Berlim, 30 abr (EFE).- O Arquivo de Bad Arolsen, que contém documentos sobre 17,5 milhões de pessoas que foram perseguidas pelos nazistas, foi aberto hoje oficialmente aos pesquisadores que desejem consultá-lo.O arquivo, que já foi aberto parcialmente em novembro, ficou seis décadas fechado.Participaram da cerimônia de abertura representantes dos Ministérios do Interior, de Assuntos Exteriores e da Cruz Vermelha assim como pesquisadores e historiadores e indivíduos vinculados a centros judaicos que se dedicam a manter viva a memória do Holocausto.
As atas que estão no arquivo, caso fossem colocadas em fila, formariam uma fileira de papel de 25 quilômetros.Nos documentos os nazistas registraram minuciosamente o destino de suas vítimas nos campos de concentração e também registraram informações como a hora exata do fuzilamento de alguns prisioneiros, se havia doenças hereditárias em sua família, testes médicos aos quais eram submetidos e se eram acusados de serem homossexuais.
Entre o material arquivado há nomes das pessoas incluídas na famosa lista de Oskar Schindler (1908-1974), por meio da qual 1.200 judeus tiveram suas vidas salvas.Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um acordo entre os 11 países que criaram o arquivo limitou o acesso ao mesmo a pessoas que tivessem sido vítimas dos nazistas ou que tiveram parentes perseguidos, com o objetivo de proteger a privacidade dos mesmos.
Em maio de 2007, foi feito um acordo que permitiu a abertura do arquivo para pesquisas.Com esta decisão, os pesquisadores têm agora acesso a milhões de documentos que permitem reconstruir aspectos da máquina de extermínio dos nazistas e os destinos de vítimas.
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