A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação. De tal modo ela precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la. Não consigo entender como até hoje mereceu tão pouca atenção. Justificá-la teria algo de monstruoso em vista de toda monstruosidade ocorrida. Mas a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas, sintoma da persistência da possibilidade de que se repita no que depender do estado de consciência e de inconsciência das pessoas.Theodor Adorno
Um motivo para lembrar genocídios é nos prepararmos para que eles jamais se repitam. Esta semana se rememoram dois momentos absurdos do ponto de vista dos Direitos Humanos: o genocídio dos índigenas brasileiros no que aprendemos ser a colonização brasileira inicializada pelo dito Descobrimento do brasil em 22 de abril, e hoje, a data do o nemesis histórico dos armênios, que viram 1,5 milhão de seus habitantes mortos pelos otomanos em 1915.
O memorial mais importante no país é a respeito deste genocídio e é um museu. Ele relembra os armênios, assassinados em 1915 e os diversos mortos em anos anteriores, em vários pogroms. O memorial é centrado em torno de uma chama eterna. Este é circundada por doze paredes maciças, curvas por dentro, representando as doze províncias perdidas "da Armênia Ocidental, regiões da Turquia, em que viveram.
O genocídio dos Armênios foi o primeiro grande genocídio do século XX, um século que todos tentamos entender, mas que é irrepresentável do ponto de vista do número de mortos eliminados por parte da humanidade, por outra parte desta mesma humanidade que não os considerava HUMANOS.
Posteriormente, aos armênios se juntaram judeus, ciganos, gays, povos da África como vítimas do genocídio. Hoje temos Sudão, Uganda. O que faremos? Para Adorno, a educação deve, simultaneamente, evitar a barbárie e buscar a emancipação humana.
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