Ocorre nesta segunda-feira, em Munique (Alemanha), o julgamento do ex-oficial alemão Josef Scheungraber, 90, acusado de ter encomendado a morte de 14 italianos, em 1944, na Segunda Guerra. Os assassinatos teriam sido uma retaliação a um ataque dos italianos que teria matado dois soldados alemães.
Na chegada ao tribunal, o ex-oficial se recusou a falar com os jornalistas. Ele nega o crime.
De acordo com o processo, militares alemães mataram a tiros uma mulher e quatro homens. Em seguida, obrigaram 11 outras pessoas a entrar no porão de uma casa e o explodiram. A ação teria sido liderada pelo ex-oficial, então com 25 anos. Um sobrevivente da explosão --na época, um adolescente de 15 anos-- deverá testemunhar.
Conforme o procurador Anton Winkler, o julgamento deverá terminar apenas em outubro próximo. "Esse julgamento não será fácil e coletar provas será trabalhoso." O procurador afirmou que Scheungraber foi condenado à revelia à prisão perpétua pelo crime em 2006, em um julgamento realizado por um tribunal militar italiano.
Conforme o procurador Anton Winkler, o julgamento deverá terminar apenas em outubro próximo. "Esse julgamento não será fácil e coletar provas será trabalhoso." O procurador afirmou que Scheungraber foi condenado à revelia à prisão perpétua pelo crime em 2006, em um julgamento realizado por um tribunal militar italiano.
"O réu é muito idoso e sofre de problemas de saúde. Nós talvez tenhamos que adiar alguns procedimentos e ter intervalos para que ele se recupere", afirmou o procurador.
No início do júri, o advogado de defesa, Christian Stuenkel, reiterou que o ex-oficial nega seu envolvimento no caso. De acordo com o advogado, no momento do massacre, Scheungraber fiscalizava o conserto de uma ponte. O advogado ressaltou que a acusação não possui uma testemunha que tenha visto Scheungraber no local do crime nem uma prova documental de que ele tenha encomendado o ataque.
Desde a condenação, em 2006, Scheungraber mora na cidade de Ottobrunn, perto de Munique. Ele trabalha no conselho municipal e tem uma loja de móveis.
Com Reuters e Associated Press
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