terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Falece antropóloga brasileira - Fundadora da ABOI

Ontem, 24 de janeiro de 2011, faleceu Rita Amaral, antropóloga, pesquisadora e  orientadora do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, doutora em Antropologia Social pela USP e pós-doutorada em Etnologia Afro-Brasileira pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Estudou festas, estilos de vida, religiões de influência africana e fez parte da equipe de pesquisa de Reginaldo Prandi, que estudou pela primeira vez o candomblé de São Paulo.
A obra antropológica de Rita abarcou ainda a organização do grupo de estudos Urbanitas, focado na antropologia urbana. Integrou a Coordenação do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo [www.n-a-u.org], do qual foi membro desde 1988, e onde foi Editora-chefa da revista PontoUrbe - Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP [www.pontourbe.net]. Foi, também, organizadora e editora independente da revista de Antropologia Urbana "Os Urbanitas" [www.osurbanitas.org], do website Os Urbanitas [www.aguaforte.com/antropologia] e do blog de mesmo nome [www.osurbanitas.blogspot.com].
Portadora de osteogênese imperfeita, foi pioneira no movimento de conscientização sobre a doença no Brasil, traduzindo textos, auxiliando na formação de médicos e lutando pela melhoria da qualidade de vida dos portadores de deficiência física. Nesse sentido, fundou, há 11 anos a Associação Brasileira de Osteogênese Imperfeita – ABOI, na qual exercia mandato de presidente.
Rita era uma pessoa doce; sagaz; acolhedora; ligada em todo tipo de arte; e dona de uma força de vontade ímpar. Seus amigos e demais portadores sabiam que podiam contar com ela para ser apoiados e orientados. A criança que tinha ânsia de saber, a jovem que tocava violão e a grande mestre em antropologia conviviam numa única pessoa, formando uma grande personalidade.
Rita de Cássia de Mello Peixoto Amaral nasceu em18 de fevereiro de 1958 em São Paulo e faleceu em São Paulo24 de janeiro de 2011, de complicações respiratórias.



Rita, ter conhecido vc fez um tudo de bom na minha vida!

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