segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Guerra na rede?

Guerra eletrônica. 
E não estou falando em jogar um chip (PEDRO!!!!!) na cabeça de ninguém!



Bem, como todos os milhares quatro ou cinco leitores deste blog tão cansados de saber, eu pesquiso o mundo digital, em especial no que diz respeito aos aspectos de sociabilidade e comunicação, desde 2002. Como eu ando pela rede desde 99 e blogo desde 00 (noespelhodealice, que primeiro, apareceu no blig), posso afirmar com um certo tom de legitimidade que eu sou foda neste campo que eu conheço bem o meio. Meu objeto foi o uso da WEB e das redes nela posta, por grupos subversivos, os neonazistas. Pesquisando-os, desenvolvi uma análise do uso político da Internet, que tenho explorado em alguns artigos e algumas palestras por aí...
Vivi na rede, nestes anos algumas experiências: a eleição de 2006, por exemplo, na qual eu me assombrei pensando que não dá para ficar pior que aquilo... Mas, como afirma o poliglota filósofo Capitão Nascimento (em inglês, strategy... em alemão, strategie... em italiano, strategia... em espanhol, estrategia...), sempre dá prá ficar pior. basta ver o que tem acontecido nesta eleição.

Esta semana, quando começaram a noticiar os ataques em massa aos blogs e sites pró-Dilma, como o VI O MUNDO, o ESCRIVINHADOR, e o SEJA DITA A VERDADE, eu lembrei de um episódio grotesco, que ocorreu durante a ocupação da USP. Apenas para contextualizar, a ocupação aconteceu dentro do maior processo de manifestação do movimento estudantil, pós-década de 60. O motivo? Os decretos do Senhor Candidato Serra, que miravam a educação. Neste processo teve reunião de DA e DCE da Poli, gente, foi inacreditável. Seis mil estudantes da USP em assembléia. No meio disto, a imprensa serrista, comandada pela Folha e pela Veja, oh que surpresa, proíbia o termo ocupação em seus editoriais e reportagens, e descia a lenha, como o faz sempre.

Qual a arma da moçada para contar a verdade e responder aos ataques da mídia paulistana? A rede. Internet, claro, of corse. Um blog da ocupação registrava dia a dia o universo daquela situação e berrava aos quatros links da rede (versão digital de quatro cantos do mundo) a voz do movimento estudantil. Qual foi a tática do governo? negociar, jamais! Foi derrubar o blog. Isso mesmo, clicavam no servidor, o terra na época, e denunciaram em massa que era um blog com conteúdo impróprio, tipo pornografia e etcs, com ênfase nos etcs...

 Em doze horas, uma turma de gente que prefere o mundo dos bits que o sabadão de sol, botou o site num provedor de fora o NOBLOGS. Um servidor fantástico este por sinal, ficou a dica.

Sempre se falou que a mídia controla o governo e a Internet controla a mídia. No Brasil, como quase tudo, isto é diferente: a mídia é golpista, PIGUENTA mesmo, e é na rede que desarmamos os golpes e suas mórbidas e purulentas tentativas. 

Por exemplo, a mal falada fita crepe, vulgo bolinha de papel. Sem entrar no mérito do que houve (e do que foi inventado), este blog não apóia violência. Nem, e principalmente, a violência de manipular. O rapaz foi no médico, deixa ele, tem direito. O que não se tem direito é de inventar fita. O que não se tem direito é ficar enchendo a caixa de e-mails de pessoas de bem com spam (mal feito por sinal, nem designer gráfico que presta este povo arranja...) dizendo que a Dilma é isto ou aquilo. Quem vive de amedrontar a população meu amigo, estudou política na cartilha do Goebbels. E para de tentar forçar a mentira virar verdade, de tanto a repetir, que não cola. Nem com fita crepe. Muito menos em tempos de WEB. Ah, é que esse povo que apóia o senhor é medieval, e prefere se arrastar com um  cilício entre as coxas, do que entender que o mundo mudou e que as novas tecnologias tem muito haver com isto...

A respeito do que apóiam o senhor, eu teria muito mais a dizer, do que já disse, mas cansei. Cansei de tentar argumentar com gente que vive amordaçada ao medo, chamando de fé o que parece muito mais aquartelamento ao papa... e sem direito aos sapatos de Prada que ele usa...

Quando estourou o #bolinhadepapelfacts no TT, no Twitter o que se via eram frases interessantíssimas, feitas por milhares de pessoas e em RT por outras milhares. Fita crepe, o caralho, meu nome é bolinha de papel, dizia uma delas, e Serra é hospitalizado após chuva de confetes, afirmava uma outra. Em seguida, foi a vez do #globomente, e do #veja mente. Aí, entrou em cena, a gloriosa criatividade tucana que nada cria e tudo mal copia... e Criaram o #ptmente. O fato engraçado: eram cerca de uns 40 perfis, que se RT entre si, numa endogamia de fazer inveja a qualquer TFP, em surto de defesa à hoste da família patriarcal. E o que escreviam tinha tanta graça quanto missa rezada em latim pode ter para os católicos campesinos... um horror, parecia que eles estava todos azedos... credo!

Bem, terminando, eu tenho medo. medo deste ataque em massa aos blogs que espalham a verdade ou nos defendem das manipulações da direita organizada pela CNBBSUL, medo porque parece que vem mais chumbo por aí, e desejam amordaçar os que podem fazer frente a ele. Sobre isto, não deixem de ler, eu peço, http://www.viomundo.com.br/politica/alerta-de-quem-e-do-ramo-a-armacao-que-pode-vir-nos-dias-finais-de-campanha.html.


post digitado pelo santo marido.



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