O tribunal de Gotinga, no sul da Alemanha, confirmou hoje a pena de um ano de prisão por incitação ao ódio racial para Thorsten Heise, membro do neonazista Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD).Os integrantes do tribunal rejeitaram a apelação apresentada pelo neonazista, de 39 anos, contra uma sentença da Audiência Superior de Braunschweig que o condenava a essa pena, embora com o benefício da liberdade condicional.A corte de Braunschweig condenou Heise pela produção e venda entre 2001 e 2002 de seis mil CDs de um grupo musical neonazista com canções com incitações racistas e xenófobas.O presidente do tribunal de Gotinga deixou transparecer em sua sentença que teria imposto uma pena maior ainda a Heise, condenado em outros 11 processos anteriores.
Agência EFE
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
a perene, insuspeitada alegria de con-viver
"O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro – diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto – é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver. "
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Os anacronautas do teutonismo virtual : uma etnografia do neonazismo na internet
Para baixar a pesquisa, clique aqui.
Resumo: Esta pesquisa busca apreender o universo simbólico das URLs racistas, revisionistas e neonazistas na Internet. O propósito da investigação é, por meio da observação etnográfica das práticas e representações discursivas expostas em sites, portais, comunidades, fóruns, chats e listas de discussão, que abordam este tema, compreender que tipo de relação se constrói entre o espaço digital e a defesa da idéia de "raça ariana", realizada por meus "nativos". Como foco privilegiei os aspectos simbólicos que melhor evidenciam a interface entre estas duas dimensões, por meio da pesquisa empírica e do exercício teórico. A partir deste recorte, emergiram algumas perspectivas relevantes na construção identitária que o racista desenvolve para si e para o outro, tais como as marcas genômicas e mitológicas evidentes em seu discurso, as redefinições da fronteira entre digitalidade e realidade e a luta política "dos arianos", na WEB. O argumento central resultante da pesquisa é de que o neonazismo interpreta simbolicamente o mundo contemporâneo, nos sites analisados, articulando mitos, narrativas e rituais. Neste processo, evidencia-se a elaboração de uma forma específica de identidade: o "teutonismo"
Resumo: Esta pesquisa busca apreender o universo simbólico das URLs racistas, revisionistas e neonazistas na Internet. O propósito da investigação é, por meio da observação etnográfica das práticas e representações discursivas expostas em sites, portais, comunidades, fóruns, chats e listas de discussão, que abordam este tema, compreender que tipo de relação se constrói entre o espaço digital e a defesa da idéia de "raça ariana", realizada por meus "nativos". Como foco privilegiei os aspectos simbólicos que melhor evidenciam a interface entre estas duas dimensões, por meio da pesquisa empírica e do exercício teórico. A partir deste recorte, emergiram algumas perspectivas relevantes na construção identitária que o racista desenvolve para si e para o outro, tais como as marcas genômicas e mitológicas evidentes em seu discurso, as redefinições da fronteira entre digitalidade e realidade e a luta política "dos arianos", na WEB. O argumento central resultante da pesquisa é de que o neonazismo interpreta simbolicamente o mundo contemporâneo, nos sites analisados, articulando mitos, narrativas e rituais. Neste processo, evidencia-se a elaboração de uma forma específica de identidade: o "teutonismo"
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Audiência em queda
Globo admite ter medo da internet
Fonte: blog de Jamildo
A TV Globo deixou clara a preocupação com novas mídias no 5º Fórum Internacional de TV Digital, realizado na sexta-feira, no Rio de Janeiro.
Representada pelo diretor de engenharia, Fernando Bittencourt, a emissora se posicionou em combate à multiprogramação na TV digital e ignorou a queda da audiência na TV aberta, fato já consumado segundo o Ibope.
Bittencourt mostrou tensão com o avanço da internet no país, em movimento que ameaça um modelo de negócios já estabelecido há décadas. "
TV digital
O executivo rechaçou também qualquer possibilidade de a emissora aderir à transmissão de vários canais em um mesmo espectro na TV digital. Alegou que a medida não trará mais anunciantes e , por isso, não há motivos para investimentos.
Também participaram do painel "Grandes Redes no Ambiente Digital" Frederico Nogueira, vice-presidente da Band, José Marcelo do Amaral, diretor de tecnologia da Record e Alexandre Sano, executivo de tecnologia do SBT.
Fonte: blog de Jamildo
A TV Globo deixou clara a preocupação com novas mídias no 5º Fórum Internacional de TV Digital, realizado na sexta-feira, no Rio de Janeiro.
Representada pelo diretor de engenharia, Fernando Bittencourt, a emissora se posicionou em combate à multiprogramação na TV digital e ignorou a queda da audiência na TV aberta, fato já consumado segundo o Ibope.
Bittencourt mostrou tensão com o avanço da internet no país, em movimento que ameaça um modelo de negócios já estabelecido há décadas. "
No cenário de mídia, falando do passado, nós éramos felizes e não sabíamos. Issodisse, lembrando o avanço da web, em declaração publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
há dez, 15 anos. A única forma de ver televisão era pelo ar",
TV digital
O executivo rechaçou também qualquer possibilidade de a emissora aderir à transmissão de vários canais em um mesmo espectro na TV digital. Alegou que a medida não trará mais anunciantes e , por isso, não há motivos para investimentos.
"A TV aberta sobrevive de publicidade - essa não sabe se é analógica ou digital,disse à Folha. O representante da Globo até tentou argumentar sobre a queda de audiência na TV aberta frente à internet e DVDs. Viu o lado positivo da coisa. Baseado em dados do mercado norte-americano, disse que ao mesmo tempo em que a audiência diminui, cresce a participação da TV nos investimentos em mídia.
quem sabe é a gente. Nós não temos dinheiro novo na TV digital. Então, se você
assumir a multiprogramação, significa que o dinheiro que a gente tem é o mesmo
para produzir mais de um, dois programas"
Também participaram do painel "Grandes Redes no Ambiente Digital" Frederico Nogueira, vice-presidente da Band, José Marcelo do Amaral, diretor de tecnologia da Record e Alexandre Sano, executivo de tecnologia do SBT.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
ONU cobra empenho da Rússia contra racismo e neonazismo
Reuters/Brasil Online
Por Robert Evans
GENEBRA (Reuters) - Uma importante comissão da Organização das Nações Unidas manifestou na segunda-feira alarme contra a crescente violência racial na Rússia, e pediu ao país mais empenho contra grupos ultranacionalistas e neonazistas e contra a retórica do ódio na imprensa.
O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial também pediu ao governo que investigue a repressão contra georgianos registrada em 2006 na Rússia.
O comitê se disse "gravemente preocupado com o aumento alarmante na incidência e gravidade da violência racialmente motivada, especialmente por parte de jovens pertencentes a grupos extremistas."
Os alvos do discurso e dos atos de violência são principalmente chechenos, mas também outros povos do Cáucaso e Ásia Central, ciganos, turcos, judeus, muçulmanos e africanos.
O relatório é resultado de discussões dos 18 integrantes da comissão com uma delegação russa e com grupos de direitos humanos do país, ocorrida neste mês.
Ativistas de direitos humanos disseram durante as audiências que a polícia costumava se omitir quando grupos de "skinheads" e neonazistas realizavam manifestações contra judeus, minorias étnicas e estrangeiros.
O comitê pediu uma "profunda investigação" sobre fatos que em 2006 a Geórgia disse refletir o racismo contra seus cidadãos. De acordo com relatos citados pela comissão, a polícia russa teria detido centenas de georgianos, inclusive alguns com cidadania russa, para em seguida mantê-los em prisões lotadas ou deportá-los com pouca ou nenhuma garantia jurídica.
A análise do caso ocorreu antes do início do atual conflito armado entre Geórgia e Rússia neste mês, por causa do controle da Ossétia do Sul.
O texto diz também que tribunais de toda a Rússia vêm determinando a destruição de tradicionais assentamentos ciganos e ordenando que crianças desse grupo sejam colocadas em classes especiais.
A comissão pede que a Rússia aja contra policiais e outras autoridades envolvidas em "prisões racialmente seletivas, revistas e outros atos injustificados" com base na aparência das pessoas.
O comitê afirma que o governo tenta combater a incitação ao ódio racial e religioso na imprensa e, em menor medida, por parte de partidos e políticos. Mas afirma que nos últimos tempos esse tipo de manifestação - tanto na mídia quanto na política - ganhou espaço.
Por Robert Evans
GENEBRA (Reuters) - Uma importante comissão da Organização das Nações Unidas manifestou na segunda-feira alarme contra a crescente violência racial na Rússia, e pediu ao país mais empenho contra grupos ultranacionalistas e neonazistas e contra a retórica do ódio na imprensa.
O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial também pediu ao governo que investigue a repressão contra georgianos registrada em 2006 na Rússia.
O comitê se disse "gravemente preocupado com o aumento alarmante na incidência e gravidade da violência racialmente motivada, especialmente por parte de jovens pertencentes a grupos extremistas."
Os alvos do discurso e dos atos de violência são principalmente chechenos, mas também outros povos do Cáucaso e Ásia Central, ciganos, turcos, judeus, muçulmanos e africanos.
O relatório é resultado de discussões dos 18 integrantes da comissão com uma delegação russa e com grupos de direitos humanos do país, ocorrida neste mês.
Ativistas de direitos humanos disseram durante as audiências que a polícia costumava se omitir quando grupos de "skinheads" e neonazistas realizavam manifestações contra judeus, minorias étnicas e estrangeiros.
O comitê pediu uma "profunda investigação" sobre fatos que em 2006 a Geórgia disse refletir o racismo contra seus cidadãos. De acordo com relatos citados pela comissão, a polícia russa teria detido centenas de georgianos, inclusive alguns com cidadania russa, para em seguida mantê-los em prisões lotadas ou deportá-los com pouca ou nenhuma garantia jurídica.
A análise do caso ocorreu antes do início do atual conflito armado entre Geórgia e Rússia neste mês, por causa do controle da Ossétia do Sul.
O texto diz também que tribunais de toda a Rússia vêm determinando a destruição de tradicionais assentamentos ciganos e ordenando que crianças desse grupo sejam colocadas em classes especiais.
A comissão pede que a Rússia aja contra policiais e outras autoridades envolvidas em "prisões racialmente seletivas, revistas e outros atos injustificados" com base na aparência das pessoas.
O comitê afirma que o governo tenta combater a incitação ao ódio racial e religioso na imprensa e, em menor medida, por parte de partidos e políticos. Mas afirma que nos últimos tempos esse tipo de manifestação - tanto na mídia quanto na política - ganhou espaço.
sábado, 16 de agosto de 2008
RENÉ ARMAND DREIFUSS
RENÉ ARMAND DREIFUSS
TRANSFORMAÇÕES: MATRIZES DO SÉCULO XXI
Resenha
Estrella Bohadana*
Transformações: matrizes do século XXI é o legado com que René Armand Dreifuss, um dos mais brilhantes cientistas políticos da atualidade, falecido em maio de 2003, brinda o leitor. Com essa obra póstuma de quase 700 páginas, o autor do clássico 1964: A Conquista do Estado, publicado pela Editora Vozes em 1980, aumenta o acervo de suas fascinantes pesquisas, apresentando mais uma vez um pensamento de fina prospecção, agudeza e ousadia, pronto a analisar e a denunciar os diferentes liames que tecem os fios do poder.
Mergulhando nas várias articulações das corporações que constituem o sistema de produção global, em Transformações: matrizes do século XXI Dreifuss desvenda os vínculos entre as diferentes corporações e o modo pelo qual estas alimentam as tecnognoseonomias e os pólos motores de desenvolvimento tecnológico e de produção, e por eles são alimentadas.
Dreifuss apresenta uma investigação rica e minuciosa das mutações tecnológicas, aprofundando dois conceitos importantes, elaborados em seu livro A época das perplexidades, de 1996, publicado pela Editora Vozes, hoje na 4a edição: o capacitador teleinfocomputrônico satelital e os tecnobergs.
No que se refere ao capacitador teleinfocomputrônico satelital, esse aprofundamento conceitual revela-se quando o autor demonstra que, como potência, o capacitador retroalimenta as mais diversas descobertas científicas, além de se constituir em potente suporte viabilizador de um novo modo de produção e de novas organizações sociais da produção, ambos sinergeticamente transnacionalizados e realizando-se de maneira global.
A partir dessa formulação, o autor afirma que, com o auxílio dos sistemas de comunicação digitalizada, o planeta ingressa em uma forma de existência que supera distâncias, propiciando inovações na mobilidade e na agregação social, e facilitando, para alguns grupos sociais, a vinculação sistemática, constante, ampla e profunda dos “muito distantes” (em termos de personalidade, cultura e geografia). Ao mesmo tempo, porém, promove a segregação de outros grupos – basta verificar a diminuta participação dos países que constituem o eixo Sul-Sul.
Esses sistemas, por sua vez, ao provocarem seqüências de interação pontual, serial e circunstancial, tornam-se manifestações que se processam tanto dentro de perímetros nacionais, estando espacialmente localizadas, quanto em espaços transfronteiriços, como eventos desterritorializados. Dessa maneira, tais sistemas desempenham papéis essenciais como insumo e como produto final, constituindo-se simultaneamente em instrumento de produção e de serviço, e operador em tempo real. Tendo como traço marcante sua difusão mundial em curtíssimo intervalo de tempo, trata-se de tecnologias aplicadas em todas as atividades do planeta, vinculadas ao existir humano e capazes de afetar todas as funções societárias. Assim, estando a comunicação no comando do cotidiano, o complexo capacitador teleinfocomputrônico satelital delineia também outro paradigma cognitivo.
Aprofundado o conceito do capacitador, Dreifuss, de forma engenhosa, demarca um estádio diferente para designar os tecnobergs, que passariam a determinar os processos substanciais de modificação nos horizontes e no sentido da vida, reformulando as relações entre os Estados e delineando não só uma nova heterotopia econômica transnacional, como também uma nova ordem internacional e transfronteiriça do conhecimento, ambas acopladas a uma heterarquia político-estratégica. Esboçam-se, portanto, os elementos constituintes de outro modo de organização social da produção globalizada, que demanda uma profunda reorganização empresarial. As conseqüências de tal reorganização para o comércio entre as nações contribuem para o desemprego estrutural, em seu formato atual, e para o lazer ampliado de grupos seletos. Ademais, são estimuladas distintas dimensões da pesquisa e da utilização da ciência e da tecnologia, direcionando o processo de produção de conhecimento e de desenvolvimento de saberes e destrezas, bem como de sua aplicação, fortalecendo, como gnoseonomia, os entornos da oikonomia.
No cerne dos tecnobergs, as corporações, que se configuravam em função de uma racionalidade bipolar de instalação das indústrias e dos serviços (doméstico-multidoméstico, local-multinacional), passam a ser globalizadas. Esses tecnobergs alavancam três fenômenos multifacetados, simultâneos, diferenciados e que se reforçam mutuamente: a mundialização de estilos, usos e costumes (metanacional); a globalização tecnológica, produtiva e comercial (transnacional); e a planetarização da gestão (supranacional). Esses fenômenos (também apresentados em A época das perplexidades) são discutidos agora a partir do amplo acoplamento do processo de concentração de controle de propriedade dos meios de produção e comercialização, que se dá em cada segmento dos produtos de consumo de massa. Esse processo de concentração é visto no livro por meio das fusões, alianças e aquisições, em movimentos transnacionais (intra, inter e multissetoriais) e apoiado na interação potencializadora dos variados conhecimentos, interligando ainda mais os processos de mundialização e de globalização.
Nessa dinâmica atual, ao concentrar a propriedade e o controle dos agentes, e oligopolizar os meios de pesquisa e a produção por meio de fusões e incorporações, a nova fase do processo de mundialização e de globalização assegura a produção transnacional, realizada e centrada no que será definido pelo autor como corporações estratégicas.
De maneira inusitada, Dreifuss demonstra como as corporações estratégicas, interagindo por meio de matrizes, definem suas core competences, num processo concentracionista que desmonta a lógica anteriormente prevalente de grandes conglomerados de capital com investimentos diversificados, estipulando agora uma diferente relação entre ciência e tecnologia como eixo de refocalização das cadeias produtivas.
Ao mesmo tempo, o autor mostra como se dá a transição-em-rede das redes para um tecido de pesquisa e produção transnacional, muito mais complexo em seu desenho produtivo e de comercialização, sustentado por conhecimentos e agindo como concentrador de capacidades. Para Dreifuss, neste cenário configura-se uma sucessão infindável de compras, vendas, desmantelamentos e integrações complementares.
Como desdobramento, forma-se também uma heterotopia tecnoprodutiva multinacional, transitória em tempo e em referências, configurando rapidamente uma equivalência gnoseogeonômica, ambas determinadas pelo entrelaçamento de focos indutores de ciência e tecnologia, com a correspondente concentração de conhecimento e disponibilidade para realizações de ponta, através de pólos motores tecnoprodutivos e de plataformas terceirizantes e quarteirizantes de produção e comercialização.
A integração global de operações empresariais e atividades tecnoprodutivas, afirma o autor, compreende não só a luta por mercados e sua partilha, mas também o desenvolvimento de estratégias corporativas de participação nos mercados, buscando formas de compartilhá-los.
A lógica da infonomia ou da gnoseonomia dos tecnobergs e da formação de sociedades de informação é a da primazia das core competences e da determinação de padrões a partir delas, com base na dinâmica de integração de meio, mensagem e conteúdo. Partindo de cada segmento, procura-se expertise nos outros, assim como complementação.
De maneira brilhante, encontramos em Transformações: Matrizes do Século XXI o modo pelo qual as corporações estratégicas do complexo capacitador de conteúdo buscam a fusão ou a absorção de corporações que possam viabilizar suas opções de comando e indução científico-tecnológica (ou seja, que lhes permitam dominar os vários segmentos de conhecimento que o compõem) e de predominância tecnonômica no espaço multimidiático e multifuncional do emergente sistema teleinfocomputrônico satelital de produção e de serviços. As empresas procuram controlar o formato, os meios e o conteúdo.
Finalmente, o autor, retomando os conceitos de mundialização, globalização e planetarização, revela a maneira pela qual a nova dinâmica, galgada por esses fenômenos, bem como as tendências à configuração de hierarquias de conhecimento mutáveis, heterotopias-em-recomposição de pesquisa e produção, poliarquias supranacionais em gestação e heterarquias político-estratégicas convergentes implicam uma multiforme e complexa emergência e constituição de outra realidade.
Realidade paradoxal, posto que, concomitantemente a esse processo, uma significativa parcela da população mundial se encontra alijada dos benefícios de tamanha concentração de conhecimento gerado pelos tecnobergs. Portanto, é imperativo que se repensem outros caminhos que permitam um novo caminhar, a fim de devolver à humanidade a crença de que é possível fazer do planeta Terra um habitat digno de nossa existência.
E, em memória de René Armand Dreifuss, que acreditou na possibilidade de o homem transformar a realidade, vale lembrar a frase com que encerra seu Transformações: Matrizes do Século XXI: “E o jogo continua...”
* Filósofa, doutora em História dos Sistemas de Pensamento – Escola de Comunicação da UFRJ –, autora de vários livros e periódicos e integrante do corpo docente do Mestrado em Educação e Cultura Contemporânea da UNESA – Rio de Janeiro. Esposa de René Dreifuss e responsável pela editoração da obra póstuma, incluindo Transformações: Matrizes do Século XXI, Petrópolis, Editora Vozes, 2004, objeto desta resenha.
TRANSFORMAÇÕES: MATRIZES DO SÉCULO XXI
Resenha
Estrella Bohadana*
Transformações: matrizes do século XXI é o legado com que René Armand Dreifuss, um dos mais brilhantes cientistas políticos da atualidade, falecido em maio de 2003, brinda o leitor. Com essa obra póstuma de quase 700 páginas, o autor do clássico 1964: A Conquista do Estado, publicado pela Editora Vozes em 1980, aumenta o acervo de suas fascinantes pesquisas, apresentando mais uma vez um pensamento de fina prospecção, agudeza e ousadia, pronto a analisar e a denunciar os diferentes liames que tecem os fios do poder.
Mergulhando nas várias articulações das corporações que constituem o sistema de produção global, em Transformações: matrizes do século XXI Dreifuss desvenda os vínculos entre as diferentes corporações e o modo pelo qual estas alimentam as tecnognoseonomias e os pólos motores de desenvolvimento tecnológico e de produção, e por eles são alimentadas.
Dreifuss apresenta uma investigação rica e minuciosa das mutações tecnológicas, aprofundando dois conceitos importantes, elaborados em seu livro A época das perplexidades, de 1996, publicado pela Editora Vozes, hoje na 4a edição: o capacitador teleinfocomputrônico satelital e os tecnobergs.
No que se refere ao capacitador teleinfocomputrônico satelital, esse aprofundamento conceitual revela-se quando o autor demonstra que, como potência, o capacitador retroalimenta as mais diversas descobertas científicas, além de se constituir em potente suporte viabilizador de um novo modo de produção e de novas organizações sociais da produção, ambos sinergeticamente transnacionalizados e realizando-se de maneira global.
A partir dessa formulação, o autor afirma que, com o auxílio dos sistemas de comunicação digitalizada, o planeta ingressa em uma forma de existência que supera distâncias, propiciando inovações na mobilidade e na agregação social, e facilitando, para alguns grupos sociais, a vinculação sistemática, constante, ampla e profunda dos “muito distantes” (em termos de personalidade, cultura e geografia). Ao mesmo tempo, porém, promove a segregação de outros grupos – basta verificar a diminuta participação dos países que constituem o eixo Sul-Sul.
Esses sistemas, por sua vez, ao provocarem seqüências de interação pontual, serial e circunstancial, tornam-se manifestações que se processam tanto dentro de perímetros nacionais, estando espacialmente localizadas, quanto em espaços transfronteiriços, como eventos desterritorializados. Dessa maneira, tais sistemas desempenham papéis essenciais como insumo e como produto final, constituindo-se simultaneamente em instrumento de produção e de serviço, e operador em tempo real. Tendo como traço marcante sua difusão mundial em curtíssimo intervalo de tempo, trata-se de tecnologias aplicadas em todas as atividades do planeta, vinculadas ao existir humano e capazes de afetar todas as funções societárias. Assim, estando a comunicação no comando do cotidiano, o complexo capacitador teleinfocomputrônico satelital delineia também outro paradigma cognitivo.
Aprofundado o conceito do capacitador, Dreifuss, de forma engenhosa, demarca um estádio diferente para designar os tecnobergs, que passariam a determinar os processos substanciais de modificação nos horizontes e no sentido da vida, reformulando as relações entre os Estados e delineando não só uma nova heterotopia econômica transnacional, como também uma nova ordem internacional e transfronteiriça do conhecimento, ambas acopladas a uma heterarquia político-estratégica. Esboçam-se, portanto, os elementos constituintes de outro modo de organização social da produção globalizada, que demanda uma profunda reorganização empresarial. As conseqüências de tal reorganização para o comércio entre as nações contribuem para o desemprego estrutural, em seu formato atual, e para o lazer ampliado de grupos seletos. Ademais, são estimuladas distintas dimensões da pesquisa e da utilização da ciência e da tecnologia, direcionando o processo de produção de conhecimento e de desenvolvimento de saberes e destrezas, bem como de sua aplicação, fortalecendo, como gnoseonomia, os entornos da oikonomia.
No cerne dos tecnobergs, as corporações, que se configuravam em função de uma racionalidade bipolar de instalação das indústrias e dos serviços (doméstico-multidoméstico, local-multinacional), passam a ser globalizadas. Esses tecnobergs alavancam três fenômenos multifacetados, simultâneos, diferenciados e que se reforçam mutuamente: a mundialização de estilos, usos e costumes (metanacional); a globalização tecnológica, produtiva e comercial (transnacional); e a planetarização da gestão (supranacional). Esses fenômenos (também apresentados em A época das perplexidades) são discutidos agora a partir do amplo acoplamento do processo de concentração de controle de propriedade dos meios de produção e comercialização, que se dá em cada segmento dos produtos de consumo de massa. Esse processo de concentração é visto no livro por meio das fusões, alianças e aquisições, em movimentos transnacionais (intra, inter e multissetoriais) e apoiado na interação potencializadora dos variados conhecimentos, interligando ainda mais os processos de mundialização e de globalização.
Nessa dinâmica atual, ao concentrar a propriedade e o controle dos agentes, e oligopolizar os meios de pesquisa e a produção por meio de fusões e incorporações, a nova fase do processo de mundialização e de globalização assegura a produção transnacional, realizada e centrada no que será definido pelo autor como corporações estratégicas.
De maneira inusitada, Dreifuss demonstra como as corporações estratégicas, interagindo por meio de matrizes, definem suas core competences, num processo concentracionista que desmonta a lógica anteriormente prevalente de grandes conglomerados de capital com investimentos diversificados, estipulando agora uma diferente relação entre ciência e tecnologia como eixo de refocalização das cadeias produtivas.
Ao mesmo tempo, o autor mostra como se dá a transição-em-rede das redes para um tecido de pesquisa e produção transnacional, muito mais complexo em seu desenho produtivo e de comercialização, sustentado por conhecimentos e agindo como concentrador de capacidades. Para Dreifuss, neste cenário configura-se uma sucessão infindável de compras, vendas, desmantelamentos e integrações complementares.
Como desdobramento, forma-se também uma heterotopia tecnoprodutiva multinacional, transitória em tempo e em referências, configurando rapidamente uma equivalência gnoseogeonômica, ambas determinadas pelo entrelaçamento de focos indutores de ciência e tecnologia, com a correspondente concentração de conhecimento e disponibilidade para realizações de ponta, através de pólos motores tecnoprodutivos e de plataformas terceirizantes e quarteirizantes de produção e comercialização.
A integração global de operações empresariais e atividades tecnoprodutivas, afirma o autor, compreende não só a luta por mercados e sua partilha, mas também o desenvolvimento de estratégias corporativas de participação nos mercados, buscando formas de compartilhá-los.
A lógica da infonomia ou da gnoseonomia dos tecnobergs e da formação de sociedades de informação é a da primazia das core competences e da determinação de padrões a partir delas, com base na dinâmica de integração de meio, mensagem e conteúdo. Partindo de cada segmento, procura-se expertise nos outros, assim como complementação.
De maneira brilhante, encontramos em Transformações: Matrizes do Século XXI o modo pelo qual as corporações estratégicas do complexo capacitador de conteúdo buscam a fusão ou a absorção de corporações que possam viabilizar suas opções de comando e indução científico-tecnológica (ou seja, que lhes permitam dominar os vários segmentos de conhecimento que o compõem) e de predominância tecnonômica no espaço multimidiático e multifuncional do emergente sistema teleinfocomputrônico satelital de produção e de serviços. As empresas procuram controlar o formato, os meios e o conteúdo.
Finalmente, o autor, retomando os conceitos de mundialização, globalização e planetarização, revela a maneira pela qual a nova dinâmica, galgada por esses fenômenos, bem como as tendências à configuração de hierarquias de conhecimento mutáveis, heterotopias-em-recomposição de pesquisa e produção, poliarquias supranacionais em gestação e heterarquias político-estratégicas convergentes implicam uma multiforme e complexa emergência e constituição de outra realidade.
Realidade paradoxal, posto que, concomitantemente a esse processo, uma significativa parcela da população mundial se encontra alijada dos benefícios de tamanha concentração de conhecimento gerado pelos tecnobergs. Portanto, é imperativo que se repensem outros caminhos que permitam um novo caminhar, a fim de devolver à humanidade a crença de que é possível fazer do planeta Terra um habitat digno de nossa existência.
E, em memória de René Armand Dreifuss, que acreditou na possibilidade de o homem transformar a realidade, vale lembrar a frase com que encerra seu Transformações: Matrizes do Século XXI: “E o jogo continua...”
* Filósofa, doutora em História dos Sistemas de Pensamento – Escola de Comunicação da UFRJ –, autora de vários livros e periódicos e integrante do corpo docente do Mestrado em Educação e Cultura Contemporânea da UNESA – Rio de Janeiro. Esposa de René Dreifuss e responsável pela editoração da obra póstuma, incluindo Transformações: Matrizes do Século XXI, Petrópolis, Editora Vozes, 2004, objeto desta resenha.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Sabíamos que a Web era grande!
Do blog do Google
Publicado por: Jesse Alpert & Nissan Hajaj, Engenheiros de Software,
Equipe de Infra-estrutura de Busca na Web
Há muito tempo que sabemos que a Web é grande! O primeiro índice do Google em 1998 já tinha 26 milhões de páginas, em 2002 o índice do Google atingiu a marca de um bilhão.
Nos últimos oito anos temos visto números bastante grandes em relação ao conteúdo real por aí afora. Recentemente, até mesmo os nossos engenheiros de busca se espantaram ao ver o quão grande é a Web hoje em dia - quando os nossos sistemas, encarregados de processar os vínculos na Web para descobrir qualquer novo conteúdo, chegaram à surpreendente marca de: 1 trilhão (1.000.000.000.000) de URLs na Web ao mesmo tempo!
Então, quantas páginas tem a web realmente? Nós não sabemos; não temos tempo para ver todas elas! Falando estritamente, o número de páginas lá fora é infinito - por exemplo, os calendários web podem ter um link "dia seguinte", e nós poderíamos seguir esse link eternamente, encontrando uma nova página a cada vez que o fizermos. Não estamos fazendo isso, obviamente, pois não haveria nenhum benefício para os usuários nisso. Mas este exemplo demonstra que o tamanho da web depende realmente da sua definição do que é uma página útil, e para isso não existe uma resposta exata.Nós não indexamos cada uma desse trilhão de páginas – muitas delas são similares umas às outras, ou representam um conteúdo similar ao do exemplo do calendário, que não trazem muitos benefícios para os usuários de busca. Mas nós estamos orgulhosos de ter o índice mais completo de todos as ferramentas de busca, e nosso objetivo sempre foi relacionar toda a informação do mundo.Para estar em dia com este volume de informação nossos sistemas passaram por um longo progresso desde o primeiro conjunto de dados da web que a Google processou para dar resultaods às buscas. Naquela época fazíamos tudo rodadas: uma estação de trabalho podia computar o diagrama de 26 milhões de páginas em um espaço de poucas horas, e aquele conjunto de páginas seria utilizado como o índice da Google por um determinado periodo de tempo.
Hoje em dia, Google download da web constantemente, colhendo informação atualizada das páginas e processando novamente um diagrama inteiro de links da Web várias vezes por dia. Esse diagrama de um trilhão de URLs é semelhante a um mapa composto por um trilhão de cruzamentos. Assim, fazemos múltiplas vezes por dia o equivalente computacional de explorar totalmente cada cruzamento de cada estrada nos Estados Unidos. Com a diferença de que esse mapa seria mais ou menos 50.000 vezes maior que o dos Estados Unidos, com 50.000 vezes mais estradas e cruzamentos.Como você pode ver, a nossa infra-estrutura distribuída permite que as aplicações atravessem eficientemente um diagrama de links com vários trilhões de conexões, ou rapidamente classifica petabytes de dados, simplesmente para nos preparar para responder a pergunta mais importante: sua próxima busca no Google.
Publicado por: Jesse Alpert & Nissan Hajaj, Engenheiros de Software,
Equipe de Infra-estrutura de Busca na Web
Há muito tempo que sabemos que a Web é grande! O primeiro índice do Google em 1998 já tinha 26 milhões de páginas, em 2002 o índice do Google atingiu a marca de um bilhão.
Nos últimos oito anos temos visto números bastante grandes em relação ao conteúdo real por aí afora. Recentemente, até mesmo os nossos engenheiros de busca se espantaram ao ver o quão grande é a Web hoje em dia - quando os nossos sistemas, encarregados de processar os vínculos na Web para descobrir qualquer novo conteúdo, chegaram à surpreendente marca de: 1 trilhão (1.000.000.000.000) de URLs na Web ao mesmo tempo!
Então, quantas páginas tem a web realmente? Nós não sabemos; não temos tempo para ver todas elas! Falando estritamente, o número de páginas lá fora é infinito - por exemplo, os calendários web podem ter um link "dia seguinte", e nós poderíamos seguir esse link eternamente, encontrando uma nova página a cada vez que o fizermos. Não estamos fazendo isso, obviamente, pois não haveria nenhum benefício para os usuários nisso. Mas este exemplo demonstra que o tamanho da web depende realmente da sua definição do que é uma página útil, e para isso não existe uma resposta exata.Nós não indexamos cada uma desse trilhão de páginas – muitas delas são similares umas às outras, ou representam um conteúdo similar ao do exemplo do calendário, que não trazem muitos benefícios para os usuários de busca. Mas nós estamos orgulhosos de ter o índice mais completo de todos as ferramentas de busca, e nosso objetivo sempre foi relacionar toda a informação do mundo.Para estar em dia com este volume de informação nossos sistemas passaram por um longo progresso desde o primeiro conjunto de dados da web que a Google processou para dar resultaods às buscas. Naquela época fazíamos tudo rodadas: uma estação de trabalho podia computar o diagrama de 26 milhões de páginas em um espaço de poucas horas, e aquele conjunto de páginas seria utilizado como o índice da Google por um determinado periodo de tempo.
