A comunidade Claudio Ulpiano traz textos de aula do maravilhoso e saudoso professor. Como o trecho abaixo:
Pode ser que seja um excesso meu, mas quando nós formamos a idéia de perfeição, admitimos que aquilo que é perfeito está contente consigo próprio. O que seria [o mesmo que] dizer que a perfeição é uma coisa completa, acabada, na qual não falta nada, tudo nela está realizado. Parece que isso é absolutamente necessário a esse tipo de pensamento. Aquilo que é perfeito é completo e acabado. Certo?De um outro modo, se nós verificarmos tudo aquilo que está sob os efeitos do tempo, seja lá o que for, o que estiver sob o efeito do tempo é necessariamente inacabado: o que está no tempo está em passagem, está em mutação. Em filosofia se usa, até uma maneira muito fácil de se entender, que aquilo que está no tempo é e não-é ao mesmo tempo. Porque é, está deixando de ser aquilo que é. O que faz
uma clara distinção entre a idéia de perfeição e aquilo que está no tempo. De outro modo, a idéia de perfeição não recobre aquilo que está no tempo. Não há — entre a idéia de perfeição e o que está no tempo — uma relação de cobertura. Em filosofia se usa a palavra subsunção. A perfeição não subsume o que está no tempo. Então, há uma diferença entre as coisas que estão no tempo e a idéia de perfeição. Se vocês entenderam, eu vou passar a usar, como eu já expliquei noutras aulas para vocês, a noção de idéia da maneira que eu usei a de perfeição: a idéia, não é aquilo que possui representantes no mundo. Mas é aquilo para o qual os representantes do mundo tendem. Entenderam?
Pode ser que seja um excesso meu, mas quando nós formamos a idéia de perfeição, admitimos que aquilo que é perfeito está contente consigo próprio. O que seria [o mesmo que] dizer que a perfeição é uma coisa completa, acabada, na qual não falta nada, tudo nela está realizado. Parece que isso é absolutamente necessário a esse tipo de pensamento. Aquilo que é perfeito é completo e acabado. Certo?De um outro modo, se nós verificarmos tudo aquilo que está sob os efeitos do tempo, seja lá o que for, o que estiver sob o efeito do tempo é necessariamente inacabado: o que está no tempo está em passagem, está em mutação. Em filosofia se usa, até uma maneira muito fácil de se entender, que aquilo que está no tempo é e não-é ao mesmo tempo. Porque é, está deixando de ser aquilo que é. O que faz
uma clara distinção entre a idéia de perfeição e aquilo que está no tempo. De outro modo, a idéia de perfeição não recobre aquilo que está no tempo. Não há — entre a idéia de perfeição e o que está no tempo — uma relação de cobertura. Em filosofia se usa a palavra subsunção. A perfeição não subsume o que está no tempo. Então, há uma diferença entre as coisas que estão no tempo e a idéia de perfeição. Se vocês entenderam, eu vou passar a usar, como eu já expliquei noutras aulas para vocês, a noção de idéia da maneira que eu usei a de perfeição: a idéia, não é aquilo que possui representantes no mundo. Mas é aquilo para o qual os representantes do mundo tendem. Entenderam?
Idéia de Perfeição 1
Trecho de aula de Claudio Ulpiano de 1989
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