domingo, 22 de abril de 2012

Neonazismo pelo mundo...


Neonazistas ganham espaço com empobrecimento da Grécia
28 de março de 2012  06h01  atualizado às 08h04

Imigrante passa por muro grafitado em Atenas; estrangeiros são alvos dos neonazistas gregos. Foto: AP
Imigrante passa por muro grafitado em Atenas; estrangeiros são alvos dos neonazistas gregos
Foto: AP
O empobrecimento geral e o elevado número de imigrantes ilegais na Grécia deram origem a um violento grupo neonazista, intitulado "Amanhecer Dourado" (Jrysi Avgi), que pode conseguir representação parlamentar já nas próximas eleições antecipadas, previstas para abril e maio.
Após os distúrbios do último dia 12 de fevereiro, uma inquietante pintura apareceu em um dos locais atingidos do centro de Atenas: "Fogo aos hebreus", acompanhada pelo símbolo de uma forca em que estavam penduradas uma estrela de David e outra anarquista.
"Amanhecer Dourado" - cujo símbolo lembra uma suástica - está ganhando terreno e seus integrantes não duvidam em expor publicamente seus ideais xenofóbicos e sua opção pela rejeição aos imigrantes, que, por sua vez, são qualificados como uma "escória humana".
"Invadiram nossa terra e tiraram nossos trabalhos. Se conseguirmos o poder, vamos deportar todos os imigrantes e fechar novamente nossas fronteiras com minas, cercas elétricas e guardas", explicou à agênciaEFE Ilyas Panayotaros, porta-voz do partido e candidato a deputado.
Fundado em 1993 pelo ex-oficial do Exército grego Nikolaos Mijaloliakos, o partido mantém vínculos com outros movimentos neonazistas europeus e, segundo as denúncias da imprensa e políticos gregos, com elementos da Junta Militar deposta em 1974 e, inclusive, com grupos da atual polícia.
Até o momento, o partido ainda não tinha recebido um apoio eleitoral relevante. Mas, nas últimas eleições municipais de 2010, a legenda conseguiu eleger um vereador na Prefeitura de Atenas (em alguns distritos com até 20% dos votos).
As enquetes das eleições gerais apontam que o partido deverá superar a barreira eleitoral dos 3%, o que poderia garantir uma dezena de cadeiras no parlamento.
Na última semana, no bairro de Aghios Pantelimonas, a tensão era evidente. Cerca de 2 mil pessoas participavam de uma passeata sob o lema "Fora neonazistas". No entanto, para evitar um possível confronto, as tropas antidistúrbios interromperam a manifestação e bloquearam a rua com ônibus blindados. Isso porque, na Praça de Aghios Pantelimonas, aproximadamente 50 militantes do "Amanhecer Dourado" se manifestavam contra a imigração.
"Na há nazistas na Grécia. Eu seria um nazista simplesmente por ser um europeu branco e democrático que não quer imigrantes no seu bairro? A Grécia é muito pequena, mas a Ásia é muito grande. Portanto, podem voltar para os seus países", afirma à agência EFE o desempregado Constantinos Alopis, 35 anos, que ganha 500 euros por mês do governo.
Nos últimos anos, este bairro do centro de Atenas foi muito afetado pela crise e o desemprego aumentou visivelmente, algo que também afeta os próprios imigrantes, que vivem em grande número nessa região, muitos deles ilegais.
Muitos imigrantes, conscientes de que não há trabalho na Grécia, desejam agora ir para o norte da Europa. Porém, os controles de fronteira e a Regulamento Dublin II (que permite a terceiros Estados devolver à Grécia os imigrantes que entraram na União Europeia por suas fronteiras) os retêm no país mediterrâneo.
"Já são mais que nós no bairro e se dedicam apenas ao roubo e ao tráfico de drogas", criticou Eleni, uma moradora dos arredores de Aghios Pantelimonas.
Um idoso do local também assegurou que os militantes do "Amanhecer Dourado", "aproximadamente 400 em todo o bairro", se organizam e "protegem" os moradores dos supostos ataques dos imigrantes.
"Nossos integrantes participam junto com outros cidadãos nos grupos de autodefesa. De fato, nós queremos que eles sejam declarados oficiais e que disponham de plena autoridade", apontou o porta-voz de "Amanhecer Dourado".
No entanto, segundo diversas ONGs (ONG), os ataques são mais frequentes na outra direção, já que nos últimos três meses de 2011 foram registrados 63 ataques aos imigrantes e poucos chegaram a ser solucionados pelos tribunais.
Nesta semana, um tribunal de Atenas adiou pela quarta vez um processo pelo esfaqueamento de um refugiado afegão pelas mãos de três nacionalistas gregos, dado que um dos acusados não compareceu ao julgamento alegando razões médicas.
Trata-se de Zemis Skordeli, que apesar de não ser uma integrante, é considerada "amiga" do partido "Amanhecer Dourado".
"Não temos uma posição comum sobre se o "Amanhecer Dourado" deveria ser proibido", relatou à agência EFEKostis Papaioannou, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Grécia.
"O que temos claro é que a lei condena os discursos racistas que promovem ações violentas e, portanto, devemos cobrar das autoridades para a mesma ser cumprida", completou.

Neonazistas estadunidenses têm seu próprio lobista em Washington

 
14.04.2012, 12:40
Neonazistas estadunidenses têm seu próprio lobista em Washington
© Flickr.com/Luke Robinson/cc-by-nc-sa 3.0
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O partido nazista norte-americano registrou seu primeiro lobista no governo dos EUA, John Boles de 55 anos. Ele foi registrado como lobista pela Secretaria do Senado e Câmara dos Representantes do Congresso estadunidense.
De acordo com os documentos oficiais, Boles pretende lutar por “observação de direitos políticos e igualidade do acesso de cidadãos ao processo eleitoral”. O representante neonazista está preocupando com o fato que o governo não permita seus companheiros lutar por cargos eletivos.
Entre outras questões, Boles planeja promover as questões de direitos humanos, saúde e imigração, não tocando intencionalmente o problema de “pureza racial”.


Estudantes da Unesp fazem passeata contra ato de racismo

Estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara (273 km de São Paulo) protestaram na noite desta quinta-feira (19) contra o recente ato de racismo ocorrido na universidade.

No início de abril, a frase "Sem cotas para os animais da África" foi encontrada em um mural localizado em frente ao centro acadêmico de ciências sociais. A Unesp abriu uma sindicância interna e um boletim de ocorrência foi registrado por alunos e professores.

Depois de se reunirem no final da tarde de ontem para discutir o ato, os estudantes saíram em passeata pelo campus, como forma de protesto. Durante a reunião, uma moção de repúdio à pichação também foi votada.

De acordo com o professor Dagoberto José Fonseca, coordenador do Grupo de Estudos da Cultura Africana, manifestações culturais contra o ato de racismo também estão sendo planejadas.

Segundo ele, pichações que fazem referência ao grupo neonazista White Power (poder branco) já haviam sido feitas há alguns anos em banheiros da faculdade.

Na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara estudam 23 alunos africanos, vindos de diferentes países.

Os estudantes fazem parte do PEC-G, programa educacional dos ministérios das Relações Exteriores e da Educação que oferece vagas para estudantes estrangeiros de países em desenvolvimento.

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