O Globo
PARIS - A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou na quinta-feira uma lista com os "12 inimigos da internet" devido ao controle e à censura que esses países exercem sobre a rede e ao acesso a ela.
As nações que fazem parte da relação são Arábia Saudita, Mianmar, China, Coreia do Norte, Cuba, Egito, Irã, Uzbequistão, Síria, Tunísia, Turcomenistão e Vietnã, que, segundo a ONG, "transformaram suas redes em uma intranet, impedindo que os internautas tenham acesso a informações consideradas 'indesejáveis".
"Todos esses países evidenciam não só sua capacidade para censurar a informação, mas também a repressão praticamente sistemática dos internautas", afirma a organização no relatório.
Cuba: Embora os cidadãos da ilha possam utilizar conexões de internet em hotéis e consultar sites estrangeiros, "a rede se encontra vigiada pela Agência Cubana de Supervisão e Controle". Na ilha caribenha só há um provedor de acesso à internet.
Arábia Saudita: A ONG afirma que as autoridades não oficializaram a prática de proibir certas páginas, "mas optaram por reprimir os blogueiros que se manifestam contra sua moral, seja qual for a reivindicação".
China: O governo de Pequim "ocupa a liderança da repressão na internet", e a organização adverte que, "com a maior população de internautas do mundo, o jogo da censura é um dos mais indecentes do mundo".
Coreia do Norte: A internet funciona no país, um dos mais fechados do mundo, desde 2000, mas com sérias limitações: ferramentas de busca censuradas, apenas um navegador funciona e sites informativos são limitados - e somente aqueles autorizados pelo governo comunista.
Egito: O "dinamismo" da "blogosfera" do país no panorama internacional "está muito longe de ser uma vantagem para seus blogueiros, que se encontram entre os mais perseguidos do mundo", ressaltou a organização.
Irã: O regime teocrático lidera a repressão na internet no Oriente Médio, segundo o relatório da RSF. Segundo o documento, "de acordo com o conselheiro do procurador-geral de Teerã, as autoridades bloquearam 5 milhões de sites em 2008".
Outros governos - dez no total, incluindo o da Austrália e a Coréia do Sul - também adotaram medidas "preocupantes", porque, diz a organização, "podem abrir a via para que sejam cometidos abusos".
Atualmente, disse a RSF, há 70 cyber-dissidentes presos por publicar informações "indesejáveis" na internet. China, Irã e Vietná lideram o ranking de prisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário