terça-feira, 29 de março de 2011

Fora Bolsonaro.


Hannah Arendt denunciou o Estado nacional-socialista num formato de monstruosidade irrestrita exteriorizado na forma de um terrorismo legal. O Bolsonaro é isso em forma humana. MPF, racismo é crime. Não aceitaremos "desculpas". Chega de Fascismo. Chega de racismo.


Sim, ele foi eleito. Pela corja que pensa que o mundo é racialmente definido. Pelos nazi-fascistas de plantão que acham que mulheres, negros, gays devem ser eliminados pelo uso irracional, desumano, inconstitucional da força.



O fato dele ser eleito, não o torna intocável. manifestemos nosso poder fora das urnas: Pessoas de bem deste país, vamos começar. Pessoas de bem, uni-vos. Um fantasma ronda o mundo: o fantasma da igualdade, da não-segregação. Vamos assinar o maior movimento contra um eleito que esse país já viu. Não aceitaremos. Não nos calaremos.

Preta Gil, mulher, negra, maravilhosa. Todo nosso apoio.

Protocolemos documentos, vamos encher as caixas dos deputados e senadores. Não, ser eleito não torna ninguém acima das leis, acima da Constituição. Na verdade, o obriga ainda mais a respeitar e honrar nossa lei maior. nossa luta não é apenas contra a homofobia, o racismo, a incitação à violência doméstica e de Estado por este deputado encarnada. Nossa luta é pelo Estado de Direito. Por um mundo sem segregação racial. Pelo poder do povo, que no Brasil, escolheu uma constituição democrática, respeitada por sua voz pelos  Direitos Humanos. 

Ou damos uma resposta agora, ou continuaremos dizendo a esta corja que eles tem direito a voz. Não no meu país. Não no meu Brasil, colorido, diverso, humano.

Chega.

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Bolsonaro diz na TV que seus filhos não ‘correm risco’ de namorar negras ou virar gays porque foram ‘muito bem educados http://ht.ly/4oP3b


Em A Condição Humana, Arendt  se preocupa com os mecanismos que geram vínculos para ações coletivas: "o que mantém unidas as pessoas depois que passa o momento fugaz da ação (aquilo que hoje chamamos de 'organização') e o que elas, por sua vez, mantêm vivo ao permanecerem unidas é o poder" (Arendt 1981: 213). A filósofa intercomunica duas dimensões do poder nesta concepção: por um lado “há uma ação coletiva que funda o grupo”, o que designa, necessariamente, um vínculo entre o momento e a "esfera pública". A outra dimensão está na capacidade do poder em legitimar esta “ação inicial”, “fugaz”, num vínculo. Nessa tessitura o poder é fruto da ação coletiva do grupo que o sustenta. 


Vamos mostrar, que para além desse momento quase fugaz da eleição, o poder permance conosco: nossa ação pode mudar, sim, o país.

Um comentário:

Camem disse...

Viva Arendt. Fora racismo!