sexta-feira, 24 de abril de 2009

Política se faz com links

Apoio ao Ministro Joaquim Barbosa
http://www.petitiononline.com/Ministro/petition.html

Quando é que vai se acordar que agora a Política tem na Grande Rede, o Agora?
Internet frita Mendes
Do blog Cidadania, do Eduardo Guimarães. Leia tudo aqui.


Em todos os grandes portais da mídia corporativa que fizeram enquetes sobre o
assunto, os comentários chegaram aos milhares e foram quase unânimes em apoiar
Barbosa. Reservo, aqui, um espaço especial ao UOL, que veiculou uma enquete perguntando ao internauta qual dos ministros do STF tinha razão e quebrou a cara de uma tal maneira que simplesmente sumiu com ela pouco depois de publicada, quando o contador de comentários já se aproximava do terceiro milhar e praticamente todos esses comentários eram favoráveis a Barbosa.


Na blogosfera não foi diferente. Os blogs afinados com Gilmar Mendes (Esgoto, Noblat) viram seus posts em defesa do presidente do STF ficarem quase às moscas. No do Josias, ele parece ter optado por não deletar os apoiadores de Barbosa - o número de comentários foi alto (770, na hora em que verifiquei), mas quase todos apoiando Barbosa.


Enquanto isso, os blogs independentes – que apoiaram Barbosa em peso –, tais como o do Azenha, do Nassif, do PHA, do Idelber Avelar e, entre outros, modestamente também este blog, produziram centenas de comentários, com destaque impressionante para o blog do Luis Nassif, onde os comentários chegaram a mais de 700 no momento em que eu escrevia este post – o que pôs o Esgoto em pânico, aliás.


Enfim, estou começando a ficar animado com a “brincadeira”. A internet está começando a mostrar quem é quem politicamente hoje no Brasil. E, a partir disso, tem sido possível até mobilizar centenas, milhares de cidadãos – se se levar em conta os que têm acompanhado e apoiado atos públicos convocados pela Rede como o da ditabranda sem terem tido como participar em pessoa.



A mentalidade política nacional está mudando rapidamente e à revelia do bombardeio político avassalador das redes de televisão e rádio e dos grandes jornais e revistas, todos alinhados ao grupo político-partidário que envolve Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Gilmar Mendes e as famílias midiáticas Frias, Marinho, Civita e congêneres.

Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.

Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003, quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o único negro entre os atuais ministros do STF.
Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais.
É o primogênito de oito filhos.
Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público.
Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Prestou concurso público para Procurador da República e foi aprovado.
Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e Visiting Scholar na Universidade da California, Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês e alemão.

O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro.
“E o que mostra esse currículo?”, perguntarão vocês. Antes de responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF jamais sequer sonharam em enfrentar.
Não se quer aceitar, nesse debate – ou melhor, a mídia, a direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não querem aceitar –, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal, pois esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e por Hermenegildo de Barros (1919 a 1937).

Nenhum comentário: