domingo, 31 de outubro de 2010

Minha presidenta!


Que fique nas melhores lembranças:
neste dia escolhemos uma mulher.
Não ao patriarcado, ao machismo, à manipulação.
Eu quero mais! Eu quero Dilma.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Guerra na rede?

Guerra eletrônica. 
E não estou falando em jogar um chip (PEDRO!!!!!) na cabeça de ninguém!



Bem, como todos os milhares quatro ou cinco leitores deste blog tão cansados de saber, eu pesquiso o mundo digital, em especial no que diz respeito aos aspectos de sociabilidade e comunicação, desde 2002. Como eu ando pela rede desde 99 e blogo desde 00 (noespelhodealice, que primeiro, apareceu no blig), posso afirmar com um certo tom de legitimidade que eu sou foda neste campo que eu conheço bem o meio. Meu objeto foi o uso da WEB e das redes nela posta, por grupos subversivos, os neonazistas. Pesquisando-os, desenvolvi uma análise do uso político da Internet, que tenho explorado em alguns artigos e algumas palestras por aí...
Vivi na rede, nestes anos algumas experiências: a eleição de 2006, por exemplo, na qual eu me assombrei pensando que não dá para ficar pior que aquilo... Mas, como afirma o poliglota filósofo Capitão Nascimento (em inglês, strategy... em alemão, strategie... em italiano, strategia... em espanhol, estrategia...), sempre dá prá ficar pior. basta ver o que tem acontecido nesta eleição.

Esta semana, quando começaram a noticiar os ataques em massa aos blogs e sites pró-Dilma, como o VI O MUNDO, o ESCRIVINHADOR, e o SEJA DITA A VERDADE, eu lembrei de um episódio grotesco, que ocorreu durante a ocupação da USP. Apenas para contextualizar, a ocupação aconteceu dentro do maior processo de manifestação do movimento estudantil, pós-década de 60. O motivo? Os decretos do Senhor Candidato Serra, que miravam a educação. Neste processo teve reunião de DA e DCE da Poli, gente, foi inacreditável. Seis mil estudantes da USP em assembléia. No meio disto, a imprensa serrista, comandada pela Folha e pela Veja, oh que surpresa, proíbia o termo ocupação em seus editoriais e reportagens, e descia a lenha, como o faz sempre.

Qual a arma da moçada para contar a verdade e responder aos ataques da mídia paulistana? A rede. Internet, claro, of corse. Um blog da ocupação registrava dia a dia o universo daquela situação e berrava aos quatros links da rede (versão digital de quatro cantos do mundo) a voz do movimento estudantil. Qual foi a tática do governo? negociar, jamais! Foi derrubar o blog. Isso mesmo, clicavam no servidor, o terra na época, e denunciaram em massa que era um blog com conteúdo impróprio, tipo pornografia e etcs, com ênfase nos etcs...

 Em doze horas, uma turma de gente que prefere o mundo dos bits que o sabadão de sol, botou o site num provedor de fora o NOBLOGS. Um servidor fantástico este por sinal, ficou a dica.

Sempre se falou que a mídia controla o governo e a Internet controla a mídia. No Brasil, como quase tudo, isto é diferente: a mídia é golpista, PIGUENTA mesmo, e é na rede que desarmamos os golpes e suas mórbidas e purulentas tentativas. 

Por exemplo, a mal falada fita crepe, vulgo bolinha de papel. Sem entrar no mérito do que houve (e do que foi inventado), este blog não apóia violência. Nem, e principalmente, a violência de manipular. O rapaz foi no médico, deixa ele, tem direito. O que não se tem direito é de inventar fita. O que não se tem direito é ficar enchendo a caixa de e-mails de pessoas de bem com spam (mal feito por sinal, nem designer gráfico que presta este povo arranja...) dizendo que a Dilma é isto ou aquilo. Quem vive de amedrontar a população meu amigo, estudou política na cartilha do Goebbels. E para de tentar forçar a mentira virar verdade, de tanto a repetir, que não cola. Nem com fita crepe. Muito menos em tempos de WEB. Ah, é que esse povo que apóia o senhor é medieval, e prefere se arrastar com um  cilício entre as coxas, do que entender que o mundo mudou e que as novas tecnologias tem muito haver com isto...

A respeito do que apóiam o senhor, eu teria muito mais a dizer, do que já disse, mas cansei. Cansei de tentar argumentar com gente que vive amordaçada ao medo, chamando de fé o que parece muito mais aquartelamento ao papa... e sem direito aos sapatos de Prada que ele usa...

Quando estourou o #bolinhadepapelfacts no TT, no Twitter o que se via eram frases interessantíssimas, feitas por milhares de pessoas e em RT por outras milhares. Fita crepe, o caralho, meu nome é bolinha de papel, dizia uma delas, e Serra é hospitalizado após chuva de confetes, afirmava uma outra. Em seguida, foi a vez do #globomente, e do #veja mente. Aí, entrou em cena, a gloriosa criatividade tucana que nada cria e tudo mal copia... e Criaram o #ptmente. O fato engraçado: eram cerca de uns 40 perfis, que se RT entre si, numa endogamia de fazer inveja a qualquer TFP, em surto de defesa à hoste da família patriarcal. E o que escreviam tinha tanta graça quanto missa rezada em latim pode ter para os católicos campesinos... um horror, parecia que eles estava todos azedos... credo!

Bem, terminando, eu tenho medo. medo deste ataque em massa aos blogs que espalham a verdade ou nos defendem das manipulações da direita organizada pela CNBBSUL, medo porque parece que vem mais chumbo por aí, e desejam amordaçar os que podem fazer frente a ele. Sobre isto, não deixem de ler, eu peço, http://www.viomundo.com.br/politica/alerta-de-quem-e-do-ramo-a-armacao-que-pode-vir-nos-dias-finais-de-campanha.html.


post digitado pelo santo marido.



domingo, 24 de outubro de 2010

Reta final

Eu adoraria se o Twitter virasse um clube de leitura. Mas, prefiro que seja de Bourdieu. Realmente, Celso, vc é foda. Que Tweet foi esse meu irmão.
Neste momento eu tenho medo. Tenho medo do que tentam forjar agora. 
Militância, de olho nas urnas. 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Base de dados online com obras de arte roubadas a judeus no Holocausto

Fonte; http://www.publico.pt/Cultura/base-de-dados-online-com-obras-de-arte-roubadas-a-judeus-no-holocausto_1461683

Cerca de 20 mil obras de arte roubadas pelo III Reich durante a Segunda Guerra Mundial podem desde ontem ser pesquisadas numa base de dados online. O projecto, iniciado em 2005, é uma iniciativa da organização de apoio aos judeus vítimas da perseguição nazi Claims Conference em conjunto com o United States Holocaust Memorial Museum, um museu americano em memória das vítimas.


É uma oportunidade que surge para as vítimas do Holocausto e as suas famílias reaverem os seus bens roubados entre 1940 e 1944 na França e na Bélgica, na altura ocupados pelos nazis, naquele que foi considerado um dos piores ataques da história cultural. Em comunicado, a Claims Conference afirmou que esta nova lista "deve ser consultada por museus, galerias de arte e casas de leilões, para perceberem se têm em sua posse arte roubada pelos nazis, e por famílias que procuram há muito tempo a herança perdida". O site foi construído com base em registos nazis que foram digitalizados, mostrando o que foi apreendido e a quem, juntamente com os dados sobre a restituição ou repatriação e fotografias tiradas aos objectos apreendidos. A maior parte das peças, incluindo obras de mestres como Picasso, Monet, Chagall e Klimt, nunca foi entregue aos verdadeiros proprietários. Não se sabe exactamente quantos objectos foram roubados pelos nazis e quantos ainda podem estar desaparecidos. A Claims Conference diz que foram apreendidas cerca de 650 mil peças de arte e que milhares continuam perdidos.

domingo, 17 de outubro de 2010

ex-presidente da Juventude Nazista no Brasil apóia o Serra. Minhas declarações - parte I

Bem, agora as coisas estão tomando um caminho preocupante. Quem acompanha as notícias, principalmente na WEB, se dá conta que voltamos todos numa capsula do tempo. Uma parte dos aliados do Serra surge da idade média: são os sisudos e assustadores membros da TFP. Outros desejam a volta do mundo feudal (a turma da pax no campo). Há ainda os defensores de Hitler (o presidente da ex-juventude anzista apóia você, e você fica quieto? credo...)  Serra, eu esperava mais do senhor. Esperava que selecionasse seus amigos, esperava que não invadisse igreja, esperava que respeitasse missasveja o áudio, esperava que conduzisse o debate para algo minimamente parecido com o mundo contemporâneo.

Agora, acabei de voltar do almoço, e no táxi o motorista me afirmou que votaria em você porque ele lê veja. Argumentei a respeito dessas "estranhas alianças" que você ostenta. Ouvi que é melhor o nazismo mesmo.
Santo Deus, o que virou esta eleição?  E porque colocam teu SANTO NOME em vão, ao lado destes aliados?

