segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Gangues apostam no recrutamento via redes sociais

Gangues criminosas estão investindo cada vez mais em grandes sites sociais como o YouTube e o MySpace como meio de recrutamento de novos membros, noticiou o site The Inquirer.

A preocupação foi declarada pela polícia de San Mateo, Califórnia, nos Estados Unidos, ao canal televisivo CBS 5. Susan Manheimer, chefe da polícia local, explicou que os líderes das gangues estão cientes de que garotos gostam de se socializar em portais de networking e, por isto, estão voltando sua atenção e propaganda para tais meios virtuais."Estamos vendo novas gangues surgindo e o reaparecimento de outros membros de gangue que saem de prisões e procuram mais e mais estudantes de ensino médio e crianças mais novas para recrutá-los", explicou a policial.A interação dos jovens com criminosos é feita através de comentários em seções de sites sociais, e vai de simples conversas a discussões ainda mais profundas.

Em uma operação realizada em um cinema na noite da última sexta-feira, dia 1º de fevereiro, a CBS 5 descobriu que diversos jovens, alguns com 12 anos, carregavam em seu celular insígnias de gangues e músicas utilizadas como identificação destes grupos.Um jovem de 13 anos explicou que mantém contato com pessoas de gangues, e disse ser bem tratado, sem qualquer tipo de pressão. Para o conselheiro Alejandro Vilchez é necessário instruir as crianças para que não caiam neste tipo de propaganda virtual, e comparou a ação das gangues com a de Adolph Hitler, que recrutou muitos jovens para seu exército com mensagens de honra e sacrifício.

Vilchez explica que é necessário manter computadores em locais comuns da casa e monitorar de perto a atividade dos jovens tanto no computador quanto em celulares. Os pais também devem procurar conhecer cores e insígnias das gangues locais para identificar caso ocorra algum tipo de envolvimento de seus filhos.Um porta-voz do YouTube explicou que o portal de vídeo mais famoso da internet não aceita material ilegal ou perigoso. "Se um vídeo mostra alguém se ferindo, sendo atacado ou humilhado, será removido", comentou. Todavia, os vídeos são revistos pelos próprios usuários, que inserem identificações de material impróprio que, só então, são avaliados. Tal demora pode garantir um tempo de exibição indevida do material.


http://www.geek.com.br/modules/noticias/ver.php?id=17030&sec=6

Nenhum comentário: