismos de busca vão se transformar em agentes mais inteligentes capazes de trazer melhores respostas às perguntas formuladas. A segunda tendência diz respeito a capacidade de remunerar quem está gerando conteúdo e conhecimento. Quando o Google descobrir como ganhar dinheiro com o YouTube, nada mais justo do que ele passe uma parte do dinheiro que ganhou para quem postou o conteúdo. Mas é preciso ainda fazer uma grande reflexão acerca da web semântica e dos modelos de negócio.
Esse é o momento de as novas redes sociais ditarem as regras do mercado, da sociedade, das políticas etc.?
A.F. – Sem dúvida alguma. Tanto isso incomoda que a campanha política foi proibida para além dos sites oficiais dos candidatos. Isso porque as pessoas ainda não compreendem como a web 2.0 pode ser utilizada para a questão da política e, por isso, se proíbe. Tal movimento prova exatamente a capacidade dessa nova forma de comunicação entre novos mecanismos de percepção e avaliação dos usuários. No caso da política, essa questão assusta e daí ser mais fácil proibir do que tentar gerenciar o novo movimento.
E como o senhor vê a questão da discussão acerca do controle em relação à internet?
A.F. – Eu acho que ela é incontrolável. Ela nasceu na sua essência livre justamente para garantir a multiplicidade de fontes de informação. Proibições e ações judiciais atestam o quanto elas podem incomodar e o quanto ela é incontrolável. As corporações têm de se adaptar a elas e passar a jogar a partir dessa sociedade gerada a partir do novo conceito de web.