Ainda bem que há cristãos que se manifestam ao lado da verdade e da justiça. A paz, seu Serra, virá com justiça. Virá com diálogo com professores, não com o uso da polícia. Usar a polícia, invadir igrejas, rejeitar os direitos civis. Nunca vi uma campanha tão totalitária no Brasil. Bem eu não estava viva na época do Estado novo.

Bem, minha declaração de voto eu já fiz. Mas, eu esperava mais desse segundo turno. Extrema-direita e nazismo é o fim!

A PAZ NO CAMPO DO SERRA

Como eu falei no blog, há alguns dias, a paz no campo do Serra é essa:

http://www.paznocampo.org.br/


Fonte da matéria:
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/16/na-tv-serra-promete-paz-no-campo-sem-mst-dilma-lista-privatizacoes-de-fhc.jhtm


E agora, PV?

presidente da ex- Juventude Nazista apóia Serra - a página do registro.br

presidente da ex- Juventude Nazista apóia Serra -a notícia.

Depois de ter nome revelado, dono do site Tribuna Nacional tira página do ar

Fonte: http://brasilmobilizado.blogspot.com/2010/10/depois-de-ter-nome-revelado-dono-do.html



reproduzido do blog Acerto de Contas


Se os diabos fogem das cruzes, os ratos fogem das luzes, dos holofotes. O anonimato é um dos refúgios desses seres sorrateiros e sujos. Se a luz bate em seus focinhos, os danados se danam a correr pra vala obscura onde vivem. As correntes de e-mails apócrifos e caluniosos contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, viveram um dia ímpar, ontem. Um dos autores desses e-mails difamatórios teve seus nome e sobrenome postos à luz pelo jornalista Tony Chastinet. Além disso, Chastinet descobriu também que o responsável pelo site Tribuna Nacional (cuja leitura era recomendada no e-mail) é um ex-presidente da Juventude Nazista no Brasil. O site e seu conteúdo calunioso foi retirado do ar.

O e-mail recebido pelo jornalista havia sido enviado por um tal de Ingo Schimidt, e no e-mail, além das calúnias e difamações de sempre, constava um pedido de voto no candidato José Serra e a recomendação de leitura do site Tribuna Nacional. Basta clicar no link http://www.tribunanacional.com.br/ pra ver que o site não está mais no ar.

Na noite passada, busquei o site e li alguns textos. Muitos deles de autoria do próprio Ingo Schimidt. Quase todos com aquela mesma diagramação dos e-mails caluniosos que se tornaram comuns e cotidianos nesta campanha: excesso de caixa alta, textos em azul e vermelho, palavrório sujo e delirante do começo ao fim. Navegando pela página, a impressão que tive é que se tratava de um verdadeiro quartel virtual de mensagens apócrifas de cunho difamatório.

Provavelmente a luz da denúncia ofuscou os olhos e assustou o roedor obscuro responsável pela página, que a retirou do ar de ontem para hoje. Já imaginando que após as denúncias o site seria retirado do ar, fiz o print screen que ilustra este post durante minha visita ao site. Na descrição do que é o Tribuna Nacional, seus autores anônimos diziam:

Quem somos:

Somos cidadãos, homens e mulheres, preocupados com o destino da nação e o futuro dos nossos filhos.

O que pensamos:
Defendemos as liberdades individuais, liberdades contrapostas a responsabilidades, liberdades baseadas não no direito posto, mas sim no direito natural.
O que queremos:
Queremos criar um espaço para outros cidadãos poderem se manifestar, livres da censura, manipulação e propaganda oficial e livres da manipulação e servilismo da imprensa institucionalizada.

Até arrisquei um teste no grau de “liberdade” desses “cidadãos”, mas não obtive sucesso e desisti de tentar fazer qualquer comentário. Era preciso estar logado no site, e eu preferi não dar meu e-mail e dados para esse site bizarro que saiu do ar depois da denúncia. As seções de “Reserva de Direitos” e “Fale Conosco” já estava fora do ar quando da minha visita. Análises semânticas dos dizeres que o ilustravam, transcritos acima, eu deixo para vocês.



O site Tribuna Nacional, segundo Tony Chastinet, está registrado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares” (localizado em Brasília).

O responsável pelo site Tribuna Nacional chama-se Nei Mohn. Figura obscura dos tempos da ditadura militar, filho do general reformado Otto Mohn, Nei foi líder da Juventude Nacionalista Anticomunista (organização mais conhecida como Juventude Nazista).