Hoje em dia, Google download da web constantemente, colhendo informação atualizada das páginas e processando novamente um diagrama inteiro de links da Web várias vezes por dia. Esse diagrama de um trilhão de URLs é semelhante a um mapa composto por um trilhão de cruzamentos. Assim, fazemos múltiplas vezes por dia o equivalente computacional de explorar totalmente cada cruzamento de cada estrada nos Estados Unidos. Com a diferença de que esse mapa seria mais ou menos 50.000 vezes maior que o dos Estados Unidos, com 50.000 vezes mais estradas e cruzamentos.Como você pode ver, a nossa infra-estrutura distribuída permite que as aplicações atravessem eficientemente um diagrama de links com vários trilhões de conexões, ou rapidamente classifica petabytes de dados, simplesmente para nos preparar para responder a pergunta mais importante: sua próxima busca no Google.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Orkut será administrado por escitório da Google em Belo Horizonte
O Google anunciou, nesta quinta-feira, que vai transferir o controle do Orkut para o Brasil. Até agora, o site de relacionamentos era administrado por uma equipe na Califórnia, Estados Unidos. Com a nova administração, que começou a ser implantada em julho, o escritório da empresa em Belo Horizonte vai gerenciar a rede. Para entidades de controle e combate a crimes na internet, a mudança pode ajudar a agilizar a retirada do ar de páginas com material ilegal como pedofilia, tráfico de drogas, racismo e apologia ao crime.
De acordo com a Google Inc., a unidade brasileira se mostrou madura o suficiente para assumir a responsabilidade. Os brasileiros serão responsáveis pelo desenvolvimento, estratégia e pelas melhorias no Orkut, mas irão dividir a parte de engenharia do site com os indianos, segunda maior nação que utiliza a rede de relacionamentos. O Brasil é o primeiro colocado.
Segundo dados recentes do Ibope/NetRatings, o Orkut teve, em maio, 16,1 milhões de usuários únicos em ambiente residencial no Brasil. O país é o que tem mais pessoas cadastradas no portal (54%), seguida pela Índia (17%) e Estados Unidos (15%).
Para o presidente da SaferNet Brasil, principal entidade de combate aos crimes na internet, Thiago Tavares, a mudança do Orkut para o país pode agilizar ainda mais a retirada de páginas ilegais do ar, facilitar a identificação de usuários que cometerem crimes e acelerar o desenvolvimento de ferramentas para impedir a publicação de material proibido pelas leis brasileiras.
A criação desses filtros é uma das medidas que constam em acordo assinado entre o Google e o Ministério Público Federal para coibir crimes na rede. "Antes, páginas de pedofilia ficavam de três a quatro semanas no ar, mesmo depois que eram denunciadas. De 2006 até o ano passado, esse prazo ainda supeprior a 15 dias. Agora, as denúncias são apuradas e as páginas retiradas do ar em até 24 horas. Mas isso ainda pode diminuir", avalia Tavares.
De acordo com a Google Inc., a unidade brasileira se mostrou madura o suficiente para assumir a responsabilidade. Os brasileiros serão responsáveis pelo desenvolvimento, estratégia e pelas melhorias no Orkut, mas irão dividir a parte de engenharia do site com os indianos, segunda maior nação que utiliza a rede de relacionamentos. O Brasil é o primeiro colocado.
Segundo dados recentes do Ibope/NetRatings, o Orkut teve, em maio, 16,1 milhões de usuários únicos em ambiente residencial no Brasil. O país é o que tem mais pessoas cadastradas no portal (54%), seguida pela Índia (17%) e Estados Unidos (15%).
Para o presidente da SaferNet Brasil, principal entidade de combate aos crimes na internet, Thiago Tavares, a mudança do Orkut para o país pode agilizar ainda mais a retirada de páginas ilegais do ar, facilitar a identificação de usuários que cometerem crimes e acelerar o desenvolvimento de ferramentas para impedir a publicação de material proibido pelas leis brasileiras.
A criação desses filtros é uma das medidas que constam em acordo assinado entre o Google e o Ministério Público Federal para coibir crimes na rede. "Antes, páginas de pedofilia ficavam de três a quatro semanas no ar, mesmo depois que eram denunciadas. De 2006 até o ano passado, esse prazo ainda supeprior a 15 dias. Agora, as denúncias são apuradas e as páginas retiradas do ar em até 24 horas. Mas isso ainda pode diminuir", avalia Tavares.
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