quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Triplicam as investigações de crimes na internet do MPF em São Paulo

Terça-feira, 10/02/2009 - 18:43

São Paulo - O número de investigações de crimes na internet realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo triplicou em 2008 na comparação com o ano anterior.

Segundo o procurador Sergio Suiama, membro do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF, foram abertos 1.975 processos para apuração de suspeitas de ilegalidades, contra os 620 processos abertos durante todo o ano de 2007.Em entrevista coletiva concedida hoje (10), Dia Mundial da Internet Segura, Suiama afirmou que os crimes de pornografia infantil são o foco da maioria das investigações.

Esses crimes representam cerca de 75% dos casos apurados pelo MPF. Segundo ele, quase a totalidade do restante dos crimes investigados pelo MPF é formada pelos chamados crimes de ódio: racismo, preconceito e outros do tipo.Suiama afirmou também que o aumento dos casos de investigações se deve a dois motivos principais: o primeiro, a maior capacidade do MPF em apurar tais ilegalidades; o segundo, a maior colaboração de empresas para com as investigações.

Ainda sobre a colaboração das companhias do setor, a empresa Google foi citada como exemplo por Suiama. Ela, que é mantenedora do site de relacionamento Orkut, acessado por 30 milhões de brasileiros, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPF em julho e, desde então, comprometeu-se em facilitar as investigações e restringir a inserção de conteúdos ilegais.“Quase 90% dos crimes na internet acontecem no Orkut”, afirmou Suiama. “A ajuda da Google foi muito importante para as investigações”, reconheceu.

Ivo Correa, um dos representantes da Google no Brasil, ratificou a intenção da companhia em colaborar com o MPF e ressaltou que o número de suspeitas de irregularidades confirmadas ocorridas no site vem caindo desde a assinatura do TAC.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, professora. Sou repórter do site do jornal "O Estado de S. Paulo" e preparo material sobre a agressão à brasileira na Suíça por grupo neonazista. Gostaria de saber se tem disponibilidade para uma conversa sobre o assunto. Se possível, entre em contato comigo no e-mail daniel.souza@grupoestado.com.br.

Obrigado.