George El Khouri Andolfato
Em um ato de provocação aparentemente deliberado, a grife Thor Steinar, popular entre os neonazistas alemães, abriu uma loja na cidade de Chemnitz, no leste da Alemanha, que leva um nome quase idêntico ao do assassino em massa norueguês de extrema direita Anders Behring Breivik, responsável pela morte de dezenas de pessoas, incluindo um grande número de jovens, em 22 de julho do ano passado.
A grife abriu uma loja chamada “Brevik” na cidade na última quinta-feira, provocando ultraje na Alemanha e na Noruega por causa do nome. O jornal alemão “Die Welt” relata que a empresa defendeu o nome, notando que cada uma de suas lojas leva o nome de uma cidade norueguesa. Brevik é uma cidade localizada ao sul de Oslo, com cerca de 2.700 habitantes. Segundo o jornal, a empresa abriu uma loja com o mesmo nome vários anos antes do atentado a bomba por Anders Behring Breivik contra um prédio do governo em Oslo, e em seguida se passando por um policial e matando 77 pessoas em um acampamento político de verão para jovens na ilha Utoya.
A grife abriu uma loja chamada “Brevik” na cidade na última quinta-feira, provocando ultraje na Alemanha e na Noruega por causa do nome. O jornal alemão “Die Welt” relata que a empresa defendeu o nome, notando que cada uma de suas lojas leva o nome de uma cidade norueguesa. Brevik é uma cidade localizada ao sul de Oslo, com cerca de 2.700 habitantes. Segundo o jornal, a empresa abriu uma loja com o mesmo nome vários anos antes do atentado a bomba por Anders Behring Breivik contra um prédio do governo em Oslo, e em seguida se passando por um policial e matando 77 pessoas em um acampamento político de verão para jovens na ilha Utoya.
A inauguração da loja já tinha enfurecido muitos em Chemnitz, onde moradores e autoridades estão preocupados com o dano que sua abertura pode causar à reputação da cidade, tanto na Alemanha quanto no exterior.
"Escandaloso"
“Está fora de questão uma loja ter esse nome”, disse Katja Uhlemann, a porta-voz da prefeitura, ao site do “Die Welt”. “Nós já contatamos o proprietário do imóvel e planejaremos todos os passos necessários para o fechamento daquele estabelecimento o mais rápido possível.”
Contatado por vários jornais, o proprietário do prédio disse que foi enganado na época da assinatura do contrato de aluguel e que não sabia que um outlet da Thor Steinar seria aberto no local.
Segundo o jornal, Hanka Kliese, uma integrante do parlamento estadual pelo Partido Social Democrata de centro-esquerda, tem um escritório localizado a poucos metros da loja. “Esse nome escandaloso mostra uma nova qualidade na agressão, extremismo de direita e na capacidade de violência da Thor Steinar”, disse ela ao “Die Welt”. “Nós agora sabemos com quem estamos lidando.” Kliese acusou o governo estadual da Saxônia, onde o Partido Nacional Democrático de extrema direita tem cadeiras no parlamento, de fazer muito pouco para combater o extremismo de direita.
Nos últimos meses, a Saxônia tem atraído atenção devido ao Estado ter sido por muito tempo lar de uma célula terrorista neonazista que assassinou nove imigrantes e uma policial. O grupo viveu por algum tempo tanto em Chemnitz quanto na próxima Zwickau durante seus anos escondido.
Na segunda-feira, milhares de moradores de Chemnitz se reuniram para protestar contra o extremismo de direita e os neonazistas na cidade. A prefeita da cidade, Barbara Ludwig, disse ao jornal local “Freie Presse” que 2.000 pessoas se reuniram no centro para enviar uma “mensagem de uma Chemnitz pacífica, cosmopolita, diversa e tolerante, na qual não há lugar para os nazistas”. O protesto fez parte da recordação dos 67 anos da destruição da cidade, durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o “Freie Presse”, a Noruega há muito busca se distanciar da grife alemã Thor Steinar, que já usou a bandeira norueguesa e outros símbolos nórdicos em suas roupas no passado. “Nós consideramos lamentável que a Thor Steinar use nomes de locais noruegueses visando associar a Noruega à Thor Steinar e à cena da extrema direita”, disse Anne-Kirsti Wendel Karlsen, da embaixada norueguesa em Berlim, ao jornal. “Atuando a pedido de várias comunidades, nós solicitamos que os nomes de cidades norueguesas não fossem usados. Mas infelizmente não dispomos de nenhum recurso legal para levar a questão à Justiça.”
No fim de semana, importantes jornais noruegueses, incluindo “Verdens Gang” e “Aftenposten”, noticiaram a abertura da loja.
Contatado por vários jornais, o proprietário do prédio disse que foi enganado na época da assinatura do contrato de aluguel e que não sabia que um outlet da Thor Steinar seria aberto no local.
Segundo o jornal, Hanka Kliese, uma integrante do parlamento estadual pelo Partido Social Democrata de centro-esquerda, tem um escritório localizado a poucos metros da loja. “Esse nome escandaloso mostra uma nova qualidade na agressão, extremismo de direita e na capacidade de violência da Thor Steinar”, disse ela ao “Die Welt”. “Nós agora sabemos com quem estamos lidando.” Kliese acusou o governo estadual da Saxônia, onde o Partido Nacional Democrático de extrema direita tem cadeiras no parlamento, de fazer muito pouco para combater o extremismo de direita.
Nos últimos meses, a Saxônia tem atraído atenção devido ao Estado ter sido por muito tempo lar de uma célula terrorista neonazista que assassinou nove imigrantes e uma policial. O grupo viveu por algum tempo tanto em Chemnitz quanto na próxima Zwickau durante seus anos escondido.
Na segunda-feira, milhares de moradores de Chemnitz se reuniram para protestar contra o extremismo de direita e os neonazistas na cidade. A prefeita da cidade, Barbara Ludwig, disse ao jornal local “Freie Presse” que 2.000 pessoas se reuniram no centro para enviar uma “mensagem de uma Chemnitz pacífica, cosmopolita, diversa e tolerante, na qual não há lugar para os nazistas”. O protesto fez parte da recordação dos 67 anos da destruição da cidade, durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o “Freie Presse”, a Noruega há muito busca se distanciar da grife alemã Thor Steinar, que já usou a bandeira norueguesa e outros símbolos nórdicos em suas roupas no passado. “Nós consideramos lamentável que a Thor Steinar use nomes de locais noruegueses visando associar a Noruega à Thor Steinar e à cena da extrema direita”, disse Anne-Kirsti Wendel Karlsen, da embaixada norueguesa em Berlim, ao jornal. “Atuando a pedido de várias comunidades, nós solicitamos que os nomes de cidades norueguesas não fossem usados. Mas infelizmente não dispomos de nenhum recurso legal para levar a questão à Justiça.”
No fim de semana, importantes jornais noruegueses, incluindo “Verdens Gang” e “Aftenposten”, noticiaram a abertura da loja.
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