domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cópia em cache de artigo A WEB NA SALA DE AULA:Desafios para o educadorAdriana Dias (UNICAMP)

A WEB NA SALA DE AULA:
Desafios para o educador
(2009 - junho)
Adriana Dias (UNICAMP)43

Com o advento das novas tecnologias, em todos os setores da vida humana
percebeu-se grandes modificações. Todos nós estamos aprendendo a conviver com um novo
cenário, e os desafios que se apresentam, dinâmicos, exigem mudanças todos os dias na nossa
maneira de buscar e transmitir o conhecimento. Esta nova dinâmica já recebeu o nome de
sociedade informacional, de redes44. Estes nomes surgiram pelo importante papel que a
informática e a transmissão de dados por meio de computadores, ligados em redes, ocupam
no mundo contemporâneo.

Em uma sociedade estruturada na forma de redes, o conhecimento se
difunde de maneira diferente, conectando pessoas, governos e instituições diversas, e isso
muda a forma, também, de pensarmos as próprias estruturas da educação: esta vivenciou essas
mudanças em vários aspectos: desde o uso dos computadores e sistemas de dados para
registro de alunos, currículos e avaliações, passando pela elaboração de aulas, e ainda, pela
utilização dos mesmos pelos alunos, para pesquisas escolares, e em seu lazer, como
ferramenta de comunicação, diversão e sociabilidade.
Nunca antes, ferramentas de comunicação, como as que surgiram com as
novas tecnologias ocuparam um lugar de tão grande destaque na área educacional. Como
afirmou o Professor Ismar Soares45:

“Não haverá melhoria na educação nos próximos anos se o
sistema educativo não se preocupar com o universo da comunicação.
Sabendo que na comunicação, os educadores terão sempre aliados. Acredito
que é justamente essa tônica da sociedade contemporânea dos
comunicadores colocarem à disposição dos educadores para colaborar, isso
está trazendo e trará benefícios muitos grandes”.

A internet possibilita, do ponto de vista educacional, uma fonte enorme de
recursos, mas existem alguns riscos que precisam ser considerados, entre eles, pretendemos
abordar três aspectos desafiadores da web na vida escolar.
O primeiro deles reside no fato dos professores se sentirem, algumas
vezes, menos hábeis para lidar com a informação online que seus alunos. Em vários cursos de
formação de professores, eu ouvi queixas a respeito. Muitos falavam como se pertencessem a
outro mundo ou outra época. Uma frase muito repetida a esse respeito aparece nos discursos
de muitos presidentes de grandes companhias de informática: “Nós somos migrantes
analógicos de um mundo digital”. Esta frase retrata bem a mudança dos paradigmas
educacionais, o mundo digital é rápido, acelerado, conectando tudo e todos.
Mas é possível encarar todo esse processo de outra forma, se cada
professor olhar esse desafio como uma experiência de troca com seus alunos, porque se por
um lado, eles podem se sentir mais à vontade no meio digital, faltam-lhe muitas vezes,
critérios para avaliar fontes de informação e avaliar criticamente aquilo que se lê. O trabalho
do professor, na verdade, não diminui, torna-se ainda mais importante, por representar para
seus alunos, um crivo quanto a confiabilidade e a segurança da informação.

O ensino, para aproveitar todo o potencial das novas tecnologias e
apresentar qualidade, exige do professor que ele se disponha a aprender também, participando
de fóruns e comunidades virtuais, nas redes sociais, por exemplo, para conhecer o novo
universo de possibilidades que a Internet oferece a seus alunos. Isto fará da sala de aula uma
experiência inovadora, aberta, dinâmica e participativa, e trará circunstâncias favoráveis a
uma relação afetiva com os alunos que facilite conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
Um segundo ponto importante, ainda mais desafiador, é a quantidade de
material na rede que exponha crianças e adolescentes a riscos. Na internet, é possível
encontrar de tudo. Desde discursos que fazem apologia ao suicídio, à anorexia e bulimia, ao
crime e à marginalização de pessoas, incluindo, ainda, páginas com conteúdos impróprios
para os alunos. O educador deve estar ciente que pode ser abordado por um aluno a respeito
desses temas a qualquer momento, e deve ser capaz de oferecer elementos que discutam essas
questões, de modo a proteger seus alunos.

Uma matéria muito interessante, a respeito do perigo que a Internet pode
representar foi divulgada pela revista Galileu, em abril de 2008, e nesta matéria, em que fui
entrevistada, falei a respeito da importância da escola quanto à prevenção do assédio de
criminosos, pois pode formar nos alunos a consciência necessária para distingui-los, no meio
virtual.

Em terceiro lugar, e mais importante, é preciso salientar que o discurso de
ódio cresce de maneira abundante na internet, no mundo todo. Dentro desse discurso de ódio,
o discurso racista, nazista e negacionista exigem dos educadores um preparo ainda mais
especifico.

Eu pesquiso este discurso de ódio, na internet, e os grupos que o
produzem, desde 2002. Quando eu iniciei a pesquisa, havia pouco mais de 7000 sites desse
tipo na rede, entre sites institucionais, blogs, fóruns e comunidades em redes sociais. Durante
a pesquisa foram localizados mais de 13 mil sites, dos quais foram escolhidos quarenta para
etnografia virtual. Os critérios de escolha para selecionar estes quarentas sites foram: o
número de acessos (entre os 800 mais acessados), os que mais links estabeleciam com outros
sites, os que eram mais citados em artigos presentes em outros sites (ainda que não houvesse
links no artigo), os que disponibilizavam mais material para análise.

O conjunto de sites foi também analisado para que incluísse tanto sites
institucionais de movimentos, como também blogs (os mais citados na rede identificada, os
com mais material disponibilizado, quer em forma de artigo, quer em forma de gráfico, os que
forneciam mais links para outros pontos, ampliando o diâmetro da minha busca), lojas e
fóruns (aqueles que possuíam o maior número de participantes e temas mais diversificados).
Destas escolhas se estruturou o universo de análise da pesquisa: 40 sites, num total de 468
páginas em blogs (0,11%), 24.371 páginas em sites (5,57%), 449 páginas em lojas (0,10%) e
412.037 páginas em fóruns (94,22%). Embora o volume de páginas seja bastante volumoso
pela rede, seu conteúdo é muito repetitivo e a leitura dos posts de algumas dezenas de blogs
revelou que em mais de 90% eles reproduzem material dos sites, blogs e lojas, quer
divulgando a ideologia, quer discutindo imagens ou charges dos blogs, quer indicando
produtos das lojas para outros internautas.

Atualmente, eles passam de 25000, nas línguas que sempre pesquisei
(português, inglês e espanhol). Nos últimos três anos, as redes sociais virtuais, como o Orkut,
MySpace, o Sonico, explodiram em numero de participantes.
Embora em algumas delas seja proibido a participação de menores de 18
anos, como no Orkut, na pratica há centenas de milhares de crianças e adolescentes nesse tipo
de rede social e também em outras que não permitem esse tipo de cadastro. Na verdade, essa
proibição surgiu, em razão do grande numero de crimes que acontecem na rede e pela
compreensão das autoridades de que jovens e crianças não teriam condições emocionais e
cognitivas para reconhecer esse tipo de atividade.

Mas, é preciso se preparar, porque de fato, nas redes sociais, há muito
material criminoso, e não há, pelo menos e o que parece, possibilidade de impedir de fato, que
adolescentes brasileiros possam navegar na rede.

No geral, essas redes sociais tornaram-se uma forma padrão de comunicar
com os amigos e, aliadas aos softwares de comunicação instantânea, ocupam boa parte do
tempo livre de nosso publico alvo. Muitas vezes, os jovens ficam horas na rede falando com
pessoas que vêem todos os dias, como colegas de sala de aula. O crescimento da web se deve,
sem duvida, à enorme possibilidade de troca, dada pela interatividade da ferramenta, que
assegura uma postura muito mais ativa do que a oferecida pela televisão, por exemplo.
Essa característica da rede, seu grande diferencial na verdade, não passou
desapercebido aos grupos subversivos, que vislumbraram nos sites, nas redes sociais e nos
fóruns, um grande espaço para desenvolver seu ativismo político. Uma corrente desses
movimentos subversivos é formada por grupos neonazistas. Eles são assim denominados
porque tentam recuperar a ideologia do partido nazista. Mas, existem algumas diferenças
importantes entre nazismo e neonazismo:

O neonazismo, o racismo e a negação do holocausto na rede, se
estruturaram em paginas que propagam sua ideologia tentando a revestir numa moldura de
verdade, que só pode ser entendida por poucos e especiais. Desta forma, se envolve o discurso
racista, neonazista e negacionista, numa aura de status, que dessa forma que busca a atenção
dos jovens.


O discurso elabora uma fórmula, a idéia de raça 46. Embora não exista, nos
dias de hoje, nenhuma base científica para validar o termo raça como realidade social ou
biológica, para essas pessoas existem diferenças culturais, sociais, políticas, psíquicas,
morais, físicas e comportamentais, entre os seres humanos, de acordo com grupos “raciais”.
É preciso entender, portanto, o que estes sites descrevem quando utilizam o
termo raças: seu discurso defende: a) a espécie humana pode ser classificada, em grupos
raciais, por traços hereditários, entre os quais predomina a cor da pele; b) a estes traços físicos
os racistas associam traços morais, culturais e psicológicos; c) a raça branca ou “ariana”
detém superioridade genética sobre todas as outras, se caracterizando pela homogeneização
destes traços em todos os seus membros. Partindo destes pressupostos que se pretendem
científicos, o discurso racista amplia seus parâmetros para fronteiras éticas: d) para que a
“evolução da humanidade” continue, é preciso que a raça “ariana” domine todas as outras e
incentive sua auto-reprodução, evitando os perigosos “casamentos inter-raciais”.

Para se ter uma idéia, em apenas um fórum racista, chega a ter mais de
3000 paginas, e em apenas um site é possível baixar mais de 300 livros racistas, o que
demonstra que o material oferecido é muito grande em numero, diversidade e tamanho. Ainda
que não haja estatísticas especificas quanto a crime de ódio no Brasil, as ONG’s que
monitoram o tema admitem que eles crescem à casa de oito por cento ao ano, e que os
criminosos utilizam sempre a rede para sua formação e sua comunicação com seus
comparsas.

Recentemente, por exemplo, depois de dia 21 de abril, quando houve o
assassinato de dois jovens, Bernardo Dayrell e Renata Waechter, em abril, participantes de grupos neonazistas, foi destaque, na imprensa, a existência destes grupos no Brasil. Neonazistas de outro grupo rival foram presos, acusados do assassinato dos dois jovens, e material neonazista foi aprendido no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e em São Paulo. Por conta disto, houve grande destaque ao tema na imprensa, mas o processo segue, e os jovens acusados, confessos, foram soltos e aguardam o julgamento em liberdade.

O que pregam os neonazistas? Nos sites, neonazistas há uma espécie de
“curso intensivo” de intolerância: é dito que a “raça branca” vive um processo de extinção,
arquitetado por “judeus” e “negros”. Esses seriam os inimigos, alvos de grande ódio. Os sites
de conteúdo neonazista utilizam armadilhas para fugir da fiscalização e, ao mesmo tempo,
alcançar internautas desavisados. São páginas dentro de páginas, acessadas por meio de vários
links. A isca, para atrair futuros militantes, é abordar temáticas politicamente corretas, como
combate à pedofilia e ao aborto. Tais práticas, quando o usuário chega ao portal neonazista,
são imputadas a negros e judeus. É uma prática absurda, sem a menor correspondência lógica
com a realidade, que só faz sentido dentro da loucura desses grupos, totalmente contrários à
luta de 300 anos de garantia dos direitos humanos.

O discurso neonazista nega o Holocausto, afirma que não morreram
milhões de pessoas sob o regime de Hitler. De fato, morreram milhões de pessoas, mas para
eles, negar é uma forma de defender o uso de violência contra os inimigos, que chamam de
“caluniadores”, objetivando implantar o “estado branco” e a expulsão dos inimigos deste
estado. Ao negar o holocausto, os sites assassinam a memória das vítimas, o que é muito
perverso. Racista e homofóbico, o neonazismo no Brasil acrescenta a seus inimigos também o
nordestino. Utilizam-se da suástica, runas e imagens que fazem referência ao nazismo para
ilustrar seus sites e perfis na rede. Em sua trama paranóica, oferecem material de ativismo
para propagar suas idéias e ensinam a seus membros como ocultar seus crimes. Eles falam
dos militares nazistas como heróis e seus textos incitam ao ódio, ao assassinato e ao
preconceito.
O ativismo defendido por estes sites pode ser de várias formas:



Nestes sites, que objetivam a exaltação da superioridade da ‘raça’ ariana e
à disseminação do ódio a outras etnias e grupos sociais, como homossexuais e judeus, há
muito material proibido por lei no Brasil, pois em nosso país racismo é crime. É muito
importante alertar aos jovens que não se trata “de uma opinião” ou do uso “da liberdade de
expressão”, como tentam discutir os sites criminosos. É crime, e muitos jovens já estão sendo
punidos por isto, principalmente os que participam de comunidades racistas no Orkut.
Estes grupos constroem ou se apropriam de discursos para validar suas
visões e suas ações. Um deles é o discurso biológico, que afirma que os indivíduos
pertencentes à ‘raça ariana’ possuem genes superiores e foram escolhidos por Deus para
promover o desenvolvimento da humanidade e hierarquizar o mundo. Nestes sites, os
neonazistas afirmam não possuir mitocôndrias judias ou negras, como se uma mitocôndria
pudesse ter origem étnica. Isso não existe!

Os sites também usam muitos elementos religiosos e mitológicos. Por
exemplo, o deus nórdico Thor é apontado como o responsável pela legitimação da 'raça
ariana', a suástica é usada como símbolo da identidade ariana e da pureza racial e a runa algiz
é utilizada para a proteção da família, e muitos rituais são copiados de sociedades secretas do
século XIX. Eles ainda desprezam o conceito de nação. Para eles, a raça é a nação.
Mas, o que fazer quando você ou um aluno se depara com um site deste?
Como agir? A maior parte dos site é produzida por pessoas entre 35 a 55 anos, com educação
pré-superior ou superior, que pertencem ao movimento há muito tempo. Muitos são treinados
em armas, inclusive. Por isso, não adianta ficar discutindo, tentando convencê-los, isso pode
ser muito perigoso, porque a grande maioria dos sites têm como localizar o lugar do acesso. O
melhor caminho é passar as informações para o site SAFERNET, ou para a pesquisadora
Adriana Dias, que encaminharam as denúncias as autoridades.

Lembre-se: A Educação é fator fundamental. Os jovens são
arregimentados porque não têm informações. É preciso educar para os Direitos Humanos no
Brasil. Se para nós, existe apenas a raça humana, para esses grupos a raça implicaria numa
hierarquia, e numa luta permanente. Anacrônica, esta idéia tem encontrado, infelizmente, eco
em muitos internautas. Por isso é preciso pensar em propostas que tornem este eco cada vez
menos audível, seja em âmbito familiar, educacional, social ou judicial. A única forma de
combater a formação do pensamento racista e discriminatório é a construção de uma educação
conscientizadora que desmitifique o conceito de raça e pregue a solidariedade entre os povos.
Se para nós, existe apenas a raça humana, para esses grupos a raça
implicaria numa hierarquia, e numa luta permanente. Anacrônica, esta idéia tem encontrado,
infelizmente, eco em muitos internautas. Por isso é preciso pensar em propostas que tornem
este eco cada vez menos audível, seja em âmbito familiar, educacional, social ou judicial. A
única forma de combater a formação do pensamento racista e discriminatório é a construção
de uma educação conscientizadora que desmitifique o conceito de raça e pregue a
solidariedade entre os povos.


Bibliografia Sugerida:
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
______. Vol. I: A sociedade em rede. 2. ed. São Paulo: Paz e terra, 1999.
______. Vol. II: O poder da identidade. São Paulo: Paz e terra, 1999.
______. Vol. III: Fim de milênio. São Paulo: Paz e terra, 1999.
DIAS, Adriana. "Links de ódio: o racismo, o revisionismo e o neonazismo na Internet" In.: Os
Urbanitas: Revista de Antopologia Urbana. Campinas, ano 3, vol. 3, no. 4, julho de 2006.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo Como trabalhar com "raça" em sociologia.
Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517 Acessado em
23/04/09
MILMAN, Luís, VIZENTINI, Paulo et alli. Neonazismo, negacionismo e extremismo
político. Porto Alegre, Editora da Universidade, 2000.
SALAS, Antonio. Diário De Um Skinhead. Um Infiltrado No Movimento Neonazista. São
Paulo:Planeta, 2006.
SALEM, Helena. As Tribos do Mal: O Neonazismo no Brasil e no Mundo. São Paulo:
Editora Atual, 1995.
SOARES, I. O. . Comunicação e Educação: potencial pedagógico. Revista Onda Jovem, São
Paulo, p. 40 - 45, 10 jul. 2007

43 Adriana Dias é Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Campinas, membro da
Associação Brasileira de Antropologia e da Latin American Jewish Studies Association. Desenvolve
aplicativos, bancos de dados e sites para WEB desde 1999. Foi colaboradora no Laboratório de
Políticas Públicas (LaPPlaNE). Consultora e palestrante na área de Educação e Direitos Humanos,
ministrou seminários em diversas instituições brasileiras e internacionais, e cursos para a Secretaria de
Educação em Campinas e Vinhedo. Lecionou Psicanálise e Antropologia. O blog da pesquisa pode ser
acessado em etnografianovirtual.blogspot.com
Seu e-mail é dias.adriana@gmail.com
44 A idéia veio de Manuel Castells, autor de Galáxia Internet e Sociedade em Rede, entre outros livros.
45 Ismar de Oliveira Soares é jornalista, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da
Universidade de São Paulo, professor titular da Universidade de São Paulo.
46 Para a Biologia, o vocábulo raça é sinônimo de subespécie e caracteriza-se pela comprovada
existência de linhagens distintas dentro das espécies, portanto, para a delimitação de subespécies ou
raças a diferenciação genética é uma condição essencial, ainda que não suficiente. No homo sapiens a
variabilidade genética representa 93 a 95% da variabilidade total, nos sub-grupos continentais, o que
caracteriza, definitivamente, a ausência de diferenciação genética. Portanto, inexistem raças humanas.
Entretanto o termo raça serve para identificar categorias socialmente definidas. Um excelente texto
para o entendimento deste último aspecto encontra-se em “Como trabalhar com 'raça' em sociologia, de
Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, disponível pelaInternet em http://www.fflch.usp.br/sociologia/asag.

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