Também era informante do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), suspeito de atos de terrorismo na década de 1980 e acusado de falsificar o jornal O São Paulo, da Arquidiocese Paulistana. Além disso (segundo matéria da Veja de 1980) também era conhecido pela crueldade com que tratava seus filhos (leiam mais sobre essa figura nas matérias da Veja de 1980, e da IstoÉ de 1982, linkadas ao final deste post).



Pelo visto, o tempo passou mas Nei Mohn continua sua missão anacrônica e delirante contra os “comunas”. Desta vez, arvora-se do submundo-roedor do anonimato para difamar e caluniar a candidata Dilma Rousseff. Mas a máscara caiu.



E a campanha de José Serra mostra porque não vale nada: não tem propostas para o país e optou pela estratégia da destilação de ódio da forma mais rastaquera possível: valendo-se da tática das ratazanas anônimas em correntes de internet.


Segue o texto de Tony Chastinet, publicado ontem no blog Escrevinhador.

“O CAMINHO DA CALÚNIA”
por Tony Chastinet



Recebi ontem à noite um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa.

Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do site http://www.tribunanacional.com.br/.

Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste link http://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.

O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.

Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).

Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.


Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.

Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.

No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.

Fontes:
– Tribuna Nacional – Dados do Registro.br

domínio: tribunanacional.com.br

entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares

documento: 026.990.366/0001-49

responsável: Nei Möhn


2 – Nei Mohn

Matéria Veja de 1980 –
http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R06814.pdf

Matéria da Isto É de 1982 –
http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R03648.pdf


3 – Filho de Nei

Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)

Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados – http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457
 – artigo defesa ppp
escritório contratado por Dantas no caso BRT – http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Declaração de voto

Algumas palavras aos meus leitores e visitantes:


Depois do resultado do primeiro turno, acho importante expor algumas questões:

Este blog, como vocês sabem, é fruto de um intenso trabalho acadêmico a respeito do racismo e do antissemitismo no mundo contemporâneo, e de um ativismo familiar contra esses males.

Além disso, este blog acredita que a paz é fruto da justiça, como bem escreveu o querido profeta Isaías (Is. 32,17).

Este blog apoiou e vai continuar apoiando Dilma presidente.

Eu voto Dilma, pelo PNDH3.

Tenho amigos no PSDB, que respeito muito. Fiquei triste com a perda de importantes companheiros do Congresso na luta contra o racismo.

Mas, como opção por Direitos Humanos, voto Dilma.

Não apenas porque acredito que os aliados escolhidos pelo outro candidato, ideologicamente se alinham a matéria da (Não)Veja,  (que, diga-se de passagem, ainda não se desculpou com Eduardo Viveiros de Castro), porque defendem a “paz no campo” ( É, VERDADE, ESTES SÃO OS ALIADOS DO SERRA) muito próxima da pax romana...

Voto Dilma porque acredito que quilombolas e indígenas tem direito às suas terras, ainda que isto incomode os proprietários do Agronegócio e seus gases rosas hilariantes.

Não apenas porque não quero o modelo educacional de São Paulo (esse que destruiu a escola pública, na qual eu estudei e que me formou, inclusive, como pessoa política) depredando o ensino do resto do país. Porque não quero um governo que, por decreto, tente destruir a educação de nível superior no Brasil, como tentou em São Paulo, que entre com a PM nas faculdades para “lidar” com os estudantes.

Não quero, ainda, ver as polícias do Brasil se defrontando na frente do Palácio da Alvorada, enquanto a população assiste encolhida de medo.

Não agüento mais a elite paulista (sou paulistana, antes que alguém aí grite) elaborar nos divãs de seus analistas a naturalização da pobreza do Nordeste, ou das favelas urbanas do Sudeste, numa mimética totalitária que me recorda páginas horríveis da história.

Voto Dilma, porque o PT permitiu que milhões de pessoas vivenciassem a MAIOR MOBILIDADE SOCIAL DA HISTÓRIA DESTE PAÍS.

Voto Dilma, porque nestes últimos oito anos eu recuperei a minha esperança de um Brasil mais justo, porque vi Quixadá menos pobre (eu já viajei para Quixada, e lá vi crianças roendo telhas para terem a sensação de estar comendo, e graças ao Governo Lula, isto MUDOU). Porque estive na Argentina no auge da crise e vi as pessoas de lá afirmando que nós tínhamos sorte por ter o Lula como presidente. E eu concordo com elas.

Voto em Dilma pelo projeto. E lutarei para que este projeto, no qual acredito, seja executado de uma maneira cada vez mais ética e transparente.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010