quinta-feira, 20 de março de 2008

Polícia prende suspeitos de integrar grupo de Skinheads

Investigação começou em desde dezembro de 2007, quando uma jovem punk foi esfaqueada

Carlos Simon, do Jornal do Estado

Dois acusados de pertencer a um grupo de skinheads que esfaquearam membros do movimento punk foram presos ontem pela Polícia Civil. Um deles tem 34 anos, e o outro é soldado do Exército e tem 19. Eles tinham mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça por tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Os dois foram presos por policiais do 1º Distrito Policial (Centro) e da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC).

O grupo skinhead era investigado desde dezembro de 2007, quando uma jovem punk foi esfaqueada por skinheads perto do Círculo Militar. ““Na data do crime, o grupo de punks e de skinheads brigaram próximo ao Círculo Militar, no Centro de Curitiba. Um dos papéis dos líderes deste grupo seria instigar os outros integrantes a matar as vítimas”, disse Rosevics”, disse o superintendente do 1º Distrito Policial, Adolfo Rosevics Filho. Outra briga entre os grupos no Centro de Curitiba, no mês passado, deixou um rapaz punk gravemente ferido, também a facadas. No começo do ano, um acusado de agredir a garota foi preso pela Polícia Civil.

Segundo o superintendente, o mais velho dos presos ontem, vulgo “Véio”, seria o líder do bando. O suspeito negou envolvimento nos crimes e que pertença a grupos neonazistas — embora exiba tatuagens de uma suástica e do número 88, que simboliza os seguidores de Adolf Hitler.

Ele foi preso em casa, no bairro Santa Felicidade e o soldado foi detido no quartel da Força Aérea Brasileira, no bairro Bacacheri. Ele prestava serviço militar obrigatório. O superintendente informou que os dois acusados não possuem passagens pela polícia. Eles serão indiciados por tentativa de homicídio e formação de quadrilha e seguem detidos na DVC à disposição da Justiça.

Em outubro de 2005, a polícia prendeu 11 suspeitos de integrar o grupo de skinheads denominado “Frente Anti-Caos”, que espalhou adesivos e cartazes no Centro pregando o preconceito racial e sexual. No mesmo ano, um rapaz de 19 anos disse ter sido agredido por skinheads pelo fato de ser homossexual.